Texto Base: Mateus 23:23/Malaquias 3:10
Mateus 23:23 – "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas."
Malaquias 3:10 – "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal que dela vos advenha a maior abastança."
Um esboço detalhado sobre o dízimo, com base no contexto histórico-cultural e na análise dos textos de Mateus 23:23 e Malaquias 3:10.
I. Introdução
O dízimo é um dos temas mais debatidos dentro das igrejas, gerando diferentes interpretações sobre sua obrigatoriedade e aplicação na nova aliança.
Para entendê-lo, é essencial analisar seu contexto histórico, sua função no Antigo Testamento e a visão de Jesus e dos apóstolos sobre o assunto.
II. O Dízimo no Antigo Testamento
2.1. Origem e Prática do Dízimo
O dízimo aparece pela primeira vez em Gênesis 14:18-20, quando Abraão dá o dízimo a Melquisedeque, rei de Salém.
Jacó também faz um voto ao Senhor, prometendo dar o dízimo de tudo o que recebesse (Gênesis 28:20-22).
2.2. O Dízimo na Lei Mosaica
A Lei dada a Moisés regulamentou o dízimo como parte do sistema religioso e social de Israel.
O dízimo era destinado ao sustento dos levitas (Números 18:21-24), que não possuíam herança, pois seu papel era o serviço no templo.
Havia diferentes tipos de dízimos:
O primeiro dízimo (Levítico 27:30-32).
O dízimo para os levitas (Números 18:21).
O dízimo dos festivais (Deuteronômio 14:22-27).
O dízimo para os pobres a cada três anos (Deuteronômio 14:28-29).
2.3. Malaquias 3:10 – Contexto e Aplicação
O livro de Malaquias foi escrito em um período de decadência espiritual, onde o povo negligenciava os mandamentos de Deus, inclusive o dízimo.
Deus repreende Israel por roubar a Ele nos dízimos e ofertas, e desafia o povo a testar Sua fidelidade trazendo os dízimos à casa do tesouro.
O propósito era prover para os sacerdotes e para os necessitados, garantindo a manutenção do templo.
III. O Dízimo no Novo Testamento
3.1. Jesus e o Dízimo – Mateus 23:23
Jesus não condena o ato de dizimar, mas critica os fariseus por focarem na prática externa enquanto negligenciavam princípios espirituais mais importantes: justiça, misericórdia e fé.
Ele afirma que o dízimo não deve ser deixado de lado, mas deve estar acompanhado de uma vida piedosa e sincera.
O ensinamento de Jesus aponta para uma obediência que não seja meramente ritualística, mas fundamentada no amor e na justiça.
3.2. O Dízimo e a Igreja Primitiva
No Novo Testamento, não há um mandamento direto sobre o dízimo, mas há fortes princípios sobre generosidade e sustento da obra de Deus:
Os crentes eram incentivados a contribuir voluntariamente conforme propuseram em seus corações (2 Coríntios 9:7).
O princípio da liberalidade é ensinado repetidamente, enfatizando que Deus ama quem dá com alegria.
O sustento dos ministros do evangelho é reafirmado (1 Coríntios 9:13-14), estabelecendo um paralelo com os levitas do Antigo Testamento.
IV. Aplicação Prática para os Cristãos Hoje
4.1. O Dízimo Como Princípio de Fidelidade
Embora a obrigatoriedade do dízimo sob a Lei Mosaica não seja imposta na Nova Aliança, o princípio de separar uma parte para Deus ainda é válido.
O dízimo ensina fidelidade, gratidão e dependência de Deus.
4.2. O Espírito da Generosidade
Mais do que um valor fixo, Deus deseja que os crentes pratiquem uma generosidade sacrificial.
O Novo Testamento ensina que devemos contribuir conforme Deus nos prospera (1 Coríntios 16:2).
A oferta deve ser voluntária e feita com alegria, não por obrigação.
4.3. O Propósito da Contribuição
Manutenção da igreja e dos que servem no ministério (1 Timóteo 5:17-18).
Ajuda aos necessitados (Atos 4:34-35).
Expansão do Reino de Deus (Filipenses 4:15-17).
V. Conclusão:
O dízimo, no Antigo Testamento, tinha um propósito específico para o sustento do templo e dos necessitados.
Jesus reafirmou a importância de contribuir, mas enfatizou que a justiça e a misericórdia são mais essenciais.
O Novo Testamento ensina que a generosidade deve ser um estilo de vida, sem imposições, mas com alegria e liberalidade.
O princípio do dízimo pode ser visto como um guia para a fidelidade financeira dos cristãos, mas a essência da contribuição deve ser
o amor e o compromisso com a obra de Deus.
VI. Oração Final
"Senhor, ensina-nos a sermos generosos e fiéis naquilo que nos confias. Que possamos contribuir não por obrigação, mas por amor e gratidão. Ajuda-nos a discernir o que é justo e a investir no Teu Reino com alegria. Que nossa oferta seja sempre acompanhada de justiça, misericórdia e fé. Amém."
Esse esboço pode ser usado para um sermão ou estudo bíblico aprofundado. Se precisar de ajustes ou deseja incluir alguma outra abordagem, posso refinar ainda mais para atender à sua necessidade!
🤝Unidos pelos laços eternos do Calvário,
✝️Pr. João Nunes Machado
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