segunda-feira, 3 de abril de 2023

A VISÃO DO TRONO DA MAJESTADE - APOCALIPSE 4*

TEXTO BASÍCO AP 4:1-11

INTRODUÇÃO 


1. Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.

2. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono.

3. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.

4. E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro.

A partir deste capítulo a programática profética divina não é a igreja, porque ela estará arrebatada, entronizada e coroada diante da Majestade no Reino celestial. 

Após o capítulo 6 os episódios bombásticos da grande tribulação trarão flagelos horripilantes aos habitantes do planeta Terra.

“e eis que estava uma porta aberta no céu.”  João arrebatado ao céu tem sido considerado por alguns intérpretes como simbologia da igreja trasladada antes da grande tribulação descrita nos capítulos 6 - 19. 

Este cenário visto pelo profeta estende-se até o capítulo 10; e, a partir daí, varia para outros pontos. 

Alguns homens de Deus obtiveram o apanágio de fitar o céu aberto: Jacó Gn 28.12-17; Ezequiel Ez 1.1; Jesus Mt 3.16; 

Estevão At 7.56; Paulo 2 Co 12.2 e João. 

É também um presente divino para os fiéis do tempo presente Jo 1.51. João nessa visão penetrou no céu invisível, muito além da Estação Espacial Internacional e do moderno espaço sideral explorado pelos astronautas modernos. 

Um avião com o motor de foguete pode ser a primeira aeronave a transportar turistas em viagens privativas ao espaço. 

Clientes como da Rocktplane estão comprando passagens ao espaço no valor de 200 mil dólares. 

Da decolagem até aterrissagem durará 45 minutos. 

Com apenas, 70 segundos de impulso, o avião será levado além da atmosfera. 

Em breve, uma série de turistas poderá desfrutar desta modalidade de turismo inédita. 

No arrebatamento iremos para além das estrelas a bilhões de anos luz daqui. 

Essa viagem será de graça porque essa passagem foi paga na cruz.  

O vidente de Patmos tornou em repórter no Palácio do Rei para narrar às visões do que ocorrerá no céu após o arrebatamento. 

O Apocalipse faz menção de três grandes portas: a porta aberta para as missões mundiais 3.8; a porta do coração 3.20 e a porta da revelação aberta no céu 4.1. 

João esteve no céu por via de um súbito arrebatamento em espírito obtendo as revelações até o capítulo 9; porque no capítulo 10.1, ele vê um anjo forte descendo ele estava em terra. “Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.” 


Estas coisas são tudo aquilo que encontramos do capítulo 

4 até o 22. Trata-se, por conseguinte da terceira divisão deste livro feita pelo próprio Senhor Jesus 1.19. 

Para provar a verossimilitude da doutrina pré-tribulacionista que afirma que a igreja será raptada antes da grande tribulação, a palavra igreja desaparece no capítulo 4, e, só reaparece no 22.16.


2. “eis que um trono estava posto no céu.” 

No antigo Egito, Ísis era o poder personificado do trono. 

Também entre os hititas, o trono personificado era tido como ser divino. 

No culto romano aos césares, eram tributadas honras divinas ao trono enfeitado com coroa e cetro. 

O trono de Salomão era governamental e cátedra de juiz, um tipo do trono de Jeová Sl 9.8. 

Esse trono é o local de comando de onde emanam todas as diretrizes para o universo. 

Ele é o símbolo indescritível de autoridade máxima e poder. 

A palavra trono é encontrada 48 vezes no Apocalipse.

OS QUATRO TRONOS 

» O trono da graça Hb 4.6 Local de onde procede a misericórdia e o perdão. 

» O trono de Deus Ap 8.3 Ambiente de sua administração universal e de onde procederão os juízos contra a besta e o falso profeta. 

» O trono de glória Mt 25.31 Local de onde Cristo governará sábia e prudentemente no Reino milenial. 

» O trono branco Ap 20.21 Esfera onde provirá às sentenças contra os ímpios e os apóstatas.

3. “E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe.” 

Essa pedra era chamada na língua grega de “iaspis”, e no hebraico “iashepheh”. 

É uma pedra translúcida. O jaspe é mais duro que o aço e risca o vidro. 

Aceita polimento, e, é usada em molduras de lareiras, pilares e outros acabamentos ornamental exterior. 

Os gregos e os romanos acreditavam que o jaspe podia curar numerosas doenças e tirar o veneno de mordidas de cobras. 

O jaspe é depositado pela água circulante ou água do subsolo ou em soluções hidrotermais de origem ígnea. 

O nome desta pedra aparece 7 vezes nas Escrituras. 

Era também a 12ª pedra do peitoral do sumo sacerdote Ex 28.28e o primeiro dos 12 fundamentos da Nova Jerusalém será de jaspe 21.19. 

Ela simboliza a indestrutibilidade da majestade e da glória divina. 

Sobre esta pedra estava gravado o nome de Benjamim cujo nome significa “filho da mão direita.” 

Cristo hoje está na destra do Pai e nos segura com a Sua mão direita. João não usou uma linguagem antropomórfica para Deus. 

Ele não tentou descrever a forma de Deus; mas, mostrou a Sua aparência policroma. 

A pretensão dos imperadores romanos era a de auto - deificarem, essa idéia apagou-se diante da gloriosa soberania de Deus e de Seu trono magnífico. “e de sardônica.” 
 
Esta pedra recebeu este nome porque era oriunda da cidade de Sardes na Lídia. Sua cor é de um vermelho sangue. É uma pedra dura e fina, e, é chamada também de sarda. 

O nome de Rúben o primogênito de Jacó foi gravado numa sardônica que estava no peitoral do sumo sacerdote. 

É a quinta pedra arrolada na lista de um dos fundamentos da Nova Jerusalém 21.20. 

Esta pedra vermelha como sangue simboliza a expiação de Cristo o Cordeiro de Deus. “e o arco celeste estava ao redor do trono e era semelhante à esmeralda.” 

O termo esmeralda aparece 6 vezes na Bíblia. 

No hebraico nofek e no grego “smaragdino.” Essa pedra é um silicato natural de alumínio e de glucínio. 

É translúcida e apresenta um brilho vítreo. É o mais duro dos minerais depois do diamante. 

Era a primeira pedrada segunda ordem do peitoral do juízo e nela estava escrito o nome de Judá Ex 28.18; dessa tribo viria o Rei Jesus. Judá quer dizer “louvor”, portanto, louvemos ao Senhor com alegria. 

Ela está contida no quarto fundamento da Nova Jerusalém 21.19. 

Foi com bastante propriedade que Tiago descreveu que Deus é o Pai das luzes devido à semelhança com as pedras preciosas lustrosas e brilhantes Tg 1.17. 

O arco – íris precedendo os relâmpagos e os trovões lembram-nos de que a graça antecede os juízos apocalípticos. 

A cor verde fala da esperança em meio ao julgamento baseado na fidelidade de Deus que fez uma aliança com os seres humanos. 

O arco celeste circundava o trono e não uma auréola sobre o entronizado. 

É de um verde vivo e não multicolor. 

A forma circular do arco celeste é o próprio significado do céu. 

A cor esmeraldina não cansa os olhos do espectador; uniformemente não cansamos de contemplar o arco da esperança de Jeová. 

Enfim, esse arco indica que Deus é fiel em sua administração em relação à humanidade.

4. “e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos.” 

Esses anciãos constituem a somatória dispensacional das doze tribos de Israel e os doze apóstolos representando os salvos de todas as épocas. 

Os anciãos estavam assentados, o que denota posição honorífica e intimidade. 

As vestes brancas fazem lembrar a justiça 19.8. 

O número 24 equivale as 24 ordens sacerdotais instituídas por Davi 1 Cr 24.1-19. 

Os que estavam assentados não são seres angelicais, porque em todo o Cânon sagrado não os encontramos entronizados, e nem coroados. 

Os tronos e a razão de estarem vestidos de branco mostram que são sacerdotes reais, e as coroas evidenciam o reinado.

5. “E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes.”

Essas manifestações estrondosas são prenunciadoras das grandes tempestades e turbilhões. 

Esses fenômenos são indícios da onipotência divina no afã de trazer juízos aos opositores da verdade no período tribulacional. 

O trovão surge quando o ar é aquecido instantaneamente quando acarga elétrica de um relâmpago passa através dele. 

O calor provoca a expansão das moléculas de ar ou a sua explosão em todas as direções. 

Se os homens esmorecem diante dos fenômenos da natureza, quanto mais diante dos relâmpagos e dos trovões que são projetados do trono majestoso do Senhor dos Exércitos que irão sacudir este planeta. 

Esses portentos que são emanados do trono anunciam que o tempo da paciência de Deus encerrou-se, e que o juízo começou. “e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo.” 

Essas lâmpadas mostram as atividades perscrutadoras e esquadrinhadoras do Espírito Santo em suas atividades septiforme e perfeita. 

6. “um como mar de vidro, semelhante ao cristal.” 

Era uma raridade naqueles tempos inclusive o claro como o cristal. 

Enquanto os juízos estiverem sacudindo a terra estaremos diante do mar de vidro que é a representação da paz imperturbável diante do trono da Majestade. 

7. “E o primeiro animal era semelhante a um leão; e o segundo animal, semelhante a um bezerro; e tinha o terceiro animal o rosto como de homem; e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.” 
 
Esses animais são criaturas de levadas categorias na corte celestial Sl 99.1. 

Encontramos reveladas nos rostos dos quatro seres viventes quatro características dos ofícios de Cristo. 

> Leão. Esta palavra é registrada 130 vezes no Velho Testamento e 9 vezes no Novo. 

A insígnia da bandeira da tribo de Judá era um leão. 

O leão é a obra prima do mundo animal. É grande, forte, e o mais famoso da família dos felinos. 

Isto revela a supremacia de Cristo em todos os aspectos: como a Sua grandeza Ef 1.19; a Sua fortaleza Is 49.26 e a fama do Seu nome Ap 19.16. 

Deparamos aqui com a majestade e a realeza de Cristo.
 
> Bezerro. A famosa Tradução Brasileira usa a palavra novilho no lugar de bezerro. 

Era usado nos sacrifícios e nos trabalhos pesados na agropecuária hebraica. 

A primeira letra do alfabeto hebraico “Aleph” significa boi, e o valor numérico é 1. 

O boi é o símbolo do sacrifício, da força e da paciência de Cristo. 

> Homem. É o animal racional, bípede e mamífero, que ocupa o primeiro lugar na escala zoológica. 

No idioma grego é chamado “antropos” que significa “aquele que olha para cima.” 

Podemos ver nesta figura a inteligência de Cristo. 

> Águia. Na língua hebraica “nesher” e na grega “aetós.” 

A águia pertence à classe aves, da ordem falciforme, da parte da subfamília buteoninae, e na família dos gaviões, acipitrídea. 

O termo águia é citado 33 vezes na Bíblia. A primeira em Ex 19.4 e a última em Ap 12.14. 

Ela voa 300 km por hora, vive até 50 anos e enxerga a presa até 10 km de distância. Nesta figura apocalíptica podemos ver a rapidez e a celestial idade de Cristo. 

8. “E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos.” 

As seis asas demonstram a ligeireza que é exercida em anunciar as execuções dos juízos de Deus. 

Os dois querubins sobrepostos nas duas extremidades do propiciatório da arca no santo dos santos no tabernáculo mosaico tinham duas asas cada Ex 25.20; e os querubins vislumbrados por Ezequiel tinham quatro asas cada Ez 1.6. 

Acredito piamente que esses seres são uma combinação de querubins com serafins. 

Com olhos por diante e por detrás, dá a entender, que eles têm uma visão penetrante e multilateral. "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus.” 

Devemos aprender com esses seres viventes aincansabilidade de louvarmos e adorarmos a Deus aqui na 
terra. 

Os pagãos da cidade de Éfeso aclamaram a deusa Diana ou Ártemis por um espaço de quase 2 horas ininterruptas At 19.34. 

Os quatro animais apresentam neste cântico uma composição que enaltece a santidade de Deus.

“e lançavam as suas coroas diante do trono.” 

As coroas expressam a glorificação da igreja diante do trono de Deus. 

Os cristãos atuais só pensam em serem coroados. 

A rainha Vitória afirmou: “Eu gostaria de estar viva na volta de Cristo para que eu pudesse depositar aos Seus pés a coroa da Inglaterra.” 

CONCLUSÃO:

AS QUATRO MAIORES TRAGÉDIAS DA VIDA

1° Viver neste mundo sem ter abarcado a Cristo!

2. Sair deste mundo sem Ter a certeza de salvação!

3. Morrer sem ter o nome escrito no Livro da Vida!

4. Ter o nome escrito e depois ser ele riscado! 

Venha a Cristo para que seu nome seja escrito!

Faça uma confissão que confirme seu nome no livro da vida (Mt 10. 32; Rm 10. 9,10)

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado!

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