sábado, 28 de setembro de 2024

A sementeira da Palavra

O que Jesus Fala sobre a semeadura?

Referência: Lucas 8.4-8,12-15

Introdução

4. E, ajuntando-se uma grande multidão, e vindo de todas as cidades ter com ele, disse por parábola:

5. Um semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;

6. E outra caiu sobre pedra e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;

7. E outra caiu entre espinhos e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;

8. E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, a cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

12. E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo, e tira-lhes do coração a palavra, para que não se salvem, crendo;

13. E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;

14. E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;

15. E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança.

Buscando um compromisso mais profundo com a missão de Deus.

I. Semeador

Entre os semeadores, há uns que saem sem semear e há outros que semeiam sem sair.

Mas Jesus diz que o semeador saiu a semear, mas não diz que voltou, pois quem lança a mão do arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus.

II. O campo da semeadura

E se esse semeador quando saiu, achasse o campo tomado?

E se se armassem contra ele os espinhos?

E se se levantassem contra ele as pedras? E se se fechassem os caminhos, que havia de fazer?

Todos estes problemas enfrentou o semeador. Começou ele a semear, mas com pouca ventura.

Uma parte caiu entre os espinhos e afogaram-no os espinhos.

Outra parte caiu sobre as pedras e secou-se nas pedras por falta de umidade.

Outra parte caiu no caminho e pisaram-no os homens e comeram-no as aves.

Ora vede como todas as criaturas do mundo se armaram contra esta sementeira.

Todas as criaturas quantas há no mundo se reduzem a 4 gêneros:

1) Criaturas racionais – como os homens;

2) Criaturas sensitivas – como os animais

3) Criaturas vegetativas – Como as plantas

4) Criaturas insensíveis – Como as pedras.

Faltou algumas dessas que se não armasse contra o semeador? Nenhuma!

A natureza insensível, o perseguiu nas pedras.

A natureza vegetativa, o perseguiu nos espinhos.

A natureza sensitiva, o perseguiu nas aves.

A natureza racional, o perseguiu nos homens.

As pedras secaram-no, os espinhos afogaram-no, as aves comeram-no e os homens? Pisaram-no.

Quando semeamos a Palavra encontramos homens homens, homens pedra, homens que férem como espinho e homens secos como o chão da estrada. Houve aqui semente mirrada, semente afogada, semente comida e semente pisada.

Mas o semeador não desanimou nem desistiu porque a outra parte caiu em terra boa e produziu a 30, 60 e 100 por um.

“Os que com lágrimas semeiam, com júbilo voltarão trazendo seus feixes”. O semeador foi perseverante e viu a multiplicação da sementeira.

III. Os diversos tipos de solo – o significado da parábola

A semente que semeou o semeador é a Palavra de Deus.

Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que a semente caiu são os diversos tipos de coração dos homens.

a) Os espinhos – São os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com prazeres carnais. E nestes afoga-se a Palavra de Deus.

b) As pedras – São os corações que recebem com alegria, mas depois rechaçam a Palavra. São os corações duros e obstinados e nestes seca-se a Palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes.

c) Os caminhos – São os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam e todas que passam e nestes é pisada a Palavra de Deus.

d) A terra boa – São os corações que acolhem a Palavra e neles frutifica com tanta fecundidade e abund6ancia que se colhe cento por um.

IV. Por que a Palavra prospera tão pouco hoje?

Se a Palavra de Deus é tão eficaz e poderosa, como vemos tão poucos frutos hoje?

Se ela frutifica a cento por um, por que hoje não frutifica nem a um por cento?

Na Igreja Primitiva, na Reforma, nos Reavivamentos multidões convertiam-se a Cristo. Vidas eram transformadas, lares eram reerguidos, cidades eram salvas, nações eram restauradas.

Hoje, a despeito de termos tantos pregadores e tantos sermões e tanta semeadura, porque há tão poucos frutos genuínos?

Por que tão poucos homens se arrependem de verdade?

Por que tão poucos resultados se Deus é o mesmo e se a Palavra é a mesma?

V. Identificando as causas

a) Será por parte de Deus? Por parte de Deus não pode ser.

Ele é o mesmo eternamente.

Ele tem poder para salvar.

Ele não tem prazer na morte do ímpio.

Ele quer que todos cheguem ao arrependimento.

Ele tem prazer na misericórdia. Ele é rico em perdoar.

As sementes perderam porque os espinhos a afogaram, as pedras a secaram, os homens a pisaram e as aves a comeram. Mas não diz que elas se perderam por causa do sol ou da chuva, pois estes são dádivas de Deus.

b) Será por parte do ouvinte? Desde que o homem caiu, ele sempre é o mesmo. Se Deus não lhe abrir o coração, não lhe conduzir ao arrependimento e não lhe plantar a fé salvadora não pode crer.

VI. A verdadeira causa

A causa está no semeador. Cristo não o comparou ao que semeador, mas ao que semeia. Não diz Cristo: “Saiu a semear o semeador”, mas sim “saiu o semeador a semear”.

Entre o semeador e o que semeia há muita diferença.

Uma coisa é o soldado outra é o que peleja.

Uma coisa é o governador, outra o que governa.

Uma coisa é o pregador, outra é o que prega.

Semeador e pregador é nome; o que semeia e o que prega é ação. As ações são as que dão ser ao pregador.

Ter nome de pregador ou ser pregador de nome não importa nada. As ações, a vida, o exemplo é que dão resultado.

Palavras sem vida são tiro sem bala, atroam mas não ferem. O pregar que é falar, faz-se com a boca; o pregar que é semear, faz-se com as mãos.

Exemplo:

Elias foi boca de Deus. A Palavra de Deus na sua boca era verdade. O bastão profético na mão de Eliseu tinha poder.

Precisamos pregar aos ouvidos e também aos olhos:

a) Jesus pregou aos ouvidos e aos olhos – Ide dizer a João o que estais ouvindo e vendo.

b) Felipe pregou aos ouvidos e aos olhos em Samaria.

c) Paulo pregou aos ouvidos e aos olhos – A minha pregação não consiste em palavras de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder.

Mas precisamos pregar também a Palavra com fidelidade:

a) Muitos pregadores pregam hoje não a Palavra de Deus, mas seus próprios sonhos, visões e revelações forâneos às Escrituras.

Disse Deus por Jeremias: “O profeta que tem sonho conte-o apenas como sonho; mas aquele em quem está a minha Palavra, fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? Diz o Senhor” (23:28).

b) Jesus defendeu-se do diabo no deserto citando a Palavra de Deus, então o diabo o levou ao pináculo do templo e também o tentou citando a Palavra de Deus.

De sorte que Cristo se defendeu do diabo citando a Escritura e o diabo tentou a Cristo com a Escritura.

Todas as Escrituras são palavra de deus, pois se Cristo toma a Escritura para se defender do diabo, como toma o diabo a Escritura para tentar a Cristo?

A razão é que Cristo toma a Escritura no seu sentido, o diabo torce a Escritura.

Pregar a Escritura no seu verdadeiro sentido é pregar a Palavra de Deus; pregar a Escritura no sentido em que Deus não a disse é pregar a palavra do diabo.

A Palavra de Deus interpretada com fidelidade é Palavra de Deus, interpretada de forma errada é ferramenta do diabo.

O pináculo do templo tem sido hoje o lugar onde a Palavra de Deus tem sido golpeada, torcida, adulterada pelo liberalismo, sincretismo e misticismo.

7. Que mensagem devemos pregar?

Muitos rejeitam, zombam e não querem ouvir a Palavra de Deus. Mas a doutrina de que eles zombam, essa é a que lhes devemos pregar, porque é a mais proveitosa.

A semente que caiu no caminho comeram-na as aves. Estas aves, como explicou Jesus são os demônios, que tiram a Palavra de Deus dos corações dos homens.

Pois porque não comeu o diabo a semente que caiu entre os espinhos?

Ou a semente que caiu nas pedras? Se não a semente que caiu no caminho?

Porque a semente que caiu no caminho, PISARAM-NA OS HOMENS.

E a mensagem que os homens pisam, essa é a que o diabo teme, pois a mensagem que os homens aplaudem o diabo não se acautela, porque sabe que não são essas as pregações que hão de lhe tirar as almas das mãos.

Explicando Cristo a parábola diz que as pedras são aqueles que ouvem a pregação com gosto, mas depois viram pedras!

O frutificar não se ajunta com o gostar, senão com o padecer.

A pregação que frutica não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe produz a agonia do arrependimento.

Quando o ouvinte a cada palavra do pregador treme.

Quando o ouvinte vai do sermão para casa atônito com seus pecados, essa é a pregação que convém e que dará fruto.

Devemos esperar não que os homens saiam dos nossos cultos contentes de nós, mas descontentes de si.

Devemos pregar o que convém à sã doutrina e não para entreter e agradar aqueles que estão desesperadamente precisando de ser salvos.

Que Deus nos ajude a semear, sabendo que a Palavra de Deus não volta vazia. Sabendo uma alma vale mais do que o mundo inteiro.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!

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