Textos principais: Êxodo 12:1-14 (AT); João 1:29; 1 Coríntios 5:7-8 (NT).
Introdução
Tema: A Páscoa como a celebração da libertação divina, do sacrifício substitutivo e da redenção, cumprida em Jesus Cristo.
Objetivo: Demonstrar como a Páscoa, do Antigo ao Novo Testamento, revela o plano redentor de Deus.
Relevância atual: A Páscoa nos lembra que a liberdade do pecado e a comunhão com Deus vêm pelo sacrifício de Cristo, desafiando-nos a viver em gratidão e santidade.
Contextualização Histórica e Cultural
No Antigo Testamento
Contexto histórico: Por volta do século XIII a.C., os israelitas eram escravos no Egito sob um regime opressivo (Êxodo 1:11-14). Deus levanta Moisés para liderar a libertação (Êxodo 3:7-10).
Contexto cultural:
O sacrifício de animais era comum em cultos antigos, mas o cordeiro pascal tinha um propósito único: marcar a obediência a Deus e proteger do juízo.
O sangue nas portas era um sinal de fé e aliança, distinguindo Israel dos egípcios.
O pão sem fermento (matzá) e as ervas amargas simbolizavam a pressa da fuga e a amargura da escravidão.
Significado teológico: A Páscoa instituía um memorial perpétuo (Êxodo 12:14), reforçando a identidade de Israel como povo escolhido e a soberania de Deus sobre as nações.
No Novo Testamento
Contexto histórico: Século I d.C., sob ocupação romana. A Páscoa judaica era uma das principais festas, atraindo peregrinos a Jerusalém (Lucas 2:41-42).
Contexto cultural:
Os judeus celebravam a Páscoa esperando o Messias, que traria libertação política (Marcos 11:9-10).
Jesus, ao morrer durante a Páscoa, subverte essa expectativa, oferecendo redenção espiritual (João 18:36).
A Última Ceia, uma refeição pascal, conecta o ritual do AT ao sacrifício de Cristo (Mateus 26:26-28).
Significado teológico: Cristo é o Cordeiro Pascal definitivo, cuja morte cumpre e transcende a Lei, inaugurando a nova aliança (Hebreus 9:11-15).
Esboço Expositivo
1. A Páscoa no Antigo Testamento: Libertação pelo Sacrifício (Êxodo 12:1-14)
Versos 1-2: Deus institui a Páscoa como o início do calendário de Israel, marcando um novo começo.
Versos 3-7: O cordeiro sem defeito é escolhido, sacrificado e seu sangue aplicado nas portas.
Análise: O cordeiro prefigura Cristo, puro e substituto (1 Pedro 1:19). O sangue simboliza expiação e proteção.
Versos 8-11: A refeição (cordeiro, pão sem fermento, ervas amargas) é consumida com prontidão.
Análise: Reflete a urgência da salvação e a identificação com o sofrimento. O pão sem fermento aponta para pureza (1 Coríntios 5:8).
Versos 12-14: O anjo passa por cima das casas marcadas, e a Páscoa é ordenada como memorial eterno.
Análise: Deus julga o pecado, mas poupa os obedientes, estabelecendo um padrão de graça e juízo.
Aplicação: Assim como Israel foi liberto pela obediência e fé, somos chamados a confiar no sacrifício de Cristo para nossa redenção.
2. A Páscoa no Novo Testamento: Cristo, o Cordeiro de Deus (João 1:29; 1 Coríntios 5:7-8)
João 1:29: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”
Análise: João Batista identifica Jesus como o sacrifício supremo, cumprindo Isaías 53:7 e Êxodo 12. Ele não apenas cobre, mas remove o pecado.
1 Coríntios 5:7-8: “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado por nós.”
Análise: Paulo conecta a Páscoa a Cristo, que, ao morrer, anula a maldição do pecado (Gálatas 3:13). Ele exorta a viver em “sinceridade e verdade”, como o pão sem fermento, rejeitando o “fermento” do pecado.
Conexão com o AT: A morte de Jesus na cruz durante a Páscoa (João 19:14) cumpre o simbolismo do cordeiro, universalizando a salvação (Hebreus 10:10).
Aplicação: A Páscoa nos convida a celebrar a vitória de Cristo, vivendo em santidade e gratidão por sua obra redentora.
3. A Páscoa Hoje: Redenção e Esperança
Significado contínuo: A Páscoa cristã (ressurreição) celebra a vitória de Cristo sobre a morte (1 Coríntios 15:20-22).
Desafio prático:
Confiar no sacrifício de Cristo como suficiente para a salvação (Efésios 2:8-9).
Viver em liberdade, rejeitando o “Egito” do pecado (Romanos 6:11-14).
Proclamar a redenção a outros, como testemunhas da nova aliança (Mateus 28:19-20).
Análise dos Textos Bíblicos
Êxodo 12:1-14
Estrutura: Deus dá instruções detalhadas (vv. 1-11), executa o juízo (v. 12), e estabelece o memorial (vv. 13-14).
Teologia: Revela Deus como libertador, juiz e provedor. O sangue do cordeiro é central, apontando para a necessidade de expiação (Levítico 17:11).
Cumprimento em Cristo: O cordeiro sem defeito prefigura Jesus (1 Pedro 2:22). A Páscoa como “novo começo” ecoa a nova criação em Cristo (2 Coríntios 5:17).
João 1:29
Contexto: João Batista proclama a missão de Jesus no início de seu ministério.
Teologia: Jesus é o sacrifício universal, superando os rituais temporários do AT (Hebreus 10:4). “Tira o pecado” indica redenção completa.
Conexão com a Páscoa: O título “Cordeiro” evoca o sacrifício pascal, confirmado pela crucificação na Páscoa (João 19:36; Êxodo 12:46).
1 Coríntios 5:7-8
Contexto: Paulo corrige a igreja em Corinto, exortando à pureza moral.
Teologia: Cristo é o Cordeiro definitivo, e sua morte exige uma resposta ética: abandonar o pecado (“fermento”) e viver em santidade.
Conexão com a Páscoa: A metáfora do “pão sem fermento” reforça a continuidade entre o AT e o NT, mas com foco na transformação interior.
Conclusão:
Resumo: A Páscoa bíblica celebra a libertação divina, do Egito físico no AT à redenção espiritual em Cristo no NT. Jesus, o Cordeiro Pascal, cumpre a promessa de salvação, oferecendo vida eterna pela fé.
Apelo: Que a Páscoa nos leve a adorar a Cristo, viver em liberdade do pecado e compartilhar sua graça com o mundo.
Versículo final: “Porque Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7).
🤝Nos laços do Calvário que nos unem.
✝️ Pr. João Nunes Machado
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