sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A VIOLÊNCIA FAMILIAR

A VIOLÊNCIA FAMILIAR


TEXTO BASE  SALMOS 128: 1-4


1° SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.

2°  Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.

3° Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.

4° O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão.

Aquele que teme a Deus será abençoado na sua família Cântico dos degraus

1° BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.

2° Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.

3° A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.

4° Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR.

5° O SENHOR te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.

6° E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.

Um dos assuntos colocados à margem da agenda de discussão, nos arraiais evangélicos, é a questão da violência familiar.

A sociedade de modo geral tem se preocupado com a questão. Como igreja evangélica não podemos ficar alienados. 

O primeiro passo para um envolvimento positivo da igreja nesta questão é tomar conhecimento de alguns dados estatísticos que temos em mãos.

Só para se ter uma idéia da gravidade da questão, é bom lembrar que todos os dias, mais de 18 mil crianças são espancadas no país, segundo os dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). 

Ainda segundo a UNICEF as mais afetadas são meninas entre sete e 14 anos. 

No Brasil, onde existe uma população de quase 67 milhões de crianças de até 14 anos, são registrados 500 mil casos/ano de violência doméstica de diferentes tipos.

Em 70% destes casos os agressores são os pais biológicos.

Em Curitiba, a cada seis horas, as autoridades municipais tomam conhecimento de pelo menos uma criança vítima de violência, abuso sexual ou de maus tratos praticados pela própria família, em uma situação que é classificada de emergência.

Os dados são baseados nas estatísticas do SOS Criança, serviço mantido pela prefeitura de Curitiba para garantir socorro a vítimas de agressão familiar. 

Somente no período de 15 de setembro a 15 de outubro, os agentes do serviço registraram 220 atendimentos (sendo que cerca de 120 somente para atender casos de violência ou maus-tratos).

No Rio de Janeiro, numa pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre 'violência doméstica', o tipo mais comum de violência é a sexual (31,6%), seguida de maus tratos físicos (27,7%), negligência (24%) e abuso psicológico (15,8%).

Na maioria das vezes, o algoz é o pai ou padrasto.

Até aqui temos um lado da questão da violência doméstica, isto é, a violência contra as crianças. O outro lado triste é a questão da violência contra a mulher.

Segundo o ISER (Instituto de Estudos Religiosos), as agressões contra mulheres, cometidas pelos seus parceiros, no Rio de Janeiro, quase dobraram nos últimos nove anos (1992-2001): passaram de 17.596 para 34.831.

A maioria dos casos é de queixas de lesões corporais dolosas, com 59,3% dos registros feitos às delegacias especializadas em atendimento às mulheres.

Um outro dado, desta vez fornecido pelo SOS Mulher, da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, de março de 1999, ano da criação, até janeiro de 2001, foram atendidas 1.495 mulheres.

Na sua maioria, mulheres entre 19 e 29 anos, agredidas pelos próprios parceiros.

O que causa tristeza maior é saber que somente 15% dos homens que agridem mulheres hoje são punidos no Brasil.

Estes dados devem levar a uma reflexão por parte dos líderes evangélicos e da própria igreja evangélica brasileira.

Um outro caminho é estar consciente que o problema também acontece em famílias de nossas igrejas. Ignorar ou achar que o problema não existe em algumas famílias de nossas igrejas é adotar uma postura covarde e alienante.

Em nosso trabalho com casais, em diversas partes do Brasil, através das dinâmicas de grupo que realizamos, podemos verificar sinais claros de que o problema também existe em nossos arraiais.

O que podemos fazer como pastores e líderes?

Quais seriam os possíveis caminhos que uma igreja disposta a ministrar às famílias pode tomar?

O primeiro caminho é, sem dúvida, de caráter educativo. 

Esta educação pode ser realizada através de palestras, projeção de filmes que abordam a questão e depois abrir um debate com os participantes.

O tema também pode estar presente nos congressos e seminários sobre família que as igrejas e a denominação realizam. Os pastores podem pregar mais sobre o assunto. Precisamos frisar a idéia de que Deus não criou os seres humanos para serem maltratados uns pelos outros. Existem textos bíblicos que abordam a questão e podem ser explorados. 

Tenho certeza absoluta que quando o tema for mais explorado, os casos começarão a aparecer e serão mais visíveis aos nossos olhos.

Devemos educar as meninas e meninos quanto as maneiras de se defenderem e buscarem ajuda quando necessária. 

Algo que me preocupa, também, é questão de certas ênfases que se tem dado à orientação dos pais quanto à disciplina de seus filhos. 

Por vezes, em algumas literaturas, até mesmo cristãs, encontramos verdadeiros manuais de 'surrar' os filhos. 

Sem entrar na exegese dos versículos de Provérbios, que tratam da disciplina infantil, percebo que se tem valorizado mais a 'pedagogia da vara' do que a pedagogia do amor, diálogo, do companheirismo na educação dos filhos. Temo que se tem adotado, sem se perceber, mais uma corrente behaviorista do que uma posição bíblica quando se trata do assunto.

Podemos também prover mecanismos de apoio às vítimas da violência doméstica. Precisamos dizer para essas pessoas que elas não estão sozinhas. Um ponto importante é resgatar a autoestima e autoconfiança da vítima. 

Para isto é preciso criar na igreja uma atmosfera de confiança e segurança.

As igrejas que desejam ministrar às famílias em sua totalidade podem desenvolver programas de apoio às vitimas, inclusive financeiro, nos casos emergenciais.

Casas de famílias podem ser cadastradas e treinadas para receberem, temporariamente, as mulheres que são vítimas da violência de seus parceiros.

Há de se pensar também na questão do aconselhamento pastoral às vítimas. 

As denominações podem estudar maneiras de prover uma capacitação contínua dos seus líderes neste sentido.

Não podemos esquecer que é preciso um confronto com o abusador. Precisamos deixar bem claro que a violência doméstica é errada e precisa ser tratada de maneira bíblica e psicológica. Às vezes, a igreja terá que apoiar financeiramente o tratamento de toda uma família. 

Concluindo, o tema está colocado para uma reflexão. 

O assunto é difícil, mas é preciso encará-lo de frente e, acima de tudo, com uma proposta bíblica onde o amor, compreensão, apoio, ajuda e confrontação sobressaem de forma clara e relevante.

Se como igrejas evangélicas queremos ser relevantes às famílias deste novo milênio temos que encarar esta realidade. Muitas vezes cultivamos uma visão romântica de família, como se esse e outros problemas não acontecem. 

A realidade familiar, às vezes, é cruel e dolorida. 

São para esses e outros tipos de problemas familiares que devemos ser mensageiros da graça de Cristo.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

violência famíliar


TEXTO BASE  SALMOS 128:

INTRODUÇÃO 

TEMA: A VIOLÊNCIA FAMILIAR- PARTE – II

1° SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.
2°  Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.
3° Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.
4° O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão.



violência famíliar


TEXTO BASE  1° CORINTIOS 12: 18 = 26

INTRODUÇÃO 

TEMA: A VIOLÊNCIA FAMILIAR- PARTE - II

18ª Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.
19°  E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?
20° Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo.
21ª E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós.
22° Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários;
23° E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.
24° Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela;
25° Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros.
26° De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

A VIOLÊNCIA FAMILIAR

A VIOLÊNCIA FAMILIAR


TEXTO BASE  SALMOS 102: 1 - 4


1° SENHOR, ouve a minha oração, e chegue a ti o meu clamor.

2°  Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia, inclina para mim os teus ouvidos; no dia em que eu clamar, ouve-me depressa.

3° Porque os meus dias se consomem como a fumaça, e os meus ossos ardem como lenha.

4° O meu coração está ferido e seco como a erva, por isso me esqueço de comer o meu pão.

Algumas crises do cristão - parte 3

Mas a Nova Aliança vê de modo diferente: Para o crente em Jesus Cristo é resultado do pecado vencido; é a esperança da ressurreição, como Paulo canta:

 "Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, o teu aguilhão?

O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co 15. 54-57).

Não! Não

Mas que a crise vem, vem. É a perda do pai, e o despreparo da mãe  devemos temer falar sobre a morte, mesmo a morte pessoal. para a vida prática tomando providências que nunca havia tomado anteriormente; é a reorganização das finanças, o corte de despesas; é o dizer "não" aos pedidos dos filhos. Mas é também o compreender que "a família é uma sociedade que se desfaz no tempo para se recompor no intemporal", na eternidade (cf. Guitton p. 45).

As separações trazidas pela morte nos lembram e às nossas famílias que elas são instrumentos transitórios que o Criador dispôs no mundo. Desaparece a família, mas não as existências que a compõem, e mesmo as relações que as constituem. A morte não separa a família: "E Abraão expirou, morrendo em boa velhice, velho e cheio de dias; e foi congregado ao seu povo" Gn 25.8).

Disse Sócrates que a essência da filosofia é o preparo para a morte. Davi, o poeta, antes dele dissera,

 "O meu coração constrange-se dentro de mim, e terrores de morte sobre mim caíram. Temor e tremor me sobrevêm, e o horror me envolveu" ( Sl 55.4,5), e Hebreus 2.15b tem uma magistral declaração sobre o medo de morrer: "Com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão".

É nesse ponto que chega o paradoxo do evangelho: quando se aceita o fato da morte, fica-se livre para viver! Não faz sentido para o crente olhar a morte como cessação. 

A vida não acaba. Na verdade, acontece uma transição, ou como Jesus o colocou: "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também". ( Jo 14.2,3 ) e também, "Declarou-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá" ( Jo 11.25).

John Donne, autor do século 17: "Toda a humanidade tem um só Autor, e um único volume; quando alguém morre, um capítulo não é tirado do livro, mas traduzido em um idioma melhor; e cada capítulo deve ser assim traduzido. Deus emprega vários tradutores; algumas peças são traduzidas pela idade, outras pela doença, algumas pela guerra, outras pela justiça; mas a mão de Deus opera em cada tradução; e a sua mão irá encadernar de novo todas as nossas folhas que foram espalhadas, para aquela Biblioteca onde cada livro ficará aberto um para o outro".

O IDOSO

O mundo tem hoje, ano 2004, aproximadamente seiscentos milhões de habitantes acima dos sessenta anos. Hoje, no Brasil, há cerca de quinze milhões vivendo a chamada "terceira idade", e, no entanto, nossa sociedade é voltada para o moço: musculação, malhação, festas, a própria arquitetura urbana.

A Bíblia, porém, mostra o cuidado divino nos anos da velhice: "Até a vossa velhice eu sou o mesmo, e ainda até as cãs eu vos carregarei; eu vos criei, e vos levarei, sim, eu vos carregarei e vos livrarei" (Is 46.4), e afirma seu valor e dignidade:

"O orgulho dos jovens está na sua força; a honra dos velhos está nos seus cabelos brancos" (Pv 20.29; 1Tm 5.1,2a). Jovens têm energia física, mas ela se esvai; o idoso porém, tem a glória de sua idade cantada, como vimos, nos Provérbios.

Cada idade tem seus dons particulares para enriquecer a vida da família e a sociedade de modo geral: a infância, a adolescência, a juventude, a idade adulta, o ancião. São partes autênticas e valiosas, e cada idade deve ser vivida dentro dela mesma: nem menina pintada como moça feita (que moda horrorosa!), nem senhora querendo ser mocinha (há coisa mais ridícula? ).

Que tudo venha naturalmente, não esquecendo o jovem que um dia será idoso, nem o adulto que já foi jovem no passado.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado