segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE DA HISTORIA DO CRISTIANISMO - JUSTINO MATER ESCREVE SUA APOLOGIA(C.150)

Justino Mártir escreve sua Apologia (C. 150)


O jovem filósofo caminhava junto à costa, sua mente estava agitada, sempre ativa, buscando novas verdades. 

Ele estudara os ensinamentos dos estoicos, de Aristóteles e de Pitágoras; e, naquele momento, era adepto do platonismo, que prometera uma visão de Deus aos que sondassem a verdade com profundidade suficiente. 

Era isso que o filósofo Justino queria.

Enquanto caminhava, encontrou-se com um cristão, já idoso. 

Justino ficou perplexo diante de sua dignidade e humildade. 

O homem citou várias profecias judaicas, mostrando que o caminho cristão era realmente verdadeiro. 

Jesus era a verdadeira expressão de Deus.

Esse encontro ocasionou grande mudança na vida de Justino. 

Debruçado sobre aqueles escritos proféticos, lendo os evangelhos e as cartas de Paulo, ele se tornou um cristão dedicado. 

Assim, nos últimos trinta anos de sua vida, viajou, evangelizou e escreveu. 

Desempenhou um papel muito importante no desenvolvimento da teologia da igreja, assim como da compreensão que a igreja tinha de si mesma e da imagem que apresentava ao mundo.

Praticamente desde o início, a igreja funcionou em dois mundos: o judeu e o gentío. 

O livro de Atos dos Apóstolos registra o lento e, às vezes, doloroso desabrochar do cristianismo no mundo gentío. 

Pedro e Estêvão pregaram aos ouvintes judeus, e Paulo falou aos filósofos atenienses e aos governadores romanos.

A vida de Justino apresenta muitos paralelos com a vida de Paulo. 

O apóstolo era um judeu nascido em área gentia (Tarso); Justino era um gentio nascido em área judaica (a antiga Siquém). 

Eles tinham boa formação e usavam o dom da argumentação para convencer judeus e gentíos da verdade de Cristo. 

Os dois foram martirizados em Roma em razão de sua fé.

Durante os reinados dos imperadores do século I, por exemplo, Nero e Domiciano, a igreja se esforçava sobreviver, para continuar sua tradição e para mostrar ao mundo o amor de Jesus Cristo. 

Os não-cristãos viam o cristianismo como uma seita primitiva, uma ramificação do judaismo caracterizada por ensinamentos e práticas estranhas.

Em meados do século II, sob o comando de imperadores mais razoáveis como Trajano, Antonino Pio e Marco Aurélio, a igreja teve uma nova preocupação: explicar o motivo de sua existência para o mundo de maneira convincente. 

Justino se tornou um dos primeiros apologistas cristãos, ou seja, um dos que explicavam a fé como sistema racional. 

Com escritores que surgiriam mais tarde — como Orígenes e Tertuliano —, ele interpretou o cristianismo em termos que seriam familiares aos gregos e aos romanos instruídos de seus dias.

A maior obra de Justino, a Apologia, foi endereçada ao imperador Antonino Pio (a palavra grega apologia refere-se à lógica na qual as crenças de uma pessoa são baseadas). 

Enquanto Justino explicava e defendia sua fé, ele discutia com as autoridades romanas por que considerava errado perseguir os cristãos. 

De acordo com seu pensamento, as autoridades deveriam unir forças com os cristãos na exposição da falsidade dos sistemas pagãos.

Para Justino, toda verdade era verdade de Deus. 

Os grandes filósofos gregos haviam sido inspirados por Deus até certo ponto, mas permaneciam cegos com relação à plenitude da verdade de Cristo. 

Desse modo, Justino trabalhou livremente com o pensamento grego, explicando Cristo como seu cumprimento. 

Ele se aproveitou do princípio apresentado pelo apóstolo João, no qual Cristo é o Logos, a Palavra. 

Deus Pai era santo e separado da humanidade maligna, e Justino concordava com Platão nesse aspecto. 

Porém, por intermédio de Cristo, seu Logos, Deus pôde alcançar os seres humanos. 

Como o Logos de Deus, Cristo era parte da essência de Deus, embora separado, do mesmo modo que uma chama se acende a partir de outra (é por isso que o pensamento de Justino foi fundamental no desenvolvimento da consciência da igreja com relação à Trindade e à encarnação).

Contudo, Justino tinha uma linha de pensamento judia que caminhava com suas inclinações gregas. 

Era fascinado pelas profecias já cumpridas. 

Ε possível que isso tenha nascido no encontro com o idoso à beira-mar. Porém, ele percebeu que a profecia hebraica confirmou a identidade singular de Jesus Cristo. 

Como Paulo, Justino não abandonou os judeus à medida que se aproximava dos gregos. 

Em Diálogo com Trifão, outra grande obra, ele escreve a um judeu, um conhecido dele, apresentando Cristo como cumprimento da tradição hebraica.

Além de escrever, Justino viajou bastante, sempre argumentando a favor da fé. 

Ele se encontrou com Trifão em Êfeso. 

Em Roma, encontrou-se com Marcião, o líder gnóstico. 

Em outra ocasião, durante uma viagem a Roma, Justino se indispôs com um homem chamado Crescendo, o Cínico. 

Quando Justino retornou a Roma, por volta do ano 165, Crescendo o denunciou às autoridades. 
Justino foi preso, torturado e decapitado, com outros seis crentes.

Justino escreveu certa vez: “Vocês podem nos matar, mas não podem nos causar dano verdadeiro”. 
O apologista apegou-se a essa convicção até a morte. 

Ao fazer isso, recebeu o nome que passaria a usar por toda a história: Justino Mártir.


domingo, 13 de fevereiro de 2022

ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE DA HISTORIA DO CRISTIANISMO - TITO DESTROI JERUSALEM (70 dC)

ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE DA HISTORIA DO CRISTIANISMO - TITO DESTROI JERUSALEM(70 dC)

Tito destrói Jerusalém(70 dC)

Géssio Floro amava o dinheiro e odiava os judeus. 

Como procurador romano, governava a Judéia e pouco se importava com as sensibilidades religiosas. 

Quando a entrada de impostos era baixa, ele se apoderava da prata do Templo. 

Em 66, quando a oposição cresceu, ele enviou tropas a Jerusalém para crucificar e massacrar alguns judeus. 

A ação de Floro foi o estopim para uma revolta que já estava em ebulição havia algum tempo.

No século anterior, Roma não tinha tratado os judeus de maneira adequada. 

Primeiramente, Roma havia fortalecido o odiado usurpador Herodes, o Grande. 

Apesar de todos os belos edifícios que construíra, Herodes não conseguiu lugar no coração das pessoas.

Arquelau, filho de Herodes e seu sucessor-, era tão cruel que o povo pediu a Roma que lhe desse um alívio. 

Roma atendeu a esse pedido enviando diversos governadores: Pôncio Pilatos, Félix, Festo e Floro. 

Eles, assim como outros, tinham a tarefa, nada invejável, de manter a paz em uma terra bastante instável.

O espírito independente dos judeus nunca morreu. 
Eles olhavam com orgulho para os dias dos macabeus, quando se livraram do jugo de seus senhores sírios. 

Agora, suas desavenças mesquinhas e o fabuloso crescimento de Roma os colocavam novamente sob o comando de mãos estrangeiras.

O clima de revolução continuou durante o governo de Herodes. 

Os zelotes e os fariseus, cada um à sua maneira, queriam que as mudanças acontecessem. 

O fervor messiânico estava em alta. 

Jesus não estava brincando quando disse que as pessoas falariam: “‘Vejam, aqui está o Cristo!’ ou Ali está ele!'”. Esse era o espírito da época.

Foi em Massada (formação rochosa praticamente inexpugnável, que se eleva próximo ao mar Morto, onde Herodes construiu um palácio e os romanos ergueram uma fortaleza) que a revolta judaica teve seu início e um fim trágico.

Inspirados pelas atrocidades de Floro, alguns zelotes ensandecidos decidiram atacar a fortaleza. 

Para surpresa de todos, eles a conquistaram, massacrando o exército romano que estava acampado ali.

Em Jerusalém, o capitão do Templo, quando interrompeu os sacrifícios diários a favor de César, declarou abertamente uma rebelião contra Roma. 

Não demorou muito para que toda a Jerusalém ficasse alvoroçada, e as tropas romanas fossem expulsas ou mortas. 

A Judéia se revoltou, e a seguir a Galiléia. 

Por um breve período de tempo, parecia que os judeus estavam virando o jogo.

Céstio Galo, o governador romano da região, saiu da Síria com 20 mil soldados. 

Cercou Jerusalém por seis meses, mas fracassou, deixando para trás seis mil soldados romanos mortos e grande quantidade de armamentos que os defensores judeus recolheram e usaram.

O imperador Nero enviou Vespasiano, general condecorado, para sufocar a rebelião. 

Vespasiano foi minando a força dos rebeldes, eliminando a oposição na Galiléia, depois na Transjordânia e por fim na Idu-méia. 

A seguir, cercou Jerusalém.

Contudo, antes do golpe de misericórdia, Vespasiano foi chamado a Roma, pois Nero morrera. 

O pedido dos exércitos orientais para que Vespasiano fosse o imperador marcou o fim de uma luta pelo poder. 

Em um de seus primeiros atos imperiais, Vespasiano nomeou seu filho, Tito, para conduzir a guerra contra os judeus.

A situação se voltou contra Jerusalém, agora cercada e isolada do restante do país. 

Facções internas da cidade se desentendiam com relação às estratégias de defesa. 

Conforme o cerco se prolongava, as pessoas morriam de fome e de doenças. 

A esposa do sumo sacerdote, outrora cercada de luxo, revirava as lixeiras da cidade em busca de alimento.

Enquanto isso, os romanos empregavam novas máquinas de guerra para arremessar pedras contra os muros da cidade. 

Aríetes forçavam as muralhas das fortificações. 

Os defensores judeus lutavam durante todo o dia e tentavam reconstruir as muralhas durante a noite. 

Por fim, os romanos irromperam pelo muro exterior, depois pelo segundo muro, chegando finalmente ao terceiro muro. 

Os judeus, no entanto, continuaram lutando, pois correram para o Templo — sua última linha de defesa.

Esse foi o fim para os bravos guerreiros judeus — e também para o Templo. 

Josefo, historiador judeu, disse que Tito queria preservar o Templo, mas os soldados estavam tão irados com a resistência dos oponentes que terminaram por queimá-lo.

A queda de Jerusalém, essencialmente, pôs fim à revolta. 

Os judeus foram dizimados ou capturados e vendidos como escravos. 

O grupo dos zelotes que havia tomado Massada permaneceu na fortaleza por três anos. 

Quando os romanos finalmente construíram a rampa para cercar e invadir o local, encontraram todos os rebeldes mortos. 

Eles cometeram suicídio para que não fossem capturados pelos invasores.

A revolta dos judeus marcou o fim do Estado judeu, pelo menos até os tempos modernos.

A destruição do Templo de Herodes significou mudança no culto judaico. 

Quando os babilônios destruíram o Templo de Salomão, em 586 a. C, os judeus estabeleceram as sinagogas, onde podiam estudar a Lei de Deus. 

A destruição do Templo de Herodes pôs fim ao sistema ‘sacrificai judeu’ e os forçou a contar apenas com as sinagogas, que cresceram muito em importância.

Onde estavam os cristãos durante a revolta judia? 

Ao lembrar das advertências de Cristo (Lc 21. 20-24), fugiram de Jerusalém assim que viram os exércitos romanos cercar a cidade. 

Eles se recusaram a pegar em armas contra os romanos e retiraram-se para Pela, na Transjordânia.

Uma vez que a nação judaica e seu Templo tinham sido destruídos, os cristãos não podiam mais confiar na proteção que o império dava ao judaísmo. 

Não havia mais onde se esconder da perseguição romana.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

ACONTECIMENTO MAIS IMPORTANTE DA HISTORIA DO CRISTIANISMO - O INCENDIO DE ROMA (64 dC)


Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.


O incêndio de Roma (64 dC)


Talvez o cristianismo não se expandisse de maneira tão bem-sucedida, caso o Império Romano não tivesse existido. 

Podemos dizer que o império era um tambor de gasolina à espera da faísca da fé cristã.

Os elementos unificadores do império ajudaram na expansão do evangelho. 

Com as estradas romanas, as viagens ficaram mais fáceis do que nunca. 

As pessoas falavam grego por todo o império e o forte exército romano mantinha a paz. 

O resultado da facilidade de locomoção foi a migração de centenas de artesãos, por algum tempo, para cidades maiores — Roma, Corinto, Atenas ou Alexandria — e depois se mudavam para outro lugar. 

O cristianismo encontrou um clima aberto à religiosidade. 

Em um movimento do tipo Nova Era, muitas pessoas começaram a abraçar as religiões orientais — a adoração a Isis,  Dionisio, Mitra, Cibele e outros. 

Os adoradores buscavam novas crenças, mas algumas dessas religiões foram declaradas ilegais por serem suspeitas de praticar rituais ofensivos. 

Outras crenças foram oficialmente reconhecidas, como aconteceu com o judaísmo, que já desfrutava proteção especial desde os dias de Júlio César, embora seu monoteísmo e a revelação bíblica o colocassem à parte das outras formas de adoração.

Tirando plena vantagem da situação, os missionários cristãos viajaram por todo o império. 

Ao compartilhar sua mensagem, as pessoas nas sinagogas judaicas, nos assentamentos dos artesãos e nos cortiços se convertiam. 

Em pouco tempo, todas as cidades principais tinham igrejas, incluindo a capital imperial.

Roma, o centro do império, atraía pessoas como um ímã. 

Paulo quis visitar Roma (Rm 1. 10-12), e, na época em que escreveu sua carta à igreja romana, vemos que ele já saudava diversos cristãos romanos pelo nome (Rm 16. 3-15), talvez porque já os tivesse encontrado em suas viagens.

Paulo chegou a Roma acorrentado. 

O livro de Atos dos Apóstolos termina narrando que Paulo recebia convidados e os ensinava em sua casa, onde cumpria pena de prisão domiciliar, ainda que, de certa forma, não vigiada.

A tradição também diz que Pedro passou algum tempo na igreja romana. 

Embora não tenhamos números precisos, podemos dizer que, sob a liderança desses dois homens, a igreja se fortaleceu, recebendo tanto nobres e soldados quanto artesãos e servos.

Durante três décadas, os oficiais romanos achavam que o cristianismo era apenas uma ramificação do judaísmo — uma religião legal — e tiveram pouco interesse em perseguir a nova “seita” judaica. 

Muitos judeus, porém, escandalizados pela nova fé, partiram para o ataque, tentando inclusive envolver Roma no conflito.

O descaso de Roma pela situação pode ser visto no relato do historiador romano Tácito. 

Ele relata uma confusão entre os judeus, instigada por um certo “Chrestus”, ocorrida em um dos cortiços de Roma. 

Tácito pode ter ouvido errado, mas parece que as pessoas estavam discutindo sobre Christos, ou seja, Cristo.

Por volta de 64 d.C, alguns oficiais romanos começaram a perceber que o cristianismo era substancialmente diferente do judaísmo. 

Os judeus rejeitavam o cristianismo, e cada vez mais pessoas viam o cristianismo como uma religião ilegal. 

A opinião pública pode ter começado a mudar em relação à fé nascente até mesmo antes do incêndio de Roma. 

Embora os romanos aceitassem facilmente novos deuses, o cristianismo não estava disposto a partilhar a honra com outras crenças. 

Quando o cristianismo desafiou o politeísmo tão profundamente arraigado de Roma, o império contra-atacou.

Em 19 de julho, ocorreu um incêndio em uma região de trabalhadores de Roma. 

O incêndio se prolongou por sete dias, consumindo um quarteirão após o outro dos cortiços populosos. 

De um total de catorze quarteirões, dez foram destruídos, e morreram muitas pessoas.

A lenda diz que o imperador romano Nero “dedilhava” um instrumento musical, enquanto Roma era destruída pelas chamas. 

Muitos de seus contemporâneos achavam que Nero fora o responsável pelo incêndio. 

Quando a cidade foi reconstruída, mediante o uso de altas somas do dinheiro público, Nero se apoderou de grande uma extensão de terra e construiu ali os Palácios Dourados. 

O incêndio pode ter sido a maneira rápida de renovar a paisagem urbana.

Objetivando desviar a culpa que recaíra sobre si, o imperador criou um conveniente bode expiatório: os cristãos. 

Eles tinham dado início ao incêndio, acusou o imperador. 

Como resultado, Nero jurou perseguir e matar os cristãos.

A primeira onda da perseguição romana se estendeu de um período pouco posterior ao incêndio de Roma até a morte de Nero, em 68 d.C. 

Sua enorme sede por sangue o levou a crucificar e queimar vários cristãos cujos corpos foram colocados ao longo das estradas romanas, iluminando-as, pois eram usados como tochas. 

Outros vestidos com peles de animais, eram destroçados por cães nas arenas. 

De acordo com a tradição, tanto Pedro quanto Paulo foram martirizados na perseguição de Nero: 
Paulo foi decapitado, e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.

Entretanto, a perseguição ocorria de maneira esporádica e localizada. 

Um imperador podia intensificar a perseguição por dez anos ou mais; mas um período de paz sempre se seguia, o qual era interrompido abruptamente quando um governador local resolvia castigar novamente os cristãos de sua área, sempre com o aval de Roma. 

Esse padrão se prolongou por 250 anos.

Tertuliano, escritor cristão do século li, disse: 

“O sangue dos mártires é a semente da igreja”.

Para surpresa geral, sempre que surgia perseguição, o número de cristãos a ser perseguido aumentava. 

Em sua primeira carta, Pedro encorajou os cristãos a suportar o sofrimento, confiantes na vitória derradeira e no governo divino que seria estabelecido em Cristo (l Pe 5. 8-11). 

O crescimento da igreja sob esse tipo de pressão provou, em parte, a veracidade dessas palavras. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

FALSAS PROFECIAS SOBRE 0 ARREBATAMEMENTO!

FALSAS PROFECIAS SOBRE 0 ARREBATAMEMENTO!

Somente os apóstatas, escarnecedores ou desavisados desprezam o Arrebatamento ou agem como se ele fosse demorar a acontecer
(2 Pe 3. 3). 

O crente fiel está preparado, pois sabe que o Rapto da Igreja pode acontecer a qualquer momento! 

Por que a Palavra de Deus apresenta sinais e mais sinais desse acontecimento? 

Para nos manter vigilantes e cheios de esperança. 

Por isso, o Senhor nos diz, em Mateus 24.42: “Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”.

Como se não bastassem os pregadores conspiracionistas, rela-tivistas e triunfalistas, há também os que querem fixar datas para o Arrebatamento da Igreja. 

E isso não é de hoje. 

Os expoentes norte-americanos Willian Miller e Ellen G. White foram pioneiros nessa atividade, no século XIX. 

Miller chegou a prever que o Senhor voltaria em quase dez ocasiões diferentes, entre os anos de 1843 a 1877.

Na primeira metade do século XX, mais dois estadunidenses, Charles Taze Russell e Joseph Rutherford — primeiros líderes da seita pseudocrístão Testemunhas de Jeová —, marcarem o ano da volta de Jesus. 

Russell fez duas previsões, para 1914e 1918. 

E Rutherford, para 1925. 

Seus sucessores não fizeram mais previsões.

Preferiram adotar uma posição ainda mais espantosa: Cristo de fato voltou em 1914, 

Como Russell previra, mas apenas em espí­rito!

Já na segunda metade do século XX entra em cena mais um “profeta” norte-americano: Willian Branhan, da igreja Tabernáculo da Fé. 

Ele não se satisfez em garantir que o Arrebatamento da Igreja se daria em 1977. 

Também afirmou que estaria vivo e teria um papel de destaque até o dia do cumprimento de sua profecia.

Para frustração de seus seguidores, Branhan morreu em 1965.

Com a aproximação do terceiro milénio, muitos “profetas do Arrebatamento” surgiram. 

O norte-americano Edgar C. 

Whise-nant, engenheiro da NASA, merece destaque. 

Ele escreveu o livro Tempo Emprestado: 88 Razões Por Que o Arrebatamento se Dará em 1988, 

Por meio do qual ele apresentava cálculos matemáticos “precisos”. 

Em 1988, depois de vender 4,5 milhões de livros, Whisenant “passou óleo de peroba na face”, disse que deixara de considerar pequenos detalhes em seus cálculos e fez previsões para 1989, 1993, 1994 e 1997.

Ainda no fin. do século XX, houve mais previsões. 

Um jovem sul-coreano chamado Bang-Ik Ha garantiu que Jesus voltaria em 1992. 

E o estadunidense Harold Camping, do ministério Family Radio, estabeleceu o ano de 1994. 

No Brasil, ainda antes da virada do milénio, uma famosa missionária profetizou que o Senhor voltaria em um sábado de 2007.

Chegaram os anos de 2000, e os “profetas” continuaram fazendo previsões. 

A senhora que prometera o Arrebatamento para um sábado de 2007 resolveu ser mais específica e afirmar que Jesus voltaria no dia 07/07/07. 

Não pense que parou por aí. 

Harold Camping — aquele mesmo que havia prometido a volta de Jesus para 1994 —, com 89 anos, fez a sua última (última?) previsão:

Jesus voltaria em 21 de maio de 2011.

Sempre haverá pessoas se arriscando nesse terreno movediço, talvez para demonstrar a sua habilidade em fazer cálculos mirabolantes.

Mas isso é um desperdício de tempo, além de mostrar o quanto a Palavra de Deus tem sido desprezada. 

Conquanto tenhamos a esperança de que veremos Jesus antes de morrermos (Tt 2. 13), não compete a nós determinar uma data para o Arrebatamento.

Afinal, Ele disse claramente: “daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24. 36). 

E também: “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1.7).

fonte: Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar