terça-feira, 1 de março de 2022

GUERRA E PAZ.

TEXTO BASE JO 14: 27


INTRODUCÃO

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (Jo.14.27).



A guerra nada mais é do que a prepotência humana em querer dominar e levar vantagem sobre o seu semelhante.

Guerra é oposição, discórdia, ódio e falta de amor ao próximo. 

A guerra promove desgraça, destruição, desordem, desolação e morte. 

Na guerra não há sentimento de misericórdia, de empatia, nem de amor, a guerra é insana. 

Na guerra o ser humano é indecente, imoral e implacável, ele desce o nível mais baixo do seu sentimento para praticar a maldade. 

Se os lideres de governo e os chefes das nações fossem sensatos e menos egoístas e prepotentes, muitas guerras poderiam ter sido evitadas. 

Eles se reúnem e sentam as mesas redondas para promoverem a paz para humanidade, porém esta paz nunca acontece, porque eles mesmos não têm a paz. 

A ONU, A OTAN e outras organizações governamentais tentam mediarem as intrigas entre as nações e promoverem a paz, mas isto nunca será possível, sem a presença e a regência de Jesus Cristo, o Príncipe da paz. 

Eles confiam no poder das suas armas, eles querem promover uma paz armada, eles pensam em promover a paz com a guerra. 

Eles nunca convidaram o Príncipe da paz, para conduzir as suas reuniões secretas acerca dos negócios das nações, em como promover a paz. 

Este mundo não conhecerá a paz verdadeira, sem a regência e o reinado de nosso Senhor Jesus Cristo, o Príncipe da paz. Amém!

GUERRA - Sinônimo de destruição e morte.

PAZ - Sinônimo de harmonia e vida perene.

Promova a Paz e não a Guerra.

Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus (Mt.5.9).   

Abnegado Pr Geraldo Barbosa! 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo!

325  O Concilio de Nicéia

Embora Tertuliano tivesse outorgado à igreja a idéia de que Deus é uma única substância e três pessoas, de maneira alguma isso serviu para que o mundo tivesse compreensão adequada da Trindade. 

O fato é que essa doutrina confundia até os maiores teólogos.

Logo no início do século IV, Ario, pastor de Alexandria, no Egito, afirmava ser cristão, porém, também aceitava a teologia grega, que ensinava que Deus é um só e não pode ser conhecido. 

De acordo com esse pensamento, Deus é tão radicalmente singular que não pode partilhar sua substância com qualquer outra coisa: somente Deus pode ser Deus. 

Na obra intitulada Thalita, Ario proclamou que Jesus era divino, mas não era Deus. 

De acordo com Ario, somente Deus, o Pai, poderia ser imortal, de modo que o Filho era, necessariamente, um ser criado. 

Ele era como o Pai, mas não era verdadeiramente Deus.

Muitos ex-pagãos se sentiam confortáveis com a opinião de Ario, pois, assim, podiam preservar a idéia familiar do Deus que não podia ser conhecido e podiam ver Jesus como um tipo de super-herói divino, não muito diferente dos heróis humanos-divinos da mitologia grega.

Por ser um eloquente pregador, Ario sabia extrair o máximo de sua capacidade de persuasão e até mesmo chegou a colocar algumas de suas ideias em canções populares, que o povo costumava cantar.

“Por que alguém faria tanto estardalhaço com relação às ideias de Ario?”, muitas pessoas ponderavam. 

Porém, Alexandre, bispo de Ario, entendia que para que Jesus pudesse salvar a humanidade pecaminosa, ele precisava ser verdadeiramente Deus. 

Alexandre conseguiu que Ario fosse condenado por um sínodo, mas esse pastor, muito popular, tinha muitos adeptos. 

Logo surgiram vários distúrbios em Alexandria devido a essa melindrosa disputa teológica, e outros clérigos começaram a se posicionar em favor de Ario.

Em função desses distúrbios, o imperador Constantino não podia se dar ao luxo de ver o episódio simplesmente como uma “questão religiosa”. Essa “questão religiosa” ameaçava a segurança de seu império. 

Assim, para lidar com o problema, Constantino convocou um concilio que abrangia todo o império, a ser realizado na cidade de Nicéia, na Ásia Menor.

Vestido com roupas cheias de pedras incrustadas e multicoloridas, Constantino abriu o concilio. 

Ele disse aos mais de trezentos bispos que compareceram àquela reunião que deveriam resolver o impasse. 

A divisão da igreja, disse, era pior do que uma guerra, porque esse assunto envolvia a alma eterna.

O imperador deixou que os bispos debatessem. 

Convocado diante dos bispos, Ario proclamou abertamente que o Filho de Deus era um ser criado e, por ser diferente do Pai, passível de mudança.

A assembleia denunciou e condenou a afirmação de Ario, mas eles precisavam ir além disso. 

Era necessário elaborar um credo que proclamasse sua própria visão.

Assim, formularam algumas afirmações sobre Deus Pai e Deus Filho. 

Nessas declarações, descreviam o Filho como “Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstanciai com o Pai”.

A palavra “consubstancial” era muito importante. 

A palavra grega usada pelos conciliares foi homo ousios. Homo quer dizer “igual”; ousios significa “substância”. 

O partido de Ario queria acrescentar uma letra a mais àquela palavra: homo ousios, cujo significado passaria a ser “de substância similar”.

Com exceção de dois bispos, todos os outros assinaram a declaração de fé. 

Esses dois, com Ario, foram expulsos. Constantino parecia satisfeito com o resultado de sua obra, mas isso não durou muito tempo.

Embora Ario tivesse ficado temporariamente fora do cenário, sua teologia permaneceria por décadas. 

Um diácono de Alexandria chamado Atanásio tornou-se um dos maiores opositores do arianismo. Em 328, Atanásio tornou-se bispo de Alexandria e continuou a lutar contra aquela facção.

No entanto, a guerra continuou na igreja do Oriente até que outro concilio, realizado em Constantinopla, no ano 381, reafirmou o Concilio de Nicéia. 

Ainda assim, traços dos pensamentos de Ario permaneceram na igreja.

O Concilio de Nicéia foi convocado tanto para estabelecer uma questão teológica quanto para servir de precedente para questões da igreja e do Estado. 

A sabedoria coletiva dos bispos foi consultada nos anos que se seguiram, quando questões espinhosas surgiram na igreja. 

Constantino deu início à prática de unir o império e a igreja no processo decisório. 

Muitas consequências perniciosas seriam colhidas nos séculos futuros dessa união.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

312 A conversão de Constantino


Era o mês de outubro do ano 312. 

Um jovem general, a quem todas as tropas romanas da Bretanha e da Gália eram fiéis, marchava em direção a Roma para desafiar Maxêncio, outro postulante ao trono imperial. 

Segundo o relato da história, o general Constantino olhou para o céu e viu um sinal, uma cruz brilhante, na qual podia ler: “Com isto vencerás”. 

O supersticioso soldado já estava começando a rejeitar as divindades romanas a favor de um único Deus. Seu pai adorava o supremo deus Sol. 
Seria um bom presságio daquele Deus na véspera da batalha?

Mais tarde, Cristo teria aparecido a Constantino em um sonho, segurando o mesmo sinal (uma cruz inclinada), lembrando as letras gregas chi () e rho (), as duas primeiras letras da palavra Cristos. 

O general foi instruído a colocar esse sinal nos escudos de seus soldados, o que fez prontamente, da forma exata como fora ordenado.

Conforme prometido, Constantino venceu a batalha.

Esse foi um dos diversos momentos marcantes do século iv, um período de violentas mudanças. 

Se você tivesse saído de Roma no ano 305 d.C. 
para viver anos no deserto, quando voltasse certamente esperaria encontrar o cristianismo morto ou enfrentando as últimas ondas de perseguição. 

Em vez disso, o cristianismo se tornou a religião patrocinada pelo império.

Depois de ter tomado o poder em 284, Diocleciano, um dos mais brilhantes imperadores romanos, começou uma enorme reorganização que afetaria as áreas militar, econômica e civil. 

Durante certo período de tempo, ele deixou o cristianismo em paz.

Uma das grandes ideias de Diocleciano foi a reestruturação do poder imperial. 

Dividiu o império em Oriente e Ocidente, e cada lado teria um imperador e um vice imperador (ou césar). 

Cada imperador serviria por vinte anos e, a seguir, os césares assumiriam também por vinte anos e assim por diante. 

No ano 286, Diocleciano indicou Maximiano imperador do Ocidente, enquanto ele mesmo continuava a governar o Oriente. 

Os césares eram Constâncio Cloro (pai de Constantino) no Ocidente e Valério no Oriente.

Valério era radicalmente anticristão (há informações que ele atribuiu a perda de uma batalha a um soldado cristão que fez o sinal da cruz). 

É bem provável que o imperador do Oriente tenha assumido posições anticristãs por instigação de Valério. 

Tudo isso era parte da reorganização do império, de modo que a lógica era a seguinte: Roma tinha uma moeda única, uni sistema político único e, portanto, deveria ter uma única religião; os cristãos, porém, estavam em seu caminho.

A partir do ano 298, os cristãos foram retirados do exército e do serviço civil. 

Em 303, a grande perseguição teve início. 

As autoridades planejaram impor severas sanções sobre os cristãos, que começariam a ser implantadas na Festa da Terminá-la, em 23 de fevereiro. 

As igrejas foram arrasadas, as Escrituras confiscadas, e as reuniões proibidas. 

No início, não houve derramamento de sangue, mas Valério logo se encarregou de mudar essa situação. 

Quando Diocleciano e Maximiano deixaram seus postos (de acordo com o planejado), em 305, Valério desencadeou uma perseguição ainda mais brutal. 

De modo geral, Constantino, que governava o Ocidente, era mais indulgente. 

Porém, as histórias de horror do Oriente eram abundantes. 

Até o ano 310, a perseguição tirou a vida de muitos cristãos.

Contudo, Galério foi incapaz de esmagar a igreja. 
Estranhamente, em seu leito de morte, ele mudou de idéia. 

Em outro grande momento, no dia 30 de abril de 31 1, o feroz imperador desistiu de lutar contra o cristianismo e promulgou o Édito de Tolerância. 

Sempre político, insistiu em que fizera tudo para o bem do império, mas que “grande número” de cristãos “persiste em sua determinação”. 

Desse modo, agora era melhor permitir que eles se encontrassem livremente, contanto que não atentassem contra a ordem pública. 

Além disso, declarou: “Será tarefa deles orar ao seu Deus em benefício de nosso Estado”. 

Roma precisava de toda a ajuda que pudesse obter. Valério morreu seis dias depois.

O grande plano de Diocleciano, no entanto, começava a ruir. 

Quando Constâncio morreu, no ano 306, seu filho Constantino foi proclamado governador por seus soldados leais. 

Maximiano, porém, tentou sair do exílio e governar o Ocidente outra vez com o filho, Maxêncio (que terminou tirando o próprio pai do poder). 

Enquanto isso, Valério indicava um general de sua confiança, Licínio, para governar o Ocidente. Cada um desses futuros imperadores reivindicava um pedaço do território ocidental. 

Eles teriam de lutar por ele. Constantino, de maneira astuta, forjou uma aliança com Licínio e lutou contra Maxêncio. 

Na batalha da Ponte Mílvia, Constantino saiu vitorioso.

Naquele momento, Constantino e Licínio montaram um delicado equilíbrio de poder. 

Constantino estava ansioso para agradecer a Cristo por sua vitória e, desse modo, optou por dar liberdade e status à igreja. 

No ano 313, ele e Licínio emitiram oficialmente o Edito de Milão, garantindo a liberdade religiosa dentro do império. “Nosso propósito”, dizia o édito, “é garantir tanto aos cristãos quanto a todos os outros a plena autoridade de seguir qualquer culto que o homem desejar”.

Constantino, imediatamente, assumiu o interesse imperial pela igreja: restaurou suas propriedades, deu-lhe dinheiro, interveio na controvérsia donatista e convocou os concílios eclesiásticos de Arles e de Nicéia. 

Ele também fazia manobras para obter poder sobre Licínio, a quem finalmente depôs, em 324.

Assim, a igreja passou de perseguida a privilegiada. 

Em um período de tempo surpreendentemente curto, suas perspectivas mudaram por completo. 

Depois de séculos como movimento contracultura, a igreja precisava aprender a lidar com o poder. 
Ela não fez todas as coisas de maneira correta. 

A própria presença dinâmica de Constantino modelou a igreja do século iv, modelo que ela adotou daí em diante. Ele era um mestre do poder e da política, e a igreja aprendeu a usar essas ferramentas.

A visão de Constantino foi autêntica ou ele foi apenas um oportunista, que usou o cristianismo para benefício próprio? Somente Deus conhece a alma. 

Embora tenha falhado na demonstração de sua fé em várias ocasiões, o imperador certamente assumiu um interesse ativo no cristianismo que professava, chegou até mesmo a correr risco pessoal em certos momentos.

Ε certo que Deus usou Constantino para fazer com que as coisas acontecessem para a igreja. 

O imperador afirmou e assegurou a tolerância oficial à fé. 

Ao fazer isso, porém, ele seguiu os passos do moribundo Valério. 

Assim, a batalha contra a perseguição romana foi vencida, em certo sentido, não na ponte Mílvia, mas nas arenas em que os cristãos entraram para enfrentar bravamente a morte.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.!

270 Antão começa sua vida de eremita

Um dos principais fundadores das comunidades monásticas não tinha em mente a idéia de fundar coisa alguma. 

Ele estava simplesmente preocupado com a própria condição espiritual e passou a maior parte de sua vida sozinho.

Antão [ou Antônio] nasceu no Egito, provavelmente por volta do ano 250, em uma família de pais abastados que morreram quando contava cerca de vinte anos, deixando para ele toda sua herança. 

As palavras de Jesus ao jovem rico — “Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres” — mudaram a vida do jovem Antão. 

A mensagem parecia ter sido direcionada a ele, uma vez que a entendeu literalmente. 

Doou suas terras aos vizinhos, vendeu suas outras propriedades e repartiu o dinheiro entre os pobres. 

Colocou-se sob os cuidados de um cristão idoso que lhe ensinou as alegrias da autonegação. 

Antão optou por comer uma única refeição por dia, composta de pão e água, e passou a dormir no chão.

Com a conversão do imperador Constantino em 312, a situação da igreja mudou drasticamente. 

Os cristãos saíram da posição de minoria perseguida e tornaram-se membros de uma religião respeitável que desfrutava apoio oficial. 

Contudo, à medida que grandes multidões começaram a entrar na igreja, ficou mais difícil distinguir entre os que tinham compromisso verdadeiro com Cristo e os que queriam apenas tomar parte da religião popular. 

A fé se transformou em uma coisa fácil e a sinceridade foi prejudicada.

Cristãos zelosos dessa época, com frequência, optavam por lutar contra o comprometimento de sua fé afastando-se do mundo. 

Antão buscou fazer isso e foi viver em uma caverna. 

De acordo com Atanásio, seu biógrafo, durante doze anos Antão foi cercado por demônios que assumiam formas de vários animais estranhos e que, em alguns momentos, o atacavam, e, em determinada ocasião, quase o mataram. 

Eles estavam tentando trazer Antão de volta ao mundo dos prazeres sensuais, mas Antão sempre se levantava de maneira triunfante.

Para se afastar ainda mais do mundo, Antão se mudou para um forte abandonado, onde viveu vinte anos sem ver rosto humano. 

Sua comida lhe era jogada por cima do muro. 

As pessoas ouviam sobre sua impressionante autonegação e suas batalhas com os demônios. 

Alguns admiradores ergueram casas rudes próximas ao forte, e, de modo relutante, ele se tornou conselheiro espiritual delas, dando-lhes orientação sobre jejum, oração e obras de caridade. 

Antão certamente se tornou um modelo de autonegação.

O eremita não conseguiu se desligar totalmente do mundo. 

Em 311, Maximiano, um dos últimos imperadores pagãos, estava perseguindo os cristãos, o que fez com que Antão deixasse sua casa, disposto até mesmo a morrer por sua fé. 

Em vez disso, ele ministrou aos cristãos que foram condenados a trabalhar nas minas imperiais. 
Essa experiência o convenceu de que viver a vida cristã poderia ser algo tão santo quanto morrer por ela. 

Mais uma vez, em 350, ele saiu de casa para defender a ortodoxia contra a heresia ariana, que não fora extinta pelo Concilio de Nicéia (325).

Muitas pessoas, incluindo o imperador Constantino, buscavam o conselho espiritual do eremita.

Antão morreu com 105 anos, aparentemente desfrutando vigor físico e mental. 

Ele insistiu para que fosse enterrado secretamente de modo que nenhum culto se desenvolvesse ao redor de sua sepultura.

Apesar desse cuidado, porém, um culto surgiu. 

Atanásio, o influente teólogo que teve papel muito importante no Concilio de Nicéia, escreveu uma obra muito popular chamada Vida de Antão, na qual retratava-o como o monge ideal, que podia realizar milagres e discernir entre espíritos bons e maus. 

Não demorou muito para que a idéia de um verdadeiro guerreiro espiritual que se tornou monge e negou a si mesmo tomasse vulto dentro da igreja.

A prática das comunidades de monges que viviam juntos começou com Pacóvio, um jovem companheiro de Antão. 

Como o austero e individualista Antão, a maioria de seus seguidores também foi eremita. 

Seja como for, Antão comunicou a idéia de que pessoa verdadeiramente religiosa se afasta do mundo, abstendo-se do casamento, da família e dos prazeres mundanos.

Essa idéia só foi desafiada seriamente na época da Reforma.