sábado, 19 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

590 Gregório I se torna papa

Embora não fosse mais a capital do império, Roma ainda possuía prestígio. 



Além do mais, a antiga cidade tinha ligações com os apóstolos Pedro e Paulo.

Por muitos anos, os bispos de Roma tentaram expandir o poder que conquistaram. 

Paulatinamente, a cidade alcançou posição de proeminência sobre as outras dioceses, e o bispo de Roma se tornou o papa.

Contudo, o homem que mais contribuiu para o incremento da autoridade e do poder do papado não fez isso buscando o ganho político. 

O humilde monge, que não procurava altos postos, chegou ao papado contra a própria vontade.

Gregório nasceu em 540 de uma nobre família romana, que possuía uma história relacionada a serviços prestados na esfera política. 

Ele se tornou chefe da prefeitura de Roma, o mais alto cargo civil. 

Porém, não se sentia talhado para a vida pública e acabou renunciando, dividindo suas propriedades para a fundação de mosteiros, vindo a se unir a um deles posteriormente. 

Alguns anos mais tarde, ele mesmo se tornaria abade.

Sua piedade e, sem dúvida, seu passado de administrador habilidoso atraíram a atenção das pessoas. 

Em 590, quando o papa morreu, os romanos, de maneira unânime, pediram a Gregório que se tornasse seu sucessor. 

Embora Gregório se recusasse a fazê-lo, a vontade pública prevaleceu.

Como já fora um homem de Estado, o novo papa transpôs sua habilidade de governar para seu novo ofício. 

Quando os lombardos ameaçaram Roma, Gregório pediu ajuda ao imperador em Constantinopla. 

Como esse apoio não chegou, o bispo de Roma reuniu as tropas, negociou tratados e fez tudo o que era necessário para promover a paz. 

As ações independentes de Gregório provaram ao exarca do imperador (seu representante que estava em Revena), que o papa era bastante capaz para manter a ordem em Roma. 

Esses movimentos políticos se tornariam uma espécie de primeiros passos para a divisão dos cristãos nos impérios do Oriente e do Ocidente.

Gregório, porém, não tinha ambições políticas. Seus interesses eram espirituais. 

Extremamente preocupado com o cuidado pastoral, insistia em que o clero visse a si mesmo como um grupo de pastores e servos do rebanho. 

Dizia que era “servo dos servos de Deus”, e sua obra intitulada Livro do cuidado pastoral — um estudo maravilhosamente criterioso sobre as provações espirituais das pessoas e a maneira pela qual o clero deveria lidar com elas — tornou-se uma espécie de livro-texto ministerial da Idade Média.

Outra obra sua, Diálogos, foi a primeira tentativa de hagiografia — biografia dos santos — que enfatizava o fantástico e o miraculoso, o que acabou por transformar os santos em uma espécie de super-heróis da época. 

Durante seu papado, a veneração de partes do corpo, de roupas e de outros pertences dos santos foi encorajada, e isso viria a se transformar em uma das principais características da piedade medieval. 

Por vários séculos, nenhuma igreja poderia se estabelecer se não tivesse alguma relíquia de um santo para ser colocada nela.

Embora Gregório não afirmasse ser teólogo, algumas de suas crenças se tornaram essenciais para a teologia católica. 

Ele acreditava no purgatório e ensinava que as missas celebradas a favor dos mortos poderiam aliviar as dores dos que estavam naquele local. 

Além disso, ajudou a popularizar o ensino de Dionísio Areopagita, que escreveu sobre diversas categorias de anjos. Depois de Gregório, essas idéias se tornariam grandemente aceitas.

Embora não tenha sido ele o criador do canto gregoriano, Gregório era bastante interessado na música da igreja (o cantochão deve muito à sua influência).

Além disso, Gregório autorizou uma missão evangelística à região de Kent, liderada por Agostinho, o missionário que, mais tarde, se tornaria o primeiro arcebispo da Centúria. Embora o cristianismo já tivesse alcançado a Bretanha, ao enviar essa missão sob a liderança de Agostinho, o papa estava estendendo o poder de Roma àquelas ilhas. 

O cristianismo, que tinha em Roma sua liderança, começava a tomar forma.

O bispo de Constantinopla afirmava ser o Patriarca Ecumênico (no sentido de “universal” ou “global”).

Gregório tanto se recusou a aceitar o uso desse título quanto o rejeitou para si mesmo. Tudo o que fez, porém, mostrou que Gregório via a si mesmo como o pastor-chefe de uma igreja mundial.

Em um espaço de 14 anos, Gregório realizou tantos feitos que as gerações posteriores o denominavam de Gregório, o Grande. Talvez ele tenha se tornado grande por ter sido um homem humilde.

quinta-feira, 17 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

563 Columba vai à Escócia como missionário

Um irlandês evangelizou a Escócia. Seu nome era Columba — que quer dizer “pomba” — e ele nasceu em uma família de cristãos, em 521, no norte da Irlanda — hoje, o condado de Donegal. 



Depois de ter frequentado escolas monásticas, ajudou a estabelecer diversos mosteiros na

Irlanda e tornou-se conhecido por sua erudição e piedade.

Diz-se que, em mais de uma ocasião, Columba teve discussões com o chefe de seu clã, chamado Diamait. 

Embora fosse cristão, Columba era de temperamento impaciente, o que o levou a enfrentar muitos problemas. 

Nessa ocasião, parece que ele próprio foi a causa de uma batalha na qual morreram três mil homens. 

É claro que ele não tinha intenção de causar tamanho dano, mas, para sua segurança e para se penitenciar por seu erro, saiu da Irlanda, planejando converter o mesmo número de almas que supostamente levara à morte. Algumas fontes afirmam que ele também concordou em nunca mais voltar à sua terra natal.

Em 563, com doze amigos, Columba corajosamente lançou ao mar em uma currach, embarcação bastante popular na Irlanda. 

Eles se dirigiram a lona, uma ilha na costa ocidental da Escócia. 

Quando chegaram ali, os treze homens levantaram habitações simples e uma igreja de tábuas que foi usada como base para seus esforços missionários junto aos pictos, a tribo escocesa das vizinhanças.

Columba recorreu a Brude, o chefe de Inverness, mas Brude não queria nada com missionários. 

De acordo com as histórias que se contam, o chefe fechou os portões diante dos homens de Columba. 

Quando Columba fez o sinal da cruz, o portão se abriu e o chefe, apavorado, deu ouvidos à mensagem que eles traziam.

Os sacerdotes pagãos, os druidas, se opuseram aos missionários, mas não demorou muito para que os cristãos tivessem sucesso em evangelizar a Escócia e o norte da Inglaterra.

Columba continuou a viajar, mas, mesmo assim, também se tornou abade de um grande mosteiro em lona. 

Depois de sua morte, os abades dali mantiveram seu poder, tornando-se os mais elevados oficiais da Igreja da Escócia.

A partir de lona, os evangelistas se espalharam também para o continente, e os novos mosteiros criados na Europa se voltavam para o mosteiro daquela ilha em busca de orientação. 

Como resultado, lona ficou conhecida por sua erudição, piedade e evangelismo. 

Os víquingues atacaram repetidamente aquela comunidade, mas ela não sucumbiu. 

Nesse lugar estão enterrados 46 reis escoceses com o primeiro abade, embora os restos mortais de Columba tenham sido profanados diversas vezes pelas invasões viquingues.

Assim como aconteceu com os outros mosteiros durante a Reforma, o de lona também foi destruído. 

Em 1900, um duque escocês doou as terras à Igreja da Escócia. 

E, após 38 anos, uma comunidade de clérigos e leigos foi formada na ilha, a qual recebe hoje o apoio de milhares de membros associados ao redor de todo o mundo.

Na condição de erudito dedicado, Columba copiou livros e escreveu algumas obras. 

Ao defender a importância dos estudos, ele influenciou os monges da Idade das Trevas, os quais continuaram copiando manuscritos enquanto a capacidade de ler e escrever declinava em toda a Europa.

Muitos historiadores notaram a grande influência que o cristianismo teve sobre a Escócia. 

Columba, como o primeiro grande evangelista da Escócia, pode ser contado entre as testemunhas que levaram os vários pregadores, missionários e escritores saídos daquela pequena porção de terra em direção a tantos outros povos.

terça-feira, 15 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

529 Bento de Núrsia estabelece sua ordem monástica

Depois que o cristianismo foi aceito no governo de Constantino, foi difícil distinguir entre os que seguiam a Cristo, pois essa era a atitude mais popular a ser adotada, e os que tinham fé verdadeira. 



O resultado foi que muitos cristãos zelosos buscaram se separar das massas, afastando-se delas.

Eremitas como Antão tornaram-se famosos por suas façanhas de autonegação. 

Viviam sem comida e sem dormir para buscar a santidade. 
Ficavam em pé por horas enquanto oravam e chegaram até mesmo a viver no topo de pilares. 

Os que haviam se cansado da igreja, que fazia muitas concessões e estava carregada de pecado, sentiram atração pelo comportamento bizarro que parecia provar a dedicação dos eremitas a Deus.

Por volta do ano 320, Pacômio deu origem ao monasticismo comunal. 

Ciente de que a tendência rumo à autonegação poderia sair do controle e até mesmo degenerar em uma disputa espiritual, Pacômio se esforçou para regulamentar o estilo de vida asceta, permitindo a vida simples de autonegação que tivesse limites. 

Outros, como Basílio, o Grande (330-379), e os cristãos irlandeses, também fundaram comunidades monásticas.

Porém, Bento de Núrsia se tornou a verdadeira força por trás do monasticismo europeu. 

Ele nasceu em uma família italiana de classe alta e, ainda jovem, foi estudar em Roma. 

Contudo, a cidade que tinha a reputação de ser uma das mais cristãs do mundo era considerada por ele imoral e frívola. 

Aborrecido com esse fato, Bento partiu e se tornou eremita.

Adquiriu grande reputação por sua espiritualidade, a ponto de famílias trazerem seus filhos para que fossem treinados por ele na vida cristã. 

Com bastante relutância, o eremita concordou em se tornar abade. 

Quando se mostrou austero disciplinador, porém, o entusiasmo que as pessoas tinham por Bento arrefeceu. 

Um monge chegou até mesmo a tentar envenená-lo. 

Temendo por sua vida, Bento se escondeu em uma caverna e, depois, deixou a região. 

Contudo, seus problemas ensinaram uma importante lição: a disciplina é boa, mas expõe a fragilidade da natureza humana.

Por volta do ano 529, Bento se mudou para o monte Cassino onde demoliu um templo pagão que ainda estava em uso, para construir um mosteiro no lugar.

Se Bento apenas tivesse dado um monastério para a igreja, provavelmente não seria tão lembrado. 

A regra que ele escreveu para governar aquele mosteiro foi, de longe, muito mais importante que o edifício. 

Bento concebeu o mosteiro como uma comunidade autocontrolada e autossustentada que tinha seus campos e oficinas. 

Ele queria criar uma “fortaleza espiritual” para assegurar que os monges não precisassem ir a qualquer outro lugar para satisfazer as necessidades da vida. 

Dentro do confinamento da comunidade, os monges teciam as próprias roupas, plantavam a própria comida e faziam sua própria mobília. 

Vagar fora do perímetro do mosteiro era considerado grande perigo espiritual.

Como Bento já vira antes, alguns dos pretensos monges tinham um comprometimento muito fraco. 

Assim, criou noviciado de um ano, um tempo no qual o monge poderia decidir se era realmente o que queria. 

Somente depois desse período de testes é que ele faria os três votos que o desligariam completamente do mundo. 

O voto de pobreza exigia que ele entregasse todos os seus bens pessoais à comunidade; o voto de castidade o levava a renunciar a todos os relacionamentos sexuais; o voto de obediência era promessa de obedecer sempre aos líderes do mosteiro.

A adoração desempenhava papel muito grande na vida monástica. 

A Região de São Bento prescrevia sete cultos por dia, incluindo-se um culto de vigília que acontecia às duas horas da manhã, considerado muito importante. 

Cada culto tinha cerca de vinte minutos e consistia praticamente da recitação de salmos.

Além da adoração pública, os monges tomavam parte em devoções pessoais: leitura da Bíblia, meditação e oração. 

Embora muitos acusassem as comunidades monásticas de se afastarem do mundo, os monges sempre oravam por quem estava fora de seus muros.

“O ócio é o inimigo da alma”, declarava a Regra. 

Assim, todos os monges tinham de tomar parte no trabalho manual, incluindo a preparação de alimentos.

Embora essa vida de trabalho, oração e adoração possa parecer tediosa, foi uma tentativa de criar uma vida ordeira sem ir a extremos.

Bento também tentou disponibilizar a vida santa aos seres humanos comuns. 

Em sua regra, escreveu: “Se parecemos muito severos, não se assuste e não saia correndo. 

A entrada para o caminho da salvação deve ser estreita. 
Contudo, conforme você progride na vida da fé, o coração se expande e anda mais rápido com a doçura do amor por todas as veredas dos mandamentos de Deus”.

Vivendo em uma era cruel e instável, o monasticismo beneditino forneceu refúgio aos que eram sensíveis à religião. 

Embora a Europa Ocidental tivesse se tornado nominalmente cristã, a maior parte da população ainda tinha comportamento pagão. 

Bento ofereceu uma vida calma, nobre e cheia de propósitos que não estava disponível fora do claustro. 

Muitas pessoas podem não simpatizar com esse afastamento, mas é certamente compreensível por que muitos buscavam a paz em meio a um mundo vulgar.

Bento deu ao monasticismo um lugar permanente na Europa ocidental — para o bem ou para o mal. Sua Regra orienta comunidades monásticas há vários séculos e ainda está em vigência atualmente.

sábado, 12 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

451 O Concilio de Calcedônia

Embora o Concilio de Nicéia tenha proclamado que Jesus era plenamente Deus, a igreja ainda precisava compreender sua natureza humana. 

De que maneira o humano e o divino se inter-relacionavam no Filho?

A resposta viria por meio de um dos mais exaltados jogos de poder da igreja.

Conforme a igreja crescia, as principais cidades do império recebiam influência teológica (e, por causa disso, seus arcebispos foram chamados patriarcas). 

Alexandria e Roma geralmente ficavam no mesmo lado das questões, opondo-se a Antioquia e Constantinopla. 

A combinação de política e teologia era algo especialmente poderoso.

A influência grega permeava os pensamentos da Escola Alexandrina. 

Muitas pessoas de Alexandria tinham um histórico filosófico de origem grega. 

Teologicamente, acreditavam que Jesus fora plenamente humano, mas eles tinham a tendência de enfatizar mais o Cristo como Palavra divina (Logos) que o Jesus humano. 

Quando essa questão era levada ao extremo, existia a tendência de obscurecer a humanidade de Jesus a favor de sua divindade. 

Apolinário, um dos principais defensores de Alexandria, lutara bravamente contra heresias como o arianismo e o maniqueísmo. 

Contudo, cometeu um deslize, equivocando ao afirmar que, na encarnação, o Logos divino substituíra a alma humana, de modo que a humanidade de Cristo fora apenas corpórea. 

Em 381, o Segundo Concilio Ecumênico condenou esse ensinamento.

A Escola de Antioquia apresentava a tendência de se concentrar na humanidade de Jesus. 

Embora Jesus fosse divino, eles diziam que sua humanidade fora completa e normal.

Ao envolver-se em uma disputa sobre a veneração de Maria, Nestório, patriarca de Constantinopla, atacou a oposição de Apolinário. 

Para ele, a idéia de que Maria fora a “Portadora de Deus” era muito parecida com a idéia de Apolinário. 

Cirilo, patriarca de Alexandria, ansioso por abalar o poder de Constantinopla, acusou o patriarca de dizer que Jesus tinha duas naturezas distintas em seu corpo.

Em 431, no Terceiro Concilio Ecumênico em Éfeso, o maquinador Cirilo conseguiu que Nestório fosse deposto antes que ele e seus amigos pudessem chegar ao local das reuniões. 

Quando os clérigos ausentes chegaram, condenaram Cirilo e seus seguidores sob a liderança de João, o patriarca de Antioquia. 

O imperador Teodósio, que convocara o concilio, foi pressionado e terminou por exilar Nestório.

Adicione a essa situação volátil um clérigo que levava a ênfase alexandrina às últimas consequências. 

Eustáquio, chefe de um mosteiro próximo a Constantinopla, ensinava uma idéia que passou a ser chamada monofisismo (de mono, “um”, e physis, “natureza”). 

Esse ponto de vista sustentava que a natureza de Cristo estava perdida na divindade, “assim como uma gota d’água que cai no mar é absorvida por ele”.

O patriarca Flaviano de Constantinopla condenou Eustáquio por heresia, mas o patriarca Descoro, de Alexandria, o apoiou. 

A pedido de Descoro, Teodósio convocou outro concilio, que se reuniu em Éfeso, em 449. 

Esse concilio proclamou que Eustáquio não era herege, mas muitas igrejas consideraram esse concilio inválido. 

O papa Leão ι rotulou aquele encontro de “Sínodo de Ladrões” e, atualmente, ele não é considerado um concilio ecumênico válido.

Leão pediu ao imperador que convocasse outro concilio de modo que a igreja, como um todo, fosse representada. 

Esse concilio aconteceu na cidade de Calcedônia, próxima de Constantinopla, no ano de 451, atraindo cerca de quatrocentos bispos, frequência superior à de qualquer outro concilio já realizado até aqueles dias. 

Descoro sempre foi uma figura um tanto sinistra. Agora, nesse concilio, ele foi excomungado da igreja com resultado de suas ações no “Sínodo de Ladrões”.

Durante o Concilio de Calcedônia foi lida uma afirmação sobre a natureza de Cristo, chamada tomo [carta dogmática], de autoria do papa Leão i. 

Os bispos incorporaram seu ensinamento à declaração de fé que foi chamada de Definição de fé de Calcedônia, 

Nessa Definição de fé, Cristo “reconhecidamente tem duas naturezas, sem confusão, sem mudança, sem divisão, sem separação […] a propriedade característica de cada natureza é preservada e se reúne para formar uma pessoa”. 

Essa concepção condenava as ideias de Apolinário e Eustáquio, além das posições atribuídas a Nestório.

Calcedônia foi o primeiro concilio no qual o papa exerceu papel importante. 

Cada vez mais o foco da batalha seria entre Roma e Constantinopla. 

Calcedônia foi o último concilio que tanto o Ocidente quanto o Oriente consideraram oficial, com relação à definição dos ensinamentos corretos. 

Esse também foi o último em que todas as regiões foram representadas e conseguiram concordar em questões fundamentais.

Embora Calcedônia não tenha resolvido o problema de como Jesus era tanto Deus quanto homem, esse concilio estabeleceu limites ao definir como incorretas certas interpretações. 

O concilio, ao referir-se à posição adotada por Apolinário e Eustáquio, disse: “Qualquer que tenha sido a maneira como isso ocorreu, sabemos que não aconteceu dessa maneira”.