sábado, 2 de abril de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

863 Cirilo e Metódio evangelizam os eslavos

Séculos antes de Michelangelo, ou das aulas ilustradas no quadro-negro, um missionário com dons artísticos pintou em uma parede um quadro do Juízo Final e ganhou o rei para Cristo.

A história nos conta que o artista era Metódio, que também era monge e missionário. 

O monarca era o rei Boris da Bulgária. Metódio, com seu irmão Cirilo, tiveram uma carreira digna de nota. 

Entre suas façanhas, eles levaram a fé cristã aos eslavos e, durante o processo, fizeram muito para transformar e preservar a cultura daquele povo. 

A igreja que mais tarde produziu Hus, Comênio e muitos seguidores que foram atraídos pela revolução espiritual de Zinzendorf, começou com esses dois irmãos gregos da cidade de Tessalônica.

Os dois eram clérigos dedicados. Metódio, o mais velho, foi abade de um mosteiro grego. 

Cirilo (também conhecido como Constantino), professor de filosofia em Constantinopla, já estivera em missão aos árabes. 

Em 860, eles uniram forças para evangelizar a tribo cazar, a nordeste do mar Negro.

As tensões entre o Oriente e Ocidente já eram fortes quando Roma disputava com Constantinopla o controle religioso e político dos territórios fronteiriços. 

Quando Ratislau, governador do grande Estado morá-vio (um desses territórios longínquos) ficou preocupado com a intromissão dos francos e dos germanos sobre o povo eslavo, ele se voltou para o Oriente. 

Apelou para o imperador de Constantinopla, Miguel m, pedindo que enviasse ajuda — e missionários. Foi assim que o chamado alcançou Cirilo e Metódio.

Chegando em 863, os irmãos rapidamente aprenderam a língua nativa e começaram a traduzir as Escrituras e a liturgia da igreja para o idioma eslavônico. 

Cirilo inventou um novo alfabeto baseado nas letras gregas, que se tornou a base para o alfabeto russo. (O “cirílico” é usado ainda atualmente por alguns povos).

Séculos antes de Wycliffe, Hus ou Lutero, a idéia de um culto de adoração celebrado em outra língua que não fosse o latim ou o grego chocava muitas pessoas. 

O arcebispo alemão de Salzburgo criou enorme rebuliço, provavelmente motivado mais pela política que pela piedade. 

A igreja romana não podia ficar passiva enquanto o território morávio, vizinho às suas propriedades, estava sendo orientalizado. 

Cirilo e Metódio foram para Roma em 868 a fim de defender sua posição da adoração autóctone. 

O papa Adriano II concordou com Cirilo e Metódio, autorizando a liturgia eslava. 

Os dois se tornaram monges romanos. 

Cirilo morreu no ano seguinte, mas Metódio retornou à Morávia como bispo. 

Embora fosse um emissário oficial do papa, os clérigos germanos o prenderam e o mantiveram na cadeia por três anos. 

O papa seguinte, João vm, interveio a seu favor e ratificou a independência da igreja eslava. 

Metódio, no entanto, continuou a enfrentar a oposição dos clérigos germânicos até sua morte em 885.

Pouco depois, a liturgia latina substituiu a eslava, e a igreja naquela área declinou. 

Porém, uma forte corrente libertária da fé cristã tinha se espalhado. 

Apesar de seus problemas, Cirilo e Metódio estabeleceram uma tradição cristã na Morávia e nos países vizinhos que alimentou e espalhou a fé por todo o mundo.

quarta-feira, 30 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

800 Carlos Magno é coroado imperador

A igreja e o Estado deveriam se unir?

No mundo antigo, todo Estado tinha deuses próprios, e o imperador romano era um deles.

Ninguém separava a religião da política. 

Quando Constantino se converteu e levou o cristianismo ao império na condição de religião protegida, essa prática foi adotada pela igreja.

Mesmo depois da queda do império, muitas pessoas se apegaram à idéia de que deveria haver um império cristão. 

Mas quem seria seu líder? 

Seria um líder espiritual, o papa, ou a autoridade deveria ficar nas mãos de um rei? 


Durante a Idade Média, os líderes buscariam as respostas para essas perguntas.

Contudo, na metade do século viu, o papado já era bastante forte, mas ainda não tinha alcançado o objetivo de restaurar a ordem no mundo ocidental. 

Em 754, um documento forjado, denominado a Doação de Constantino, tentaria manter viva a idéia de um Império Romano. 

De acordo com a Doação, o imperador romano Constantino se mudara para Constantinopla a fim de permitir que o papa controlasse o Ocidente. 

Constantino teria deixado propositadamente essa parte do império nas mãos do bispo de Roma.

Seguindo as idéias da Doação de Constantino, o rei franco Pepino 111, filho de Carlos Martelo, decidiu tomar Ravena da mão dos lombardos e a entregou ao papa. 

Em 756, a Doação de Pepino passava às mãos do papa as terras que, mais tarde, seriam conhecidas por Estados papais.

Embora o papa tivesse recebido territórios, ele nunca alcançou, de forma direta, o controle imperial. 

Este ficaria nas mãos do filho de Pepino, Carlos Magno.

Ao assumir o trono, em 771, Carlos Magno deu início a três décadas de conquistas. 

Ele expandiu as fronteiras de seu reino para o leste e, no final do seu reinado, controlava a maior parte da Itália, a Borgonha, a Alemanha, a Bavária e a Turgínia. 

No lado norte, tinha poder sobre a Saxônia e a Frísia. 

A leste dessas regiões, criou territórios com organizações militares especiais chamadas marches. 

Elas se estendiam do mar Báltico ao Adriático. 

Pela primeira vez, considerável parte da Europa possuía liderança estável.

Até o Natal do ano 800, Carlos Magno possuía o título de “rei”. 

Naquela data, o papa Leão u o coroou imperador. 

Mais uma vez, parecia que a Europa Ocidental tinha um imperador para seguir os passos de Constantino.

Carlos Magno levou a sério a idéia de que ele se tornara um imperador cristão, pois todos os seus despachos oficiais se iniciavam da seguinte maneira: “Carlos, pela vontade de Deus, imperador romano”.

A imagem do novo imperador era impressionante: alto, forte, grande cavaleiro, lutador destemido e, em alguns momentos, cruel. 

Ele concedeu à Europa uma figura paterna poderosa, mas benevolente.

Carlos Magno não queria perder seu poder de forma alguma. 

O imperador de Constantinopla não representava qualquer tipo de problema, pois reconheceu oficialmente os direitos de Carlos Magno. 

Contudo, os que permaneciam sob seu poder e até mesmo o papa poderiam querer tirar um pouco da sua autoridade. 

Como seu império era bastante amplo, Carlos Magno indicou um grupo de oficiais conhecidos por missi dominici. 

Esses homens viajavam pelo império para verificar como estavam os oficiais locais. 

Nem mesmo o papa conseguiria esconder-se de seus olhos atentos, e os missi dominici tinham autoridade sobre a igreja e o Estado.

Embora possuísse pouca instrução, Carlos Magno tinha alta estima pelo conhecimento. 

Sob seu governo pacífico, aconteceu um despertamento da arte e da erudição, conhecido por Renascimento carolíngio. 

O imperador patrocinou uma escola palaciana em Aachen. 
Alcuíno, brilhante estudioso anglo-saxão, foi professor ali. 

Ele exortava seus estudantes com as seguintes palavras: “Os anos correm como água. 

Não desperdicem os anos do aprendizado com a indolência”. 

Alcuíno escreveu livros textos sobre gramática, ortografia, retórica e lógica. 

Escreveu também comentários bíblicos e assumiu o lado ortodoxo em muitos debates teológicos.

A escola de Aachen não apenas estimulou a instrução por todo o império, mas levou Carlos Magno a decretar que todo mosteiro deveria ter uma escola na qual se ensinasse “todos os que, com a ajuda de Deus, fossem capazes de aprender”.

O Renascimento carolíngio preservou muitos escritos do mundo antigo. 

Como os monges faziam copias de obras latinas antigas — algumas delas maravilhosamente ilustradas — os mosteiros se tornaram “bancos culturais”. 

Em muitos casos, sem o trabalho desses monges, as obras antigas teriam sido perdidas.

Em uma era de confusão e de guerra, o governo de Carlos Magno forneceu a necessária estabilidade política e incentivou a cultura. 

Ele assegurou que o Ocidente manteria o legado de sua cultura antiga, que o cristianismo se espalharia pelo império e que o clero pregaria sobre os elementos básicos da fé. 

Também deu sua proteção ao papa.

Carlos Magno, porém, não via razão para dar ao papa seu poder. 

Afinal, ele não fora um imperador cristão cuja lealdade máxima era devida a Deus? 

Na verdade, essa figura formidável não se submeteu a mais ninguém, senão a Deus.

Quando Carlos Magno morreu, em 814, seu império começou, gradualmente, a se desintegrar. 

Foi dividido entre seus três filhos, e lentamente o papa ganhou cada vez mais poder.

Carlos Magno, no entanto, legou ao Ocidente uma visão fascinante: um rei cristão com autoridade suprema sobre todos os seus domínios. 

Por centenas de anos, os papas e os reis buscariam esse controle sobre seus territórios — assim como sobre o território dos outros. 

Foi uma idéia que levou muito tempo para morrer.

segunda-feira, 28 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

732 A Batalha de Tours

Se não fosse por Carlos Martelo, todos nós poderíamos estar falando árabe e nos ajoelhando na direção de Meca cinco vezes ao dia. 

Na região de Tours, Carlos Martelo e seu exército franco reverteram o imenso poderio dos exércitos islâmicos que varriam o norte da África e já invadiam a Europa. 

A Batalha de Tours foi importantíssima para a civilização ocidental.

A ascensão do islã é um dos mais incríveis movimentos da história. Em 622, os seguidores de Maomé [seu nome completo é Abulqasin Muhamed ibn Abn al-Muttalib ibn Ha-shin] eram apenas um bando de visionários perseguidos que se reuniam em Meca. 

Cem de anos depois, eles controlavam não apenas a Arábia, mas todo o norte da África, a Palestina, a Pérsia, a Espanha, partes da índia e ameaçavam a França e Constantinopla.

Como conseguiram isso? Conversão, diplomacia e uma força-tarefa altamente dedicada. Ε preciso dizer também que o decadente Império Romano deixou o território pronto para a colheita.

A religião de Maomé se desenvolveu em Meca, uma das duas maiores cidades árabes. 

Essa religião era fortemente monoteísta e legalista, mas bastante simples. 

Maomé afirmava ter recebido seu sistema diretamente de Deus (Alá) e dizia que Alá o designara para ser seu profeta. 

Os cidadãos de Meca se opunham aos novos ensinamentos de Maomé e tornaram a vida de seus seguidores bastante difícil. 

Desse modo, em 622, o profeta reuniu seu grupo e todos partiram para Medina (a outra grande cidade da Arábia). 

Essa viagem (denominada de hígida) marca o início do calendário muçulmano e o começo de sua incrível expansão.

Naquela época, a Arábia era um conjunto bastante diversificado de tribos nômades que guerreavam sempre umas contra as outras. 

O islã trouxe união, não apenas na religião, mas também na lei, na economia e na política. 

Quando Maomé morreu (632), houve diversas lutas internas entre seus possíveis sucessores. Mesmo assim, a fé se expandiu.

Em 636, os muçulmanos controlavam a Síria e a Palestina. 

Eles tomaram Alexandria em 642 e a Mesopotâmia em 646. 

Cartago caiu em 697, e os muçulmanos varreram o norte da África, ganhando territórios que permanecem em mãos muçulmanas até o dia de hoje. 

Em 711, cruzaram o estreito de Gibraltar e entraram na Espanha. Solidificaram rapidamente o controle da península Ibérica e atravessaram os Pireneus. 

Nesse meio tempo, os muçulmanos entraram na área do Punjabi, na Índia, e batiam às portas de Constantinopla.

Constantinopla era a capital do Império Bizantino, tudo que restou do outrora imponente Império Romano. 

Séculos antes, o Império Romano fora dividido entre o Oriente e Ocidente, e o Império do Ocidente caiu rapidamente diante das várias tribos germânicas — vândalos, ostrogodos e francos. 

O único poder que Roma possuía agora estava na igreja, e esse poder crescia. Por meio de missionários, como Agostinho na Inglaterra e Bonifácio na Alemanha, Roma ganhava a fidelidade espiritual em seus antigos territórios políticos.

A ameaça muçulmana combinava religião e poder político. 

O islã não apenas derrotou as autoridades políticas, mas conseguiu que as pessoas se convertessem e ofereceu a elas (ou forçou-as a receber) um novo sistema religioso.

Carlos Martelo era o líder dos francos, uma das tribos germânicas que atacaram o Império Ocidental. 

Os francos já tinham invadido a Gália em 355 e se converteram oficialmente ao cristianismo romano no reinado de Clóvis I (481 -511). 

Como os governadores francos anteriores, Carlos procurou usar a igreja para em seu benefício. 

Ele estava bastante feliz em apoiar os missionários romanos entre as outras tribos germânicas, pois isso poderia fazer avançar o poder franco na Alemanha. 

Contudo, também foi rápido em corromper a igreja franca para que pudesse se beneficiar dela. 

Embora possa ter salvo a igreja romana da ruína em Tours, ele sem dúvida lutou para proteger o território dos francos.

O general muçulmano Abd-ar-Rahman liderou suas tropas rumo ao norte, bem no meio do território franco. 

Carlos Martelo se encontrou com elas entre Tours e Poiteis e fez com que recuassem. 

Em uma série de acirradas batalhas, os francos empurraram os muçulmanos de volta para a Espanha, contendo seu avanço na Europa.

Ε certo que a bem-sucedida defesa de Constantinopla em 718 foi igualmente importante na contenção do avanço islâmico. 

Porém, para aqueles que têm sua origem na Europa Ocidental, a Batalha de Tours foi crucial. 

Se os muçulmanos fossem vitoriosos, poderiam ter caído mais tarde, pois conquistariam mais territórios do que seriam capazes. 

Quase tão incrível quanto sua rápida expansão, porém, é a maneira como os muçulmanos dominaram o território que haviam subjugado. 

Mesmo depois de mais de 1 200 anos, eles se mantêm como força poderosa no mundo, e os territórios que controlam permanecem resistentes ao testemunho cristão.

sábado, 26 de março de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

731 Beda, o Venerável, conclui sua História eclesiástica da Inglaterra

Em uma época que não se destacou por sua erudição, Beda se sobressai como guia. 

O fato de ele ter sido chamado de “Venerável” testifica grande conhecimento e a estima que desfrutava.

Embora a confusão política tivesse efetivamente destruído muito da cultura, os mosteiros permaneciam como centros medievais de educação. 

Naqueles locais, rapazes aprendiam literatura, os amanuenses copiavam manuscritos antigos e homens estudiosos como Beda se entregavam aos textos. 

Os monges preservaram viva a sabedoria da Grécia e de Roma, com as obras dos pais da igreja. 

A vida caminhava a passos lentos nas dependências dos monastérios.

Além de ter sido um dos mais brilhantes pesquisadores de sua era, Beda também foi muito devoto. 

Em uma autobiografia bastante breve, narra seu nascimento nas vizinhanças dos mosteiros de Wearmouth e Jarrow, no norte da Inglaterra, no ano de 635. 

Aos sete anos, ele passou a ser tutelado pelo abade daquela região e viveu o restante de sua vida no mosteiro, jamais se aventurando fora de seus limites.

Embora a idade mínima comum para a ordenação ao diaconato fosse de 25 anos, Beda recebeu essa ordem aos 19, sem dúvida recomendado por sua piedade. 

Aos 30 anos, tornou-se sacerdote e passou o restante da sua vida escrevendo comentários bíblicos e outra obra ligadas à religião. 

Sua biografia parece mais um catálogo de seus livros que um relato de seus feitos.

A grande contribuição de Beda à igreja foi sua obra História eclesiástica da Inglaterra, que abrangia a história da Inglaterra desde os dias de Júlio César até os dias de Beda. 
Embora fosse, em muitos aspectos, uma história de propósito geral, o foco principal do livro era a cristianização da Inglaterra e a maneira pela qual o paganismo gradualmente dera lugar à nova religião.

O livro de Beda estava repleto de histórias de missionários valorosos e de chefes tribais e pagaos que finalmente viram a luz da verdade, embora o autor mantivesse um ceticismo saudável. 

Ε claro que, em uma era pré-científica, ele pode ter incluído qualquer tipo de história e poucos poderiam refutar seus relatos. 

Contudo, preocupado com a verdade histórica, Beda cita cuidadosamente suas fontes ao se referir a alguma testemunha confiável. 

Embora ele não tivesse dificuldades para acreditar em milagres, desejava registrar os que fossem verdadeiros, afastando-se das lendas de fundo puramente piedoso.

Ε que histórias ele conta! Júlio César e Cláudio, o papa Gregório e o missionário Agostinho, a invasão das tribos dos anglos, dos saxões e dos jutos, tudo isso povoa suas páginas. 

Por intermédio dessa obra, conhecemos histórias maravilhosas como a de Gregório, o Grande, que, ao ver meninos escravos de cabelos claros à venda em Roma, ficou tão tocado por sua beleza que nunca se esqueceu de seu desejo de evangelizar sua terra natal. 

Lemos também sobre o rei pagão Edwin, cujo conselheiro contou uma parábola comparando a vida a um pardal voando em um enorme refeitório e saindo rumo à escuridão. 

Ele, portanto, aconselhou o rei a se converter ao cristianismo, uma vez que dava alguma esperança de vida além do “vôo breve sobre a sala de banquete”.

A História de Beda contém algumas passagens singulares como esta: “Nenhuma cobra pode existir ali [na Irlanda], pois apesar de serem, com frequência, trazidas da Bretanha, tão logo o navio se aproxima da terra, elas respiram o perfume de seu ar e morrem. 

Na verdade, quase todas as coisas desta ilha concedem imunidade ao veneno”.

Porém, até mesmo os historiadores seculares não duvidam do cuidado de Beda como relator, pois continuam a observar que seus fatos estão corretos em praticamente todos os detalhes.

Antes de História eclesiástica da Inglaterra, as várias tribos inglesas tinham suas histórias, principalmente na forma de poesia paga, as quais eram muitas vezes recitadas por bardos. 

Mas Beda apresenta a história pelas lentes do cristianismo, mostrando que um grupo de diversas tribos se transformou em uma nação com uma única religião.

Em vez de destemidos heróis guerreiros como Beowulf, os heróis de Beda são santos, pessoas que dependem da graça de Deus. 

Com todos os outros historiadores medievais, ele deu à história um novo arcabouço: ela precisava ser a mais exata possível, mas também inspiradora.

Sem Beda, muitas dessas histórias teriam desaparecido com o passar dos tempos. 

A Inglaterra pode agradecer a esse venerável monge o fato de ter consciência de sua identidade como nação e de seu lugar como país cristão.