domingo, 26 de junho de 2022

OS CÀRCERES DA ALMA!!


TEXTO BASE SL 142: 7

INTRODUÇÃO

TEMA:OS CÀRCERES DA ALMA!!

"Tira a minha alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me fizeste bem".



O livro de I Samuel 24 nos relata uma terrível experiência que Davi enfrentou antes de tornar-se rei em Israel.

Samuel já o havia ungido como rei, mas, ele estava aguardando o tempo do cumprimento da promessa em sua vida.

Saul fica sabendo que Davi seria rei em seu lugar e começa a persegui-lo a fim de matá-lo. 

Davi então foge e se esconde dentro de uma caverna e para sua surpresa quem é que entra na caverna logo depois? Seu arquiinimigo Saul.

Ao invés de matá-lo, Davi poupa a vida de Saul e o deixa ir.

Tempos depois, Davi sofre outra ferrenha perseguição e se vê completamente cercado por seus inimigos.

A partir desta experiência de profunda dor emocional Davi compõe este salmo comparando a enorme pressão da perseguição com o um enclausuramento forçado em uma caverna.

Fazendo a leitura deste salmo para os nossos dias gostaria meditar com os amados neste tema “Os cárceres da alma”. 

O que são estes cárceres? por que ficamos encarcerados? e como sair destes cárceres?

O cárcere da alma é uma situação traumática que não sai de sua mente. Aconteça o que acontecer está lá.

Passam-se dias, meses e anos e aquilo não sai da sua mente.

Você sente que este sentimento está corroendo sua alma. Talvez a coisa tenha sido tão profunda que tenha gerado até mesmo uma depressão ou outros tipos de distúrbios de ordem emocional.

Há muitas situações terríveis que passamos durante a nossa vida que nos marcam e vivemos aprisionados, refém de sentimentos e ressentimentos que nos afligem.


Quero meditar sobre alguns destes cárceres que nos aprisionam:

1° Primeiro cárcere é o da culpa – quando fazemos algo que não deveríamos ter feito. 

Davi poderia ter escolhido ter matado a Saul quando ele entrou na caverna, mas ele não fez. Muitas de nossas culpas são por decisões erradas que tomamos, por esta razão é muito bom pensar e orar bastante antes de tomar uma importante decisão, para não vir depois este sentimento.

Lembro-me de uma mulher que me procurou para aconselhamento quando estava ministrando em uma igreja em outro estado.

Ela era uma jovem casada, com filhos, e aparentemente tudo estava bem em seu casamento. 

Ela conheceu um homem e se deixou levar pela paixão, acabou se entregando para ele. 

Depois do ocorrido ela viu a grande besteira que tinha feito e como aquilo estava doendo em sua alma.

Muitas pessoas ficam aprisionadas no cárcere da culpa e se escondem em suas cavernas. Este cárcere consome todas as nossas energias.

Aquela mulher viveu meses carregando aquela culpa, até que ela veio conversar comigo e eu disse que ela teria que conversar com o seu marido se quisesse livrar-se daquela culpa.
Não existe libertação sem confissão.

Se ela não confessasse teria que carregar aquela situação o resto da vida.

Óbvio, havia o risco do marido não aceitá-la mais, mas, este é o risco que o perdão exige, a confissão.

Se você algum dia fez algo que te levou para o cárcere, então você está aprisionado a esta situação.
Você precisa confessar para ser liberto deste sentimento.

“Confessai as vossas culpas uns aos outros para serdes curados”.


2.Segundo cárcere é o da mágoa – quando alguém fez algo conosco que nos feriu. 

O oposto da culpa é a mágoa. Se por um lado alguém fere, por outro alguém foi ferido.

É preciso tratar dos dois lados, tanto do agressor quanto do agredido, por que no final os dois estão doentes.

A mágoa corrói todo o nosso ser e nos aprisiona em um cárcere poderoso. Ficamos presos em uma caverna com alguém que nos feriu e queremos nos vingar.

Davi estava sendo perseguido por Saul, e era óbvio que o que ele queria era ser aceito por Saul.

Por esta razão ele tenta agradar a Saul de todas as formas, mas, o que recebe é perseguição e ofensa.

No filme "Trezentos" o personagem Efialtes ofereceu-se para lutar junto com o 300 de Esparta, mas, foi recusado devido a sua deficiência física que dificultaria manobras militares.

 A sua mágoa o consumiu de tal forma que ele aliou-se ao exército inimigo.

Aquela foi a sua maior derrota. A magoa pode consumir uma pessoa tonardo-a insensível e cruel.

Lembro-me de uma situação que um pastor amigo nosso nos contou: ele era membro de uma igreja e o seu pastor o perseguiu durante anos, e então um belo dia cansado saiu da igreja e foi para outra.

Ele carregou aquela dor durante anos, até que assumiu um ministério.

Afinal, o que o membro da igreja mais quer é ser amado por seu pastor.

Então, após se passar dez anos, ele chama aquele pastor para pregar em sua igreja e declara publicamente o seu perdão. Ele ficou livre daquela mágoa que carregava.

O melhor remédio para a mágoa não é a vingança e sim o perdão.

Pessoas que se vingam podem até sentir certa satisfação inicial, mas nunca ficarão curados.


3.Terceiro cárcere é o do medo – quando algo nos amedronta tanto a ponto de nos impedir de continuar. 

O medo é algo natural, uma defesa que nos avisa quando estamos em perigo.

Entretanto há situação que enfrentamos que geram traumas e aprisionam a nossa alma e este cárcere nos impede de prosseguirmos e nos realizarmos.

Juizes 6 fala de um período enquanto os midianitas estavam aterrorizando o povo hebreu. 

Eles cavam literalmente covas para se esconderem com medo de serem saqueados.

O medo faz com que nos escondamos. Deus então levanta a Gideão como líder da nação para restaurar a confiança.

Talvez alguma experiência traumática tenha te encarcerado em uma caverna e hoje você tem medo de enfrentar uma determinada situação.

Creia que o nosso Deus é maior do que qualquer problema e pode te ajudar a vencer este medo.


4.Quarto cárcere da decepção e frustração – Quando queríamos muito que algo acontecesse e não aconteceu. 

Davi quando recebe a unção de Samuel que seria rei deve ter imaginado muitas coisas, talvez que Saul iria treiná-lo, e que ele fosse ficar feliz com sua unção.

Afinal, Davi considerava Saul como um pai. Para sua surpresa e frustração Saul começa a persegui-lo e criar situações para matá-lo.

Perseguição é uma rotina na vida de quem quer andar na presença de Deus. 

Quem quiser vencer em Cristo enfrentará persequição: seja no ministério, seja no trabalho, ou em qualquer outro grupo social.

Quem quer vencer tem que romper com o sentimento da frustração.

A frustração ocorre quando esperamos muito uma postura ou tratamento de alguém e isto não acontece, e em pior das hipóteses, além de não acontecer ainda se suscita uma perseguição.

Tantas pessoas passam por isto. Eu também passei por isto algumas vezes, e o sentimento é terrível.

Mas você tem uma escolha: perdoar e continuar sua jornada com um coração puro, ou permitir que este sentimento entranhe o mais profundo de sua alma e te corromper.

Garanto que se isto acontecer contigo, daqui a pouco você é quem estará frustrando os outros.

Livre-se deste cárcere, não vale a pena carregar sentimento de frustração. Perdoe a pessoa que te decepcionou e continue crescendo e prosperando em Cristo Jesus.


Conclusão

Como fazer para nos libertar do cárcere da alma?

O que Davi faz é pedir ao Senhor: “Tira a minha alma do cárcere para que eu dê graças ao teu nome”.

Davi sabia que a situação que ele estava enfrentando e que seus inimigos eram mais poderosos do que ele, então ele reconhece que precisa de ajuda e que precisa de alguém para retirá-lo do cárcere.

Davi era um adorador e como tal ele sabe que não tem ninguém melhor do que Deus para livrar sua alma do cárcere emocional que estava enfrentando.

Seja qual for o cárcere que você esteja enfrentando: culpa, mágoa, medo, frustração, decepção ou qualquer outro sentimento do gênero, se você quiser, Deus pode libertá-lo e te dar uma nova vida.

João 8.xx diz que “Se o filho vos libertares, verdadeiramente sereis livres”.

Jesus pode libertar você deste cárcere que tem aprisionado sua alma.

Vamos fazer algo.

Vamos voltar à situação em que você está preso.

Vamos entrar juntos na caverna onde sua alma está aprisionada.

Agora, vamos fazer como Davi, vamos pedir ao Senhor para te tirar de lá.

Agora, pela fé, sinta a mão forte do Senhor abrindo este cárcere e te dizendo pode sair filho amado.

Seja livre, pois o meu filho Jesus já pagou o preço pela sua libertação.

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Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado


Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1608-1609 John Smyth batiza os primeiros batistas


Na primeira década do século XVII, dois grupos fugiram para a Holanda, com a finalidade de escapar da perseguição anglicana. 

Um desses grupos se transformou nos peregrinos. 


O grupo formou o movimento dos batistas.

Era uma época incerta para os cristãos na Inglaterra. 

A rainha Elisabete estabilizara a Reforma anglicana, assumindo uma posição moderada. 

Ela determinou que a Igreja Anglicana seria quase católica. 

A rainha já evitara as sangrentas guerras civis que assolaram o restante da Europa, mas sua decisão perturbou muitos dos protestantes mais radicais. 

Algumas dessas pessoas tentaram “purificar” a igreja, permanecendo dentro dela (os puritanos), mas outros decidiram se separar da igreja oficial (os separatistas). 

Mais ainda, era muito perigoso promover reuniões religiosas que não estivessem vinculadas à igreja oficial.

Quando Tiago I assumiu o trono, em 1603, ninguém sabia exatamente o que esperar. 

Os puritanos e os separatistas gostaram do fato de esse monarca ter crescido na Escócia presbiteriana. 

Isso poderia fazer com que ele pendesse para o lado desses grupos. 

Os católicos gostaram do fato de sua mãe, Maria da Escócia, ter sido uma católica fervorosa. 

Como os fatos provaram, Tiago era anglicano convicto e tornou as coisas ainda mais difíceis para os que estavam se separando da igreja oficial.

John Smyth, ex-aluno de Cambridge, era pregador e orador da Igreja Anglicana na virada do século XVII. 

Parece que ele se tornou interessado na busca pela verdade religiosa somente por volta dos trinta anos de idade. 

Perto do ano de 1606, ele deu o audacioso passo de iniciar uma igreja separatista em Gainsborough, Lincolnshire. 

A audácia de Smyth pode ter inspirado outros. 

Vários outros grupos separatistas surgiram naquela área, incluindo um em Scrooby na casa de William Brewster.

Quando a oposição das autoridades se intensificou em demasia, a congregação de Smyth fugiu para Amsterdã. 

Isso provavelmente aconteceu em 1608. (O grupo de Scrooby fugiu para Leyden e, mais tarde, enviou parte de sua filiação para a América.) 

Em Amsterdã, a igreja de Smyth alugou um salão de reuniões que pertencia a um menonita. 

Por meio de seu contato com os Menon itas de Amsterdã, Smyth começou a alterar sua maneira de pensar.

Os menonitas receberam essa designação por causa de Menno Simons,

ex-padre que desenvolveu uma grande comunidade anabatista na Holanda. 

Os anabatistas eram os radicais da Reforma, opositores das igrejas oficiais de qualquer tipo e que insistiam no batismo apenas de crentes.

Smyth ficou convencido de que o batismo infantil não era ensinado pelas Escrituras, assim como também não era algo muito lógico. 

Desse modo, acabou por convencer cerca de quarenta membros de sua congregação, que foram rebatizados por Smyth, que também se rebatizou com eles.

Você pode considerar esse acontecimento o marco inicial da Igreja Batista. 

Porém, faltou pouco para que as coisas não acontecessem dessa maneira. 

O nascimento da Igreja Batista exigiu o início de outra tradição batista: a divisão da igreja. 

Em 1610, duvidando da legitimidade do batismo independente que conduzira, Smyth procurou mesclar sua congregação com a Igreja Menonita. 

Cerca de dez membros da igreja se opuseram a essa fusão. 

Eles reclamaram a respeito disso com Smyth e pediram aos menonitas que não aceitassem esse grupo. 

(Os menonitas conseguiram postergar sua decisão e esperaram até 1615 para admitir os novos membros, três anos depois de Smyth morrer de tuberculose.)

Enquanto isso, liderado por Thomas Helwys, o grupo dissidente voltou para sua terra natal. 

Ali, perto de Londres, estabeleceram a primeira Igreja Batista da Inglaterra. 

Helwys, aristocrata rural que estudava Direito, tornou-se grande defensor da liberdade religiosa, publicando um livro intitulado Uma breve declaração do mistério da iniqüidade. 

Ele ousou enviar uma cópia autografada ao rei Tiago com a seguinte inscrição: “O rei é um homem mortal e não é Deus; portanto, não tem poder sobre a alma imortal de seus súditos, de modo a fazer leis e ordenanças para eles e estabelecer senhores espirituais sobre eles”.

Helwys foi preso e jogado na prisão de Newgate. Nunca mais se soube coisa alguma sobre ele.

O movimento batista, no entanto, cresceu. 

Essas igrejas se tornaram conhecidas por batistas gerais, devido à sua visão da expiação. 

Smyth trouxera a teologia arminiana dos menonitas, sustentando que Cristo morreu por toda a humanidade, e não apenas pelos eleitos. 

O grupo conhecido como batistas particulares surgiu de maneira independente entre 1638 e 1640. Eram puritanos que adotaram o batismo de crentes, mas retinham sua teologia calvinista. 

Eles também praticavam o batismo por imersão, que os batistas gerais logo passaram a realizar. 

Até aquele momento, os seguidores de Smyth praticavam o batismo por as-persão. 

Em 1644, havia na Inglaterra 47 congregações de batistas gerais e sete de batistas particulares.

Desde o início, as duas principais ênfases batistas eram evidentes: o batismo de crentes e a independência do Estado (convicção que compartilhavam com os anabatistas). 

Isso continuou ao longo dos séculos. 

Essa independência trouxe perseguição, divisão, mas também grandes feitos individuais.

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1572 O massacre do Dia de São Bartolomeu

Havia esperança de que a paz fosse alcançada em Paris, em 18 de agosto de 1572. 

O casamento real iria unir duas facções rivais na França. Henrique de Navarra vinha de uma família protestante íntegra. 


Ele estava se casando com Margarida de Valões, irmã do jovem rei Carlos IX e filha de Catarina de Mediei, católica. 

Os nobres protestantes e católicos que estavam lu tando uns contra os outros havia dez anos apresentaram-se para esse acontecimento glorioso.

O calvinismo chegou à França em 1555. 

A igreja protestante francesa foi oficialmente estabelecida em 1559, contando com 72 congregações no sínodo de Paris. 

Missionários de Estrasburgo e outras cidades calvinistas anuíam para lá. 

Em um curto espaço de tempo, havia 2 mil igrejas e cerca de 400 mil frequentadores. Os protestantes franceses ficaram conhecidos como huguenotes.

A luta se iniciou em 1562, com um massacre dos huguenotes em Vassy. 
Os protestantes desenvolveram sua liderança militar e se defenderam em três “guerras de religião” distintas. 

A movimentação entre essas duas facções tinha toda a complexidade de um jogo de xadrez. 

A rainha, Catarina de Mediei, buscara consolidar seu poder sobre o trono de seu filho, levando, por meio de artimanhas, seus rivais a se posicionarem uns contra os outros.

Uma mistura de rivalidades nos aspectos nacional, dinástico, religioso e político alimentou ainda mais as diferenças. 

De que maneira a França poderia se relacionar com nações como a Espanha, os Países Baixos e a Inglaterra? 

No aspecto dinástico, a rainha se aliara aos de Guisa, para opor-se aos de Bourbon. 

Política e religião pareciam se fundir, pois os nobres huguenotes apresentavam tendência de ser mais republicanos, antimonarquistas e antipapistas.

Ao mesmo tempo em que Catarina elaborava esse intricado casamento, também planejava o assassinato de Gaspar de Coligny, o líder hu-guenote. 

Coligny era um herói de guerra francês, muito popular, que se tornara protestante. 

Recentemente, alcançara a atenção do rei adolescente. Particularmente, ele propusera que a França apoiasse os Países Baixos na luta contra a Espanha, estratégia à qual Catarina se opunha grandemente. 

Em 22 de agosto, a tentativa de assassinato fracassou totalmente. Um plano desonesto como aquele, às vésperas de um casamento, ameaçava causar um terrível embaraço à família real. 

Diz-se que o rei fez o seguinte comentário: “Já que você vai assassinar Coligny, por que não mata todos os huguenotes da França, de modo que não fique um sequer para me odiar?”.

Foi quase isso o que aconteceu. Em pânico, Catarina ordenou o massacre dos líderes protestantes em Paris. 

O alerta soou às quatro da manhã do dia 24 de agosto de 1572, o dia de São Bartolomeu. 

Coligny foi assassinado em seu quarto. 

Claude Marcel, um oficial da cidade, reuniu grupos de pessoas (incluindo alguns assassinos de aluguel extrangeiros) para percorrer as ruas da cidade caçando outros líderes huguenotes. 

Não foi difícil encontrá-los. 

De modo geral, os huguenotes eram prósperos comerciantes da cidade e donos de lojas. 

De uma hora para outra, o ressentimento das classes mais humildes foi atiçado contra esses cidadãos de classe média. 

Um horrendo massacre teve início em nome da pureza religiosa.

Corpos foram empilhados às centenas. Muitos foram jogados no rio Sena. 

A barbaridade era aterrorizante: um livreiro foi queimado, com seus sete filhos, em uma fogueira feita com seus livros. Nem mesmo os bebês foram poupados desse banho de sangue.

A loucura se espalhou pelas províncias nos dias e nas semanas que se seguiram. 

Catarina tentou diminuir a violência em Paris fazendo com que Carlos assinasse uma declaração dizendo que o assassinato de Coligny e dos outros huguenotes não era um golpe contra a fé protestante, mas simplesmente o abafamento de uma conspiração. 

Isso pode ter acalmado os parisienses já fartos de sangue, mas, nos outros lugares da França, o terror apenas começava. 

A despeito das ordens reais aos governadores das províncias, aprovando a “proteção” para os huguenotes, as multidões continuavam ensandecidas.

Em Lião, por exemplo, os huguenotes foram reunidos em um mosteiro, para sua “proteção”. 

Quando o lugar ficou lotado, eles foram transferidos para uma prisão. 

A multidão católica, porém, conseguiu invadir a prisão e terminou por matar todos eles. 

Em todos os lugares, os huguenotes estavam sendo estorquidos e eram forçados a pagar enormes resgates por sua vida, mas, com freqüência, eram assassinados de qualquer maneira.

Estima-se que a quantidade de mortes chegou a 100 mil, embora o número mais provável esteja entre 30 e 40 mil. 

Mesmo assim, o massacre não extinguiu a chama huguenote na França. Outras cinco guerras civis foram travadas entre os protestantes franceses e os católicos nos anos que se seguiram.

Pouco depois da última dessas guerras, em 1589, Henrique de Navarra — o noivo protestante do casamento — tornou-se rei. 

Anteriormente, ele já abdicara de suas convicções protestantes por conveniência política, e fez isso novamente quando se tornou rei. 
Em 1598, tentou aplacar os huguenotes com o Edito de Nantes, concedendo razoável liberdade religiosa, pelo menos nos redutos huguenotes. 

Fsso, no entanto, também limitou as incursões protestantes nos territórios católicos.

Os huguenotes tiveram um breve período de prosperidade, mas o cardeal Richelieu rescindiu alguns de seus privilégios políticos em 1629, e Luís xiv oficialmente revogou o Edito de Nantes em 1685. 
Somente um século mais tarde, o controle dos católicos sobre a França foi novamente desafiado.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1559 John Knox volta à Escócia para liderar a Reforma

O século

xvi foi um período de grande agitação para a pequena, pobre e devastada terra da Escócia. 

Nobres poderosos apoiavam a Inglaterra ou a França. 



As lutas internas e as ameaças externas criaram uma confusão política que implorava por mudanças.

No front religioso, a Reforma foi sistematicamente reprimida. 

Patrick Hamilton, pregador pró-luterano, morreu queimado na fogueira, em 1528. 

George Wishart sofreu o mesmo castigo, em 1548. 

Um dos partidários de Wishart, um sacerdote até então desconhecido, John Knox, assumiria a Reforma, mas não por muitos anos.

Knox foi capturado pelas forças francesas, que foram enviadas para subjugar os rebeldes que reagiram à morte de Wishart, revidando com o assassinato do cardeal Beaton, pois fora ele quem ordenara a morte de Wishart. 

Knox passou dezenove anos como escravo em uma galera. 

Quando foi libertado, dirigiu-se à Inglaterra protestante, onde permaneceu até que Maria ascendesse ao trono. 

A seguii; fugiu para a Europa, com outros protestantes. 

Em Genebra, ele se tornou um dos mais afeiçoados admiradores de Calvino e absorveu a teologia reformada.

Enquanto Knox estava distante, a Escócia estreitou sua aliança com a França por meio do casamento de Maria Stuart, rainha da Escócia, com o herdeiro do trono da França. 

Muitos escoceses temiam o governo da França católica. 

Uma combinação de nacionalismo e insatisfação religiosa cresceu muito, a ponto de criar um clima propício à Reforma.

Knox, em 1559, voltou para seu país com o apoio popular. 

As batalhas entre as forças da rainha e os protestantes terminaram diante do triunfo da ala protestante. 

Em 1560, o Parlamento adotou uma profissão de fé calvinista, que fora esboçada por Knox e outras pessoas. 

O Parlamento afirmava que o papa não tinha jurisdição sobre a Escócia e proibiu as missas.

Com o objetivo de substituir a ordem católica, Knox e seus seguidores compuseram o Livro da disciplina, em que estabeleciam uma forma de governo da igreja nos moldes presbiterianos. 

Isso também fez com que houvesse grande mudança na educação, pois foram criadas escolas públicas, incluindo-se universidades. 

Esse trabalho se tornaria um marco para o país, em virtude da disseminação de um forte espírito de independência e de democracia.

Com o objetivo de orientar o culto presbiteriano, Knox redigiu o Livro de ordem comum, que mostra seu compromisso com Calvino e com os reformadores suíços.

John Knox e a rainha, muitas vezes, estiveram em franca discordância. 

A corte da rainha católica possuía moral fraca, o que era uma ofensa para o justo Knox. 

De seu púlpito na Igreja de St. Giles, em Edimburgo, ele lançava insultos contra a rainha. 

Embora não fizesse qualquer tentativa para reconverter os escoceses, a rainha praticava sua fé em uma capela particular, algo que Knox não podia aprovar.

Embora fosse muito atraente, Maria não era muito sábia nas questões políticas e no trato pessoal. 

Depois da morte do marido francês, ela se casou com seu primo, o lorde Darnley. Logo após a morte desse último marido, fato que causou bastante suspeitas, a rainha rapidamente se casou com o conde de Bothwell. 

Nesse momento, até mesmo os católicos se voltaram contra ela. 

Os nobres da Escócia forçaram Maria a abdicar e, desse modo, o caminho para a Escócia protestante ficou aberto. 
Seu filho, Tiago — que mais tarde herdaria o trono da Inglaterra —, não era católico, e Knox demonstrou sua aprovação ao pregar na coroação desse jovem, em 1567.