segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

C.1830 John Nelson Darby ajuda a dar início à comunidade dos Irmãos de Plymouth

Cinco homens se reuniram para adorar a Deus em uma casa em Fitzwilliam Square, em Dublin, em um dia de novembro de 1829. 


O anfitrião, Francis Hutchinson, apresentou uma ordem de culto simples e convidou-os a que se reunissem com ele regularmente, em um horário que não interferisse com suas outras atividades eclesiásticas.

Para a mente moderna, não havia nada de errado sobre aquela reunião. 

Contudo, naquela época, isto era bastante incomum. A igreja oficial da Inglaterra dominava toda a prática e toda a vida religiosa. 

Encontrar-se para comunhão e para adoração fora das paredes da igreja não era considerado comportamento adequado. 

Celebrar a ceia sem a presença de um clérieo era um escândalo.

John Nelson Darby estava presente naquela reunião, mas seria errado considerá-lo o fundador dos Irmãos de Plymouth. 

Ele foi um dos muitos líderes daqueles tempos primordiais, embora tenha se tornado um de seus mais notáveis porta-vozes.

Nas primeiras três décadas do século xix, o fervor espiritual aumentava na Irlanda. 

Alguns católicos converteram-se à Igreja Anglicana ou foram para as igrejas dissidentes, mas um movimento independente também havia svirgido. 

Grupos de cristãos começaram a se reunir — separadamente da igreja oficial — usando apenas a Bíblia como sua orientação.

O movimento dos Irmãos de Plymouth teve seu início com Anthonv

Norris Groves, um dentista cristão. Devoto, ele estava disposto a desistir de sua profissão para servir como missionário na Pérsia. 

Antes de atingir esse intento, ele, submisso à ordem vigente, freqüentou a Trinity College, em Dublin, durante o ano de 1826, a fim de se preparar para a ordenação. 

Ali, porém, teve contato com um número de cidadãos de Dublin que tinha uma mentalidade bastante independente. Esses amigos abalaram sua idéia a respeito de uma “igreja estabelecida”. 

Ele mesmo, porém, já estava pensando: “Por que eu preciso de todas essas aulas e provas para ser missionário?”. 
Por fim, decidiu que não precisava da ordenação ou de uma sociedade missionária oficial, mas simplesmente necessitava dar um passo de fé.

Groves, após conseguir levantar apoio de seus amigos em Dublin e Plymouth, rumou para Bagdá em 1829. 

O ato de apoiar Groves se transformou em um fator de união, à medida que os grupos se reuniam para orar por ele e para levantar fundos para seu sustento.

Enquanto isso, John Nelson Darby servia como pároco auxiliar em County Wicklow. 

Ele estudara Direito na Trinity College, mas logo começou a buscar sua ordenação. 

Também era um clérigo devoto, mas ficou desiludido pela política de portas fechadas de sua igreja. 

Seus superiores pareciam se importar mais com os membros da igreja do que com Cristo.

Depois de se ferir em um acidente em 1827, Darby pediu licença de sua igreja para se recuperar em Dublin. 

Ali, encontrou um grande número de homens que pensavam da mesma maneira que ele, alguns pertencentes ao círculo de apoio de Groves. 

O grupo inflamou ainda mais as ideias que se formavam na mente de Darby Em seguida, renunciou à sua posição, mas ainda não havia rompido com a igreja oficial. 

Ele se tornou um defensor da abertura e da união da igreja, publicava panfletos que exigiam mudança na política eclesiástica. 

Clamava por uma espiritualidade verdadeira entre os cristãos, assim como pregava o retorno às Escrituras. 

Um dos aspectos das Escrituras grandemente ignorado, dizia ele, era o da profecia. 

Ele ficou fascinado pelas teorias sobre o final dos tempos e implorava aos líderes cristãos que atentassem para isso. 

Uma série de conferências proféticas foi promovida no início da década de 1830 para analisar o assunto.

A idéia predominante na igreja oficial era pós-milenarista, ou seja, que a igreja promoveria uma era de paz, depois da qual Cristo voltaria a terra. 

Darby, porém, foi adepto dos ensinamentos que haviam sido propagados no século XVIIIm pelo monge chileno Manuel de Lacunza. 

Esse monge sugeria que haveria um retorno pré-milenar — o mundo se encaminharia para a destruição, e somente depois disso é que Cristo voltaria para estabelecer seu reino milenar. (Lacunza também propôs que Cristo apareceria primeiramente para remover os fiéis e poupá-los das piores tribulações antes de voltar plenamente para estabelecer seu Reino.) 

Em 1831, a atenção do movimento começou a se transferir a cidade de Plymouth, na Inglaterra. 

Os anos seguintes presenciaram uma espécie de consolidação dos diversos grupos. 

Os “Irmãos”, como ficaram conhecidos, tentavam livrar suas igrejas de todos os adornos não-bíblicos. 

A ceia era celebrada semanalmente; não havia ministros ordenados (todos os crentes eram ministros); pessoas de todas as denominações eram bem-vindas em nome de Cristo. 

Os irmãos também acreditavam no pacifismo e, naturalmente, na importância da profecia.

Em Bristol, um imigrante alemão, George Mueller, fundou um orfanato. Inspirado pelo exemplo de A. N. 

Groves de encaminhar-se para o campo missionário pela fé, Mueller se propôs a cuidar de seu orfanato pela fé. Ele não pedia dinheiro e confiava apenas na provisão de Deus. 

O ministério de Mueller transformou-se em uma obra legendária, testemunha da fé simples do florescente movimento dos Irmãos de Plymouth.

Enquanto isso, Darby continuava a viajar, a falar e a escrever. 

Começando pela Suíça, em 1838, ele deu início a um grande número de Igrejas dos Irmãos naquele lugar. 

Com uma revolução política em 1845, começou a perseguição a essas igrejas, e o próprio Darby escapou por pouco.

Nessa época, levantaram-se várias controvérsias entre os Irmãos, especialmente no que se referia aos dons espirituais, ao lava-pés, ao papel dos presbíteros e dos anciãos e à interpretação da profecia. 

A maior contenda aconteceu entre Darby e Β. W Newton, considerados fundadores os do movimento. 

Newton terminou se afastando da igreja, mas o conflito provavelmente estimulou uma discordância posterior que promoveu um grande cisma entre Darby e Mueller. 

O resultado de sua discordância foi uma divisão entre os Irmãos Exclusivos (que não teriam comunhão com os que não partilhassem da sã doutrina) e os Irmãos Abertos (que mantinham comunhão com eles). 

Naturalmente, a exclusividade do primeiro grupo levou a várias divisões subseqüentes, refletindo a triste ironia de que é difícil apegar-se à unidade da igreja e ao mesmo tempo à pureza de doutrina.

Como os Discípulos de Cristo nos EUA, os Irmãos de Plymouth contribuíram para a ênfase na simplicidade da vida eclesiástica, tão necessária na Inglaterra. 

A igreja conseguiu arrebanhar um grande séquito de seguidores por todo o mundo, incluindo figuras proeminentes como o estudioso Samuel Tregelles e o especialista em Novo Testamento F. F. Bruce.

Porém, o aspecto que conferiu a Darby sua grande fama foi sua escatologia. 

Suas idéias sobre a profecia ficaram conhecidas por “dispensacio-nalismo” e tornaram-se o tema principal das conferências proféticas do final do século xix, assim como dos movimentos fundamentalistas do início do século XX. 

sábado, 6 de agosto de 2022

QUATRO SINAIS DE UM OBREIRO CHAMADO POR DEUS

TEXTO BASE GN 24: 2


"E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa,"


Gênesis 24:4-Mas que irás à minha terra e à minha parentela, e dali tomarás mulher para meu filho Isaque.

Gênesis 24:10-E o servo tomou dez camelos, dos camelos do seu senhor, e partiu, pois que todos os bens de seu senhor estavam em sua mão, e levantou-se e partiu para Mesopotâmia, para a cidade de Naor.

Gênesis 24:54-Então comeram e beberam, ele e os homens que com ele estavam, e passaram a noite. E levantaram-se pela manhã, e disse: Deixai-me ir a meu senhor.


O EXEMPLO DO MORDOMO ELIEZER - Gn 24

a) Tinha procedência - v.2

b) Foi enviado (Não se auto enviou) - v.4

c) Era um homem submisso - v.10,54

d) Sabia para onde devia ir - v. 10

e) Era homem de Oração - v. 12-14

f) Era calmo e prudente no agir - v. 21

g) Enriqueceu a noiva do filho de seun senhor - v. 22,53

h) Era um crente adorador - v. 26,27

i) Dava prioridade as coisas do seu senhor - v. 33

j) Falava de seu senhor, mas não falava de sí mesmo (nem de seu nome falou) - v. 34-36

k) Inspirava confiança nas pessoas - v. 50,51

l) Levou a noiva até o seu senhor - v. 61-67

O EXEMPLO DE MOISÉS - Ex 3

a) Deus não chama desocupados - v. 1

b) Deus chamou Moisés do meio do rebanho - v. 1

c) Deus chamou um homem que mantinha fortes laços familiares - v.1

d) Deus chamou alguém que estava debaixo de autoridade espiritual - v. 1

e) Deus chamou Moisés de forma específica - v. 1-10

Desculpas do obreiro chamado Moisés:

1a.) Eu não tenho capacidade - Ex 3:11,12

2a.) Eu não sei o que vou falar - Ex 3:13,14

3a.) Ninguém vai acreditar em mim - Ex 4:1

4a.) Eu não tenho eloquência - Ex 4:10

5a.) Manda outro no meu lugar - Ex 4:13,14

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Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1833 O sermão Apostasia nacional, de John Keble, dá início ao Movimento de Oxford.


O metodismo tentou trazer nova vida à Igreja Anglicana, mas terminou por formar uma denominação separada. 

No final da década de 1820, a frequência à Igreja da Inglaterra caíra
drasticamente. 

Enquanto a Igreja Metodista vicejava, a igreja da qual ela se originara es-tava seca e vazia.

O homem que ficou preocupado com a situação da Igreja Anglicana era um clérigo egresso de Oxford,plenamente anglicano, mas com um coração evangélico. 

John Keble sentia que sua igreja perdera sua força porque se afastara da rica tradição da liturgia e dos escritos dos pais da igreja. 

A não ser que a Igreja da Inglaterra percebesse sua herança referente à sucessão apostólica, Keble acreditava que ela perderia espaço tanto para os dissidentes protestantes quanto para a Igreja Católica, e por fim desapareceria.

Keble publicou uma coleção de poemas devocionais que refletia a liturgia, com suas festas e dias santos. 

Os belos poemas da obra O Ano Cristão mostravam o fervor normalmente associado aos metodistas e a outros grupos
dissidentes, mas, no entanto, mantinha a tradição anglicana. 

Em 14 de julho de 1833, Keble pregou na Oriel College.

Seu sermão intitulado Apostasia nacional atacava o Parlamento por reduzir o número de bispos da igreja da
Irlanda, dizendo que o ato fora exemplo da interferência do Estado na igreja. 

A igreja, originada por um ato divino, não deveria estar sujeita à legislação secular.

As palavras de Keble deram início ao Movimento de Oxford (também conhecido por "tratadismo"), que buscava a
renovação da Igreja Anglicana por meio de um retorno às crenças e às práticas da igreja primitiva. 

Dentre os partidários do Movimento de Oxford encontramos os discípulos de Keble, Richard Froude, John Henry Newman e Edward Pusey.

Newman publicou o Tratado dos tempos. 

Keble e Froude escreveram noventa tratados entre 1833 e 1841. 

As pequenas brochuras de quatro páginas, vendidas a preço simbólico cada, foram publicadas de maneira anônima, e Newman caminhava pela região de Oxford vendendo-as ao clero.

Alguns dos folhetos, ou tratados, [o que deu origem ao nome "tratadismo"] encorajavam a Igreja da Inglaterra a voltar ao aprisco católico. 

Embora a Igreja Anglicana não fosse exatamente reformada, ela temia um retorno ao catolicismo, especialmente diante da revogação, ocorrida em Cardeal John Henry Newman, figura central do Movimento de Oxford 1828, de leis que tiravam dos católicos o direito de realizar cultos públicos — direito lhes fora
\ negado desde o ato promulgado em 1673. 

As críticas ao Movimento de Oxford atingiram seu auge em 184 1, quando Newman escreveu um folheto dizendo que o batismo e a Ceia não eram os únicos sacramentos. 

Além disso, ele defendia a crença no purgatório, na presença real de Cristo naeucaristia e na invocação dos santos. 

O bispo de Oxford respondeu a essa manifestação, ao ordenar o fim da série de tratados.

Alguns clérigos anglicanos — entre eles o próprio Newman — realmente voltaram ao catolicismo, mas a maioria dos que simpatizavam com os tratadistas permaneceu na Igreja da Inglaterra. 


Embora os que permaneceram apreciassem as tradições da igreja, inclusive os ornamentos e as vestes, a genuflexão, o incenso, a confissão ao sacerdote, a celebração frequente da Ceia e até mesmo o mo-misticismo, muitos eram, na verdade, anticatólicos. 

Eles queriam uma religião que apelasse aos cinco sentidos, mas não pretendiam exatamente uma associação com o
papa ou com sua hierarquia mundial.

Depois que Newman deixou o Movimento de Oxford em 1845, o movimento procurou se apegar ao que de melhor havia no ritual, na arquitetura e na música, evitando, ao mesmo tempo, outros aspectos do catolicismo. 

Edward Pusev tornou-se, a seguir, o mais eloqüente porta-voz do movimento.

Muitos evangélicos estavam perturbados pelas práticas desses anglicanos católicos. 

Em 1846, eles formaram a Aliança Evangélica. 

Contudo, aquilo que começou como um movimento antitratadismo tornou-se uma maneira de atrair os evangélicos para uma comunhão nacional. 

A despeito de suas objeções ao ritualismo do Movimento de Oxford, os evangélicos não podiam negar que ele teve influência positiva sobre a Igreja Anglicana. 

Em vez de verem a si mesmos como servidores públicos ingleses, os clérigos anglicanos que deram apoio ao Movimento de Oxford passaram a levar a sério a tradição apostólica. 

Em vez de simplesmente moralizar os cultos de adoração, começaram a desenvolver um senso de reverência. 

Essas mudanças de percepção resultaram no ressurgimento do termo antigo "Alta Igreja". 

Muitos clérigos e freiras anglicanos começaram a trabalhar com os pobres nas cidades cada vez mais industrializadas.

Além disso, o Movimento de Oxford nos proporcionou vários compositores de hinos. 

Os primeiros, anteriores a eles, vieram das fileiras dissidentes. 


Naquele momento, o próprio Keble,Frederick W. 

Faber e John Mason Neale, que traduziram para o inglês alguns hinos gregos e latinos que estavam perdidos, juntaram-se a eles.


sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1817 Elizabeth Fry dá início ao ministério às mulheres encarceradas

Para os prisioneiros britânicos do início do século XIX, valia o ditado: “Longe dos olhos, longe do coração”. 


As prisões eram escuras, sem condições sanitárias, superlotadas e totalmente desesperadoras. 

Transgressores dos mais variados tipos — violentos ou não — podiam ser jogados na cadeia, e nenhuma distinção era feita entre os que já tinham sido condenados ou os que esperavam julgamento. 

As mulheres cujos maridos haviam partido ou morrido muitas vezes contraíam dívidas e eram presas, assim como seus filhos, que eram trancafiados com elas.

John Howard, cristão leigo que se tornara xerife de Bedfordshire em 1773, chamou a atenção das pessoas para as terríveis condições das prisões européias. 

Viajou mais de 80 mil quilômetros e gastou cerca de 30 mil libras do próprio bolso para defender a reforma do sistema prisional. 

Infelizmente, embora as pessoas ficassem tocadas, elas não eram motivadas a promover mudança. 

Ao retornar de uma viagem torturante, para levantamento de dados na Itália, ele descobriu que estavam recolhendo fundos para a construção de uma estátua em sua honra. 

O único memorial que ele queria, disse às pessoas, era uma reforma duradoura no sistema prisional. 

Contudo, no início do século xix, a situação permanecia desanimadora.

Ao contrário de todas as expectativas, a sucessora de John Howard foi uma mulher, Elizabeth Fry. 

Filha de um próspero comerciante de lã e banqueiro, Elizabeth Gurney cresceu em uma casa liberal, de confissão quaere. 
Ainda menina, leu Voltaire, Rousseau e Thomas Paine. 

Aos dezessete anos, escreveu em seu diário que não tinha religião alguma.

Contudo, no ano seguinte, ela encontrou um quaere vindo da América, William Savery, que inspirou nela um senso da presença de Deus. 

Ela começou a freqüentar uma reunião claramente quaere e se tornou mais séria com relação à sua fé.

Aos vinte anos, Elizabeth casou-se com Joseph Fry que também vinha de uma família de ricos banqueiros. 

Ela teve onze filhos. 

No entanto, seu envolvimento com as reuniões dos quaeres cresceu e, em 1811, aos trinta anos, foi reconhecida como “pastora”.

Três anos depois, visitou Newgate, uma prisão perto de Londres. 

Assustada com as condições daquele lugar, Elizabeth fez o que pôde para minimizar aquelas condições: levou roupas para as crianças das prisioneiras. 

A despeito dos esforços de John Howard, o sistema prisional britânico havia piorado. 

Entre 1800 e 1817o número de condenados presos dobrou, provocando enorme superlotação. 

Alguma coisa precisava ser feita, especialmente pelas mulheres e pelas crianças, cujo único crime, em muitos casos, era a pobreza.

Em 1817, Elizabeth organizou uma equipe de mulheres para visitar com regularidade as prisioneiras na ala feminina, lendo a Bíblia para elas e ensinando-as a costurar. 

Essa ocupação tão importante mudou radicalmente a natureza da vida na prisão para aquelas internas. 

O comércio de Londres começou a apoiar os esforços de Fry e ela foi aclamada por toda a Grã-Bretanha.

Com o final da guerra contra Napoleão, o povo inglês voltou sua atenção para outros problemas. 

A reforma no sistema prisional foi um deles. 

Fry criou mais comitês femininos de visitação em outras áreas e, em 1821, estabeleceu a sociedade britânica para a promoção da reforma de presídios femininos. 

Thomas Buxton, que mais tarde ajudaria Wilberforce a vencer a luta pela abolição da escravatura, em 1818 publicou um estudo sobre a prisão de Newgate, em que questionava se o sistema penal realmente ajudava ou prejudicava a sociedade. 

Logo os reformadores ganharam a atenção do ministro do interior, Robert Peel, que propôs ao Parlamento a Lei das Prisões em 1823. 

Isso mudou radicalmente as prisões na Inglaterra e limitou a quinhentos o número de ofensas que exigiam a pena de morte. 

Robert Peel também deu início a uma força policial regular, cujos membros se tornaram conhecidos como bobbies, uma homenagem ao apelido de Peel.

Até sua morte, em 1 845, Fry continuou a promover as melhorias das condições na prisão. 

Embora outras nações europeias tivessem seguido a liderança da Inglaterra, os próprios britânicos pareciam responder de maneira negativa, retrocedendo a uma mentalidade mais atrasada. 

Os esforços de Fry, no entanto, tiveram resultados duradouros. 

Com outros contemporâneos, como William Wilberforce e George Mueller, ela insistiu em que toda uma geração de cristãos assumisse suas responsabilidades sociais de maneira séria. 

Também deu continuidade à antiga tradição da liderança feminina nos empreendimentos de caridade.