sábado, 13 de agosto de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1854 Hudson Taylor chega à China 

Ninguém sabia que ele estava chegando. 


Hudson Taylor saiu do barco em Xangai, depois de uma viagem tediosa que se iniciara na Inglaterra, e não havia ninguém para lhe dar as boas-vindas. 

Sua carreira missionária brilhante apenas começava, mas ele não tinha um lugar para ficar. 

Não sabia Falar chinês, e apenas alguns chineses conseguiam falar inglês. 

Para agravar ainda mais as coisas, havia uma guerra civil em andamento, acontecendo bem nos arredores da cidade.

Taylor perguntou no consulado britânico sobre alguns missionários ocidentais que ele conhecia. 

Um deles havia morrido, e o outro voltara para casa. Finalmente localizou o dr. 

Walter Medhurst, da Sociedade Missionária de Londres, e combinou ficar com ele.

Isso nem de longe era o que Taylor sonhav a. 

Criado em um lar metodista, ouvira histórias sobre a China contadas por seu pai, que era pregador. 

Ele escutou histórias sobre Robert Morrison, o presbiteriano escocês que iniciou seu ministério em Guangzhou em 1807, que, enquanto trabalhava como tradutor para mercadores, pregava Jesus Cristo. 

Quando o jovem Hudson, aos dezessete anos, tornou-se cristão, ele quase que imediatamente sentiu seu chamado. 
Estudou medicina e teologia, assim como procurou conhecer tudo sobre a grande terra da China.

Quando estourou a Rebelião de Taiping em 1850, no primeiro momento aquilo soou como uma boa notícia para os missionários. 

O líder dos rebeldes fora influenciado por folhetos cristãos. 

Queria livrar a China da idolatria e da corrupção. 

Ele até mesmo batizou o movimento com o nome de “Taiping”, que quer dizer “grande paz”. 

(Ele também estava convencido de que era o irmão mais novo de Jesus Cristo, mas essas excentricidades não ficaram aparentes logo de início.)

Toda a Inglaterra deu atenção à China. 

Uma nova junta de missões, a Sociedade para a Evangelização da China, publicou um chamado para trabalhadores. 
Taylor, que fora dissuadido pela Sociedade Missionária de Londres, ofereceu seus serviços. 

Ele foi direto da escola para o campo missionário. 

Tinha 22 anos quando chegou a Xangai.

O zelo se sobrepôs à sabedoria, pelo menos no que se referia à junta de missões. 

Ε certo que eles colocaram seu homem no campo, mas não lhe deram orientação, pois não tinham uma filosofia missionária, assim como fizeram pouca coisa para preparar o caminho dele até lá. 

Eles, rotineiramente, também ficavam sem fundos.

Taylor precisou estabelecer suas próprias regras. 

Uma dessas questões tinha relacionava-se com o fato de se vestir como os chineses. 

Seus colegas da Inglaterra ficaram assustados, mas Taylor tinha suas razões. 

“Estou plenamente seguro de que as vestimentas nativas são um pré-requisito absoluto”, escreveu ele.

“Estabelecer-se discretamente junto às pessoas, desenvolver comunicação livre, familiar e irrestrita com eles, conciliar os preconceitos, atrair sua estima e confiança e, assim, viver de maneira a ser um exemplo para eles de como um cristão chinês deve se comportar, exigia não apenas a adaptação a esse costume, mas também a aceitação dos hábitos deles […] a aparência estrangeira das capelas e até mesmo o próprio ar estrangeiro de tudo o que estava ligado à religião atrapalhou muito a rápida disseminação da verdade entre os chineses. 

Mas por que era necessário dar esse aspecto estrangeiro ao cristianismo? 

A Palavra de Deus não exige isso […] nós procuramos a cristianização deles e não a perda da identidade nacional desse povo.”

Os missionários chegaram àquele país fechado no rastro dos mercadores e dos soldados. 

Desde que Morrison começou a trabalhar como tradutor para a Companhia das índias Orientais, a relação entre essas pessoas tornou-se evidente. 

Quando a Grã-Bretanha promoveu as vergonhosas Guerras do Ópio — na verdade, uma luta pela manutenção do direito de trocar ópio por seda chinesa —, os tratados unilaterais incluíram, até mesmo, suprimentos especiais para os missionários. 

A mensagem foi bastante clara: a civilização antiga da China era humilhada pela moderna máquina de guerra da Europa — e os europeus trouxeram consigo o cristianismo. 

A China estava sendo transformada em outra colônia do Império Britânico, um usurpador “cristão”.

Taylor teve de lutar com essa história. De certa forma, esses tratados facilitaram o surgimento de missionários. 

Porém, também dificultaram uma relação de maneira mais séria com o povo. 

Taylor esperava que pudesse romper com a mentalidade colonial ao adotar os costumes locais.

Nos primeiros seis anos de trabalho, Taylor trabalhou em Xangai, Swatow e Ningpo, aprendeu o idioma, traduziu as Escrituras e até dirigiu um hospital. 

Durante esse tempo, ele se demitiu da sociedade missionária e continuou de maneira independente.

Voltou à Inglaterra em 1860 e começou a despertar o entusiasmo pelas missões na China. 

Escreveu um livro sobre as necessidades daquele local e buscou ativamente novos missionários. 

Ele fundou a Missão para o Interior da China (MIC) e estava determinado a não cometer os mesmos erros das juntas de missões anteriores. 

A MIC não faria pedidos específicos de contribuições, não garantiria um salário para seus obreiros, mas compartilharia todas suas entradas de maneira equitativa entre os obreiros. 

A missão indicaria pessoas de denominações diferentes e de nações distintas, assim como permitiria até mesmo que mulheres solteiras ou casadas pudessem ser apontadas como missionárias. 

Para aquela época, isso era radical. 

Ele também insistiu em que os missionários da MIC seguissem o seu costume: vestir-se como os chineses.

Em 1866, dezesseis novos missionários voltaram para a China com ele. Iniciaram o trabalho em novas áreas, pregavam o Evangelho aos que nunca puderam ouvi-lo antes. 

Em pouco tempo, a MIC era a principal missão na China. 

Na época da morte de Taylor, em 1905, havia 205 campos missionários, 849 missionários e uma estimativa de 125 mil cristãos chineses.

Hudson Taylor não foi o primeiro missionário na China, mas sua firme recusa de fazer missões “da maneira habitual” levou-o a obter grande sucesso naquele subcontinente.

Um incidente tipifica a integridade e a visão que Taylor introduziu em sua sociedade missionária. 

A MIC, como outras organizações missionárias, perdeu pessoas e propriedades na Revolta dos Boxers em 1900. 

O exército britânico entrou no país mais uma vez, controlou a crise e impôs grandes multas ao governo chinês. Esse dinheiro serviria para cobrir os prejuízos das missões. 

A MIC, no entanto, recusou-se a aceitar qualquer pagamento, pois os chineses já haviam perdido muito.

Nos anos que se seguiram, os missionários da MIC descobriram que esse compromisso de permanecer ao lado do povo chinês fez mais para abrir o coração deles a Cristo do que qualquer tratado diplomático poderia ter feito. Hudson Taylor sempre soube essa verdade.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

DEPOIS DA MORTE, QUAL SERA O SEU DESTINO?

TEXTO BASE MATEUS 25:32-33

Haverá um dia em que todos nós ficaremos perante o grande Criador e Senhor para sermos julgados segundo os nossos feitos.

Neste momento você está vivo; você respira, anda, trabalha... Você pode ter uma vida de conforto – ou de miséria. 

O sol nasce, o sol se põe, em algum lugar uma criança está nascendo; em outro alguém está morrendo, num ciclo interminável.

Tudo na vida é passageiro, MAS, Para onde você irá Depois da morte?

Independente de ser religioso, ou de não seguir nenhuma religião, você ainda precisa resolver

Texto completo de: Depois Da Morte?

esta questão importante, pois depois de uma vida curta nesta terra, o homem vai para seu destino eterno

(leia Eclesiastes 12:5).

 
Onde fica este destino?

O cemitério onde você será enterrado não segurará a sua alma. Mesmo que seu corpo seja cremado e reduzido a cinzas, sua alma não será consumida. Se você perecer nas profundezas do mar, sua alma não morrerá afogada.

Sua alma nunca morrerá!

O Deus do céu e da terra decretou:

“Todas as almas são minhas”.

Depois desta vida, em algum lugar, a sua alma, “o verdadeiro você”, terá que prestar contas pelos atos praticados – bons ou maus – enquanto seu corpo ainda estava vivo (leia Hebreus 9:27).

É possível que você seja um bom membro em sua igreja;

Você pode se sentir arrependido pelas coisas erradas que tenha feito;

Pode até ter devolvido para o dono objetos que você roubou...

Tudo isso é bom e necessário.

 
MAS, Você não pode pagar o preço pelos seus próprios pecados.

O Deus do céu, o justo Juiz de toda a terra, conhece a sua vida, todos os seus pecados. Não há nada que fique escondido aos olhos dele. Você não poderá entrar na glória do céu, seu lugar de descanso eterno, com estes pecados.

Mas, este mesmo Deus que mora no céu é um Deus de amor. Ele abriu um caminho no qual você pode encontrar a salvação. 

Você não precisa passar a eternidade nas chamas do inferno. Deus enviou seu Filho a este mundo para salvar a sua alma. Jesus tomou sobre si os seus pecados quando sofreu e morreu na cruz do Calvário. 

Deus entregou seu próprio Filho, seu maior tesouro, como sacrifício pelos seus pecados. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). 

Estas palavras  fazem parte de uma profecia feita muitos anos antes de Jesus vir a esta terra.

Você crê que Jesus lhe ama? Você está disposto a orar e confessar seus pecados a ele? Está disposto a arrepender-se e crer no Senhor Jesus, o F ilho do Deus vivo? Se você lhe entregar toda a sua vida, ele encherá sua alma de paz e você receberá a promessa de uma vida gloriosa depois da morte. Somente assim você poderá ter a certeza de um lar eterno, no qual sua alma repousará em pleno gozo e paz.

Mas espere! O abismo de sofrimento e fogo que nunca se apagará é o destino daqueles que durante esta vida rejeitaram o amor remidor de Jesus. 

Depois da morte, não haverá mais oportunidade de arrependimento ou salvação. “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41). “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 25:30).

Na Bíblia Sagrada, Deus adverte do juízo final que espera todos os habitantes da terra. 

Estas Sagradas Escrituras nos informam que antes do dia do juízo haverá sinais fortes e claros.

Antes de sua vinda haverá guerras e ameaças de guerras, tempos problemáticos; conflitos e diferenças de opinião entre nações que aparentemente não têm solução.

Haverá terremotos e epidemias em diversos lugares. 

A Bíblia nos conta que os homens maus ficarão cada vez piores. 

Ao mesmo tempo as pessoas não darão ouvidos às advertências, mas amarão os prazeres mais do que a Deus. 

Não estamos vendo o cumprimento destas profecias nos dias de hoje? Leia Mateus 24:6-7, 12 e 2 Timóteo 3:4.

Lembremos que o Juiz eterno é justo e o fato de você ser rico ou pobre, famoso ou desconhecido não terá nenhuma influência em seu julgamento, nem a sua cor, raça, posição social ou crença. 

Haverá um dia em que todos nós ficaremos perante o grande Criador e Senhor para sermos julgados segundo os nossos feitos (leia Mateus 25:32-33).

Na eternidade que nos espera não haverá relógios nem calendários; ninguém falará em anos ou séculos. 

A fumaça do tormento dos pecadores e daqueles que não amavam a Deus ascenderá para todo o sempre – e enquanto isso os salvos estarão no céu, um lugar de paz e alegria, ouvindo músicas celestiais. Escolha agora! Qual você quer? Logo, logo será tarde demais. “Agora é o dia da salvação” (2 Coríntios 6:2 – leia também Mateus 11:28-30).

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

CONCELHOS INFALÍVEIS PARA OS CRISTÃOS


CONCELHOS INFALÍVEIS PARA OS CRISTÃOS*

TEXTO BASE I TESSALONICENSES 5: 16-22


Os Conselhos de 1 Tessalonicenses 5 são comandos sobre como os membros da igreja local devem se comportar.

Oito advertências curtas seguem nos próximos sete versículos (1 Tessalonicenses 5:16-22).

Três conselhos são sobre manter uma atitude cristã positiva (1 Tessalonicenses 5: 16-18).

Cinco são sobre como aceitar nova luz sobre profecias (1 Tessalonicenses 5: 19–22).


I. Lugar: Regozijar-se no Senhor

Os versículos 16-18 falam sobre alegria, oração e gratidão. Cada um deles indicam o que é bom para os nossos corações, e praticar essas coisas abre nossos corações à influência do Espírito.

Os cristãos devem “ regozijar-se ” em sua posição de liberdade em Cristo (Gal. 4:27; Fp 3: 1; 4: 4).

Os cristãos são “ filhos da promessa ” ao serem batizados em Cristo (Gal. 4:28; 3: 26-29; Rom. 4: 13-18; 9: 8,24-26).

Uma vida significativa supera a ganância e a preocupação!  Reconheça e honre-o em tudo o que você fizer. Prov. 3: 5-8. Esse tipo de vida é uma cura certa para o egoísmo que impede uma vida sadia.  

Buscar contentamento e dependência de Deus. Seja grato todos os dias pelo favor de Deus (1 Tm 1:12)


II. Lugar: Ter Discernimento

Os versículos 20-22 falam de algumas coisas que extinguem o Espírito - desprezando profecias (ignorando o ensino ou jogando fora todo o ensino de alguém por causa de alguns pontos desagradáveis) e ceder ao mal ou ao pecado, mesmo nas menores formas. 

Algo que pode ser difícil de discernir como mal, a menos que você seja um cristão maduro e maduro.

“Mas o alimento sólido é para os maiores de idade, isto é, para aqueles que, pelo uso, têm os sentidos exercitados para discernir o bem e o mal” (Hb 4:14).

Invés de rejeitar o ensino por causa de alguns pontos de discórdia, Paulo instrui a usar discernimento e se apegue ao bem.

Nem todo mal é fácil de ver de uma perspectiva humana. Uma área “cinzenta” para alguém pode ser considerada “má” para Deus

“Não se deixe enganar: 'As más  companhias corrompem os bons hábitos'” (1 Cor. 15:33)

Alguns autores entendem que no contexto havia dificuldade em discernir verdadeiras profecias e verdadeiros profetas de falsas profecias e falsos profetas (cf. 2 Ts 2: 1-3,15), não discernindo os verdadeiros elementos dos falsos elementos na profecia de um profeta verdadeiro.


III. Lugar: Reter o que é bom

Há pessoas que estão dispostas a falsificar tanto a Palavra de Deus e a Obra de Deus - fazendo reivindicações não-bíblicas e muitos cristãos assimilam essas heresias

Os tessalonicenses devem reter ("segurar firme") tudo que passar no teste da Bíblia ("o que é bom").

Faça como Cristo no deserto. A integração do texto bíblico é fundamental para entender a escritura como um todo e não isoladamente.

O que não for bom, eles devem rejeitar, juntamente com todos os outros tipos de mal (v. 22).

Estudo Bíblico: Os Conselhos de 1 Tessalonicenses 5:16-22

Conclusão:

Você deve sempre se regozijar no Senhor, Orar sem cessar e d ar graças, em tudo, considerando a vontade de Deus em Cristo Jesus

Não deixar que o Espírito que habita em ti seja sufocado e não desprezar as profecias, mas fazer um exame de tudo e reter o bem e da mesma forma a fastar-se, fugir, abster-se de toda a aparência do mal. 1 Tessalonicenses 5:16-22

🤝Nos laços do Calvário que nos unem.  

✝️ Pr. João Nunes Machado

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1833 O sermão Apostasia nacional, de John Keble, dá início ao Movimento de Oxford

O metodismo tentou trazer nova vida à Igreja Anglicana, mas terminou por formar uma denominação separada. 


No final da década de 1820, a freqüência à Igreja da Inglaterra caíra drasticamente. 

Enquanto a Igreja Metodista vicejava, a igreja da qual ela se originara es-tava seca e vazia.


O homem que ficou preocupado com a situação da Igreja Anglicana era um clérigo egresso de Oxford, plenamente anglicano, mas com um coração evangélico. 

John Keble sentia que sua igreja perdera sua força porque se afastara da rica tradição da liturgia e dos escritos dos pais da igreja. 

A não ser que a Igreja da Inglaterra percebesse sua herança referente à sucessão apostólica, Keble acreditava que ela perderia espaço tanto para os dissidentes protestantes quanto para a Igreja Católica, e por fim desapareceria.

Keble publicou uma coleção de poemas devocionais que refletia a liturgia, com suas festas e dias santos. 

Os belos poemas da obra O Ano Cristão mostravam o fervor normalmente associado aos metodistas e a outros grupos dissidentes, mas, no entanto, mantinha a tradição anglicana.

Em 14 de julho de 1833, Keble pregou na Oriel College. 

Seu sermão intitulado Apostasia nacional atacava o Parlamento por reduzir o número de bispos da igreja da Irlanda, dizendo que o ato fora exemplo da interferência do Estado na igreja. 

A igreja, originada por um ato divino, não deveria estar sujeita à legislação secular.

As palavras de Keble deram início ao Movimento de Oxford (também conhecido por “tratadismo”), que buscava a renovação da Igreja Anglicana por meio de um retorno às crenças e às práticas da igreja primitiva. 

Dentre os partidários do Movimento de Oxford encontramos os discípulos de Keble, Richard Froude, John Henry Newman e Edward Pusey.

Newman publicou o Tratado dos tempos. 

Keble e Froude escreveram noventa tratados entre 1833 e 1841. 

As pequenas brochuras de quatro páginas, vendidas a preço simbólico cada, foram publicadas de maneira anônima, e Newman caminhava pela região de Oxford vendendo-as ao clero.

Alguns dos folhetos, ou tratados, [o que deu origem ao nome “tratadismo”] encorajavam a Igreja da Inglaterra a voltar ao aprisco católico. 

Embora a Igreja Anglicana não fosse exatamente reformada, ela temia um retorno ao catolicismo, especialmente diante da revogação, ocorrida em 1828, de leis que tiravam dos católicos o direito de realizar cultos públicos — direito lhes fora negado desde o ato promulgado em 1673. 

As críticas ao Movimento de Oxford atingiram seu auge em 184 1, quando Newman escreveu um folheto dizendo que o batismo e a Ceia não eram os únicos sacramentos. 

Além disso, ele defendia a crença no purgatório, na presença real de Cristo na eucaristia e na invocação dos santos. O bispo de Oxford respondeu a essa manifestação, ao ordenar o fim da série de tratados.

Alguns clérigos anglicanos — entre eles o próprio Newman — realmente voltaram ao catolicismo, mas a maioria dos que simpatizavam com os tratadistas permaneceu na Igreja da Inglaterra. 

Embora os que permaneceram apreciassem as tradições da igreja, inclusive os ornamentos e as vestes, a genuflexão, o incenso, a confissão ao sacerdote, a celebração freqüente da Ceia e até mesmo o mo-misticismo, muitos eram, na verdade, anticatólicos. 

Eles queriam uma religião que apelasse aos cinco sentidos, mas não pretendiam exatamente uma associação com o papa ou com sua hierarquia mundial.

Depois que Newman deixou o Movimento de Oxford em 1845, o movimento procurou se apegar ao que de melhor havia no ritual, na arquitetura e na música, evitando, ao mesmo tempo, outros aspectos do catolicismo. Edward Pusev tornou-se, a seguir, o mais eloqüente porta-voz do movimento.

Muitos evangélicos estavam perturbados pelas práticas desses anglicanos católicos. 

Em 1846, eles formaram a Aliança Evangélica. 

Contudo, aquilo que começou como um movimento antitratadismo tornou-se uma maneira de atrair os evangélicos para uma comunhão nacional. 

A despeito de suas objeções ao ritualismo do Movimento de Oxford, os evangélicos não podiam negar que ele teve influência positiva sobre a Igreja Anglicana. 

Em vez de verem a si mesmos como servidores públicos ingleses, os clérigos anglicanos que deram apoio ao Movimento de Oxford passaram a levar a sério a tradição apostólica. 

Em vez de simplesmente moralizar os cultos de adoração, começaram a desenvolver um senso de reverência. 

Essas mudanças de percepção resultaram no ressurgimento do termo antigo “Alta Igreja”. 

Muitos clérigos e freiras anglicanos começaram a trabalhar com os pobres nas cidades cada vez mais industrializadas.

Além disso, o Movimento de Oxford nos proporcionou vários compositores de hinos. 

Os primeiros, anteriores a eles, vieram das fileiras dissidentes. 

Naquele momento, o próprio Keble, Frederick W. 

Faber e John Mason Neale, que traduziram para o inglês alguns hinos gregos e latinos que estavam perdidos, juntaram-se a eles.