segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1945 Dietrich Bonhoeffer é executado pelos nazistas


Os cristãos podem discordar de sua teologia, mas poucos podem deixar de admirar o firme posicionamento de Dietrich Bonhoeffer contra o terceiro Reich, chegando a ponto de dar a própria vida.

Bonhoeffer, aluno de Karl Barth, recebeu o título de doutor em Teologia na Universidade de Berlim quando tinha apenas 21 anos. 

Ele era capelão e orador luterano naquela cidade quando Hitler chegou ao poder em 1933.

Consciente de sua influência sobre o povo, Hitler já cortejara e enganara a igreja, e teve muito apoio do clero luterano e católico. 

A idéia de uma igreja puramente alemã era bastante atraente para os “cristãos alemães”. 

As idéias nazistas começaram a se infiltrar na igreja.

Entretanto, havia pessoas que suspeitavam de Hitler e de suas idéias sobre a superioridade ariana. 

Cerca de um terço do clero protestante, que liderava o que foi denominado Igreja Confessante, levantou-se contra o líder alemão. 

Alinharam-se à Declaração de Barmen, escrita principalmente por Karl Barth, que destacava os erros doutrinários dos cristãos alemães.

Em 1935, Bonhoeffer tornou-se o diretor do seminário da Igreja Confessante, que, no entanto, foi fechado em 1937, e Bonhoeffer foi proibido de publicar seus artigos e de falar em público. 

Dois anos mais tarde, quando a possibilidade de assumir o cargo de professor nos EUA lhe foi oferecida, Bonhoeffer rejeitou a oferta para servir seus compatriotas alemães.

Seu cunhado o atraiu para o movimento da resistência, e Bonhoeffer engajou-se em um plano para assassinar Hitler. 

Ele e outros colegas sentiam que o líder alemão era o Anticristo. Desse modo, aquele clérigo se tornou um agente duplo no escritório militar da inteligência alemã. 

Primeiramente, ele tentou em vão conseguir apoio dos britânicos para o plano, mas mesmo assim passou mensagens dos conspiradores para os britânicos. 

O plano falhou.

Bonhoeffer foi preso em 1943 não por seu trabalho como agente duplo, mas por ajudar a introduzir clandestinamente catorze judeus na Suíça. 

Na prisão, Bonhoeffer escreveu peças que foram publicadas postumamente sob o título Cartas e papéis da prisão.

Se Bonhoeffer tivesse vivido mais, talvez explicasse melhor algumas das idéias desafiadoras e, ao mesmo tempo, perturbadoras que ele apresentou durante o período em que esteve preso. 

Os teólogos argumentavam sobre sua frase “cristianismo sem religião”. 

Os estudiosos da religião acreditavam que a frase “a morte de Deus” significava uma coisa, ao passo que os evangélicos achavam que significava outra. 

O que Bonhoeffer quis dizer quando afirmou que o “mundo atingiu sua maioridade”? 

Ele procurava secularizar o Evangelho ou via — como muitos nos dias atuais — que as pessoas simplesmente não podiam mais entender os conceitos tradicionais do cristianismo?

“Como podemos falar sobre Deus de maneira ‘secular’?”, Bonhoeffer perguntou.

Sabemos que discordava de outros teólogos, como Rudolf Bultmann e Paul Tillich, que queriam “demitizar” o Evangelho, mas ele nunca apresentou nenhum projeto seu.

Embora permaneçam muitas perguntas com relação a ele, Bonhoeffer não deixou qualquer dúvida sobre o elemento-chave de sua crença: a fé é custosa. 

Seu livro O discipulado chamou os cristãos a uma fé convincente e cheia de autonegação. 

Ele disse que muitos aceitaram um cristianismo composto por uma “graça barata”, que encorajava uma fé fácil. 

Em vez de considerar as partes éticas do Novo Testamento como ideais impossíveis, os cristãos deveriam se esforçar para alcançá-los. 

A verdadeira religião significa mais do que ter as idéias corretas sobre Deus. 

Ela representa segui-lo — até a morte, se for necessário.

Bonhoeffer seguiu o próprio conselho. 

Ele buscou servir aos outros enquanto esteve na prisão. 

Em 9 de abril de 1945, quando as tropas aliadas faziam o avanço final sobre a Alemanha, ele foi enforcado sob a acusação de alta traição. 

Embora os cristãos, muitas vezes, tenham problemas éticos com o envolvimento de Bonhoeffer no plano para assassinar Hitler, sua posição contrária às tentativas do ditador de transformar a igreja em uma espécie de departamento do regime nazista e sua disposição de morrer por Cristo apresentam a todas as gerações o desafio da fé sacrificial.



sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1934 Cameron Townsend dá início ao Instituto de Verão de Lingüística 



Cameron Townsend aprendeu desde cedo a relação entre a lingüística e o evangelismo. 

Ainda jovem, trabalhou como missionário na Guatemala, esforçando-se ao máximo para se aproximar das pessoas na rua e perguntar sobre seu relacionamento com Cristo. 

Ele até mesmo decorou sua pergunta introdutória em espanhol: “Você conhece o Senhor Jesus?”.

Ele ainda não havia percebido que Jesus era um nome comum em espanhol e que a palavra “Senhor”, como no português, era um pronome de tratamento de significado muito mais comum do que aquele relacionado ao senhorio de Cristo. 

Cameron esperava obter uma resposta que pudesse dar início a uma conversa que tratasse sobre questões espirituais. Porém, tudo o que conseguia era uma resposta trivial como “Desculpe-me, não conheço o sr. 

Jesus. Sou novo aqui nas redondezas”.

Isso aconteceu em 1917. A maioria dos jovens americanos de sua idade estava na Europa participando da guerra. 

É provável que a aparência frágil de Townsend tenha sido a responsável por fazer com que ele fosse dispensado pelas forças armadas e obtivesse permissão de vender bíblias na Guatemala.

No primeiro momento, parecia que Townsend não conseguia entender nada. 

Porém, ele aprendeu espanhol e começou a trabalhar entre grupos de índios crentes. 

Designado para trabalhar com os índios cakchiquel das terras altas, Townsend percebeu que poucos deles conheciam o espanhol. 

Para produzir algum impacto sobre eles, precisaria aprender a língua deles.

Isso não seria fácil. Sua esposa, Elvira, escreveu uma carta que era um pedido de oração: “Orem para que possamos aprender rapidamente esta língua estranha. 

Sem uma gramática ou livros de qualquer tipo a partir dos quais possamos estudar, isto é realmente difícil. 

Temos um pequeno livro nosso no qual anotamos palavras diferentes e frases que os índios nos dizem quando os visitamos. Contudo, algumas dessas palavras têm sons tão difíceis que é praticamente impossível escrevê-las. 

Mas, certamente, o idioma dos cakchiquel é do Senhor, assim como o inglês, o espanhol ou o sueco, e sabemos que ele nos ensinará essa linguagem indígena de modo que possamos em breve ser capazes de explicar o evangelho para eles em sua própria língua”.

A oração foi respondida. Em 1931, o casal Townsend produziu um Novo Testamento completo no idioma cakchiquel. 
Pouco depois, problemas de saúde forçaram os dois a voltar aos EUA. 

Cameron esperava ser transferido para um ministério na América do Sul depois que se recuperasse. L. L. Legters, colega e incentivador do trabalho de Townsend na Guatemala, pediu-lhe que trabalhasse no México, mais perto de casa juntos, Townsend e Legters desenvolveram uma nova idéia.

“Sugeri que criássemos um instituto de verão no qual os missionários pioneiros pudessem ser ensinados quanto ao modo de representar um idioma na forma escrita e de traduzir as Escrituras”, escreveu Townsend mais tarde. 

Uma vez que apenas duas universidades americanas ofereciam cursos na área de lingüística descritiva, e como esses cursos de quatro anos tomariam muito tempo dos missionários, alguma coisa especial precisava ser feita. 
Legters e Townsend seguiram por dois caminhos. 

Decidiram montar uma escola de lingüística para missionários nos EUA e planejavam pedir ao governo mexicano que permitisse que eles enviassem tradutores da Bíblia para aprender as línguas não escritas dos índios.

Em 1934, o Instituto de Verão de Lingüística teve início em uma fazenda em Sulphur Springs, no Estado americano do Arkansas, com um currículo impressionante. 

Quando os melhores professores não podiam ir ao instituto, o instituto ia até os professores —- havia apenas dois alunos no primeiro ano e um pouco mais no segundo.

Inicialmente, esses tradutores tiveram pouca cooperação do governo mexicano. 

Townsend, no entanto, tinha alguns estudiosos de primeira linha ao seu lado. 

Ele foi um dos pioneiros nessa nova ciência, a lingüística. 

Por fim, os líderes mexicanos viram o valor de aprender a linguagem dos índios e deram grande apoio ao trabalho de Townsend.

Townsend nunca foi pessoa de trabalhar dentro de organizações. 

Quem deveria fazer o trabalho de missões eram os missionários, e não os escritórios que os apoiavam. 

Contudo, no início da década de 1940, esse trabalho de tradução estava ficando grande demais para ser gerenciado apenas no tempo livre. 

O instituto de verão mudou-se para a universidade de Oklahoma, onde havia 130 alunos. 

Havia 44 tradutores trabalhando no México e Townsend pedia mais 50. 

Era preciso haver algum tipo de organização que os apoiasse financeiramente. 

Desse modo, em 1942, foi fundada a organização Wycliffe Bible Translators [Tradutores da Bíblia Wycliffe], uma homenagem ao grande tradutor inglês da época medieval. 

O Instituto de Verão de Lingüística continuaria a interagir com governos estrangeiros, mas a Wycliffe Bible Translators seria a responsável por organizar o apoio financeiro nos EUA.

O trabalho de tradução se expandiu grandemente a partir dali: Guatemala, Peru, Colômbia e Equador. 

Uma unidade militar da aeronáutica, a Serviços de Rádio e de Aviação na Floresta, foi criada para levar e trazer os missionários tradutores em segurança até as mais remotas regiões.

Atualmente, essas três organizações possuem mais de 6 mil trabalhadores em cerca de 50 países. 

Eles produziram porções das Escrituras em mais de 300 idiomas e estão trabalhando em outros 800.

O trabalho dos tradutores da Wycliffe fez com que centenas de grupos aceitassem o Evangelho. 

Esse foi um dos passos mais importantes no esforço das missões modernas de atingir os povos ainda não alcançados — aqueles com pouco ou nenhum acesso ao cristianismo.

Porém, a organização de Townsend também representa uma sutil mudança no protestantismo americano. 

Nas décadas de 1930 e 1940, o fundamentalismo saía de sua concha. 

O separatismo rigoroso dava lugar ao evangelismo agressivo. 

Enquanto mantinha sua integridade doutrinária, a organização Wycliffe se aliava abertamente a universidades, linguistas, governos e antropólogos com o objetivo de conseguir que seu trabalho fosse realizado. 

O movimento “evangélico” viu surgir diversas missões e organizações educacionais cristãs, todas dispostas a tentar novos métodos para levar o evangelho a todos os povos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

INDEPENDÊNCIA OU MORTE?

TEXTO BASE JOÃO 8:32-34


Há 200 anos, ouviram às margens plácidas do rio Ipiranga, o brado retumbante, de um povo heroico, era D. Pedro I, no grito da “independência ou morte”. Poeticamente até se declarou que, em raios fúlgidos, o sol da liberdade brilhou no céu da pátria nesse instante.


Foram muitas as lutas pela libertação do Brasil. Muitos brasileiros deram a própria vida, e os que morreram, achavam que valia a pena sacrificar-se para que nós brasileiros, hoje, pudéssemos ter uma pátria para viver.

Era forte o controle que Portugal exercia sobre o Brasil, explorando-o ao máximo, não se importando com a situação dos brasileiros. 

Os brasileiros clamavam por liberdade e independência. Muitos mártires despontaram neste período, o mais conhecido, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, declarou: “Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria”.

O penhor dessa igualdade conseguimos conquistar com braço forte, e para que vivêssemos no seio da liberdade, nossos antepassados entregaram o peito a própria morte. Muitos derramaram seu sangue, por esta pátria amada.

Foi com muita luta e sangue derramado, que esta brava gente brasileira conquistou a liberdade e a independência, podendo declarar ao povo hoje: Já podeis da Pátria, filhos / Ver contente a mãe gentil; / Já raiou a Liberdade / No horizonte do Brasil.

Nunca houve, na história, liberdade e independência, sem que sangue fosse derramado, sem que houvesse muita luta, sem que alguém desse a sua vida.

O interessante de tudo isto, é perceber as semelhanças quanto à vida espiritual. Como é gratificante observar que a luta pela liberdade e independência do Brasil, nos ensina uma doutrina cristã gloriosa: a da liberdade que Jesus oferece, a independência do pecado e da morte espiritual.

Jesus disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Ele disse também que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado, mas se o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

Há 2 dois mil anos ouviu-se um brado ainda mais retumbante às margens do monte Calvário. Era a declaração de Jesus: “Está consumado” (João 19.30). Declaração de que a independência da humanidade havia se tornado uma realidade, um marco.

Ali estava Jesus, nosso rei e salvador, derramando seu sangue para que pudéssemos herdar a liberdade da escravidão do pecado e declarar nossa independência de satanás.

E, hoje, ele oferece a você a libertação do engano, da mentira, do pecado e de satanás.

Declare hoje mesmo, em Jesus Cristo, a sua independência do pecado. E viva a liberdade dos filhos de Deus, tornando-se herdeiro da Pátria Celeste, onde reina a paz, o amor e a felicidade eterna.

Foi a cruz a caneta que JESUS usou!!

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Acontecimentos mais importantes da história do Cristianismo.

1921 Transmissão do primeiro programa cristão de rádio

O rádio tinha apenas dois meses de idade. 

A empresa Westinghouse, em Pittsburgh, foi a pioneira na utilização desse meio de comunicação, quando anunciou os resultados das eleições de 1920 em uma emissora que utilizava o prefixo KDKA.

Os primeiros ouvintes usavam aparelhos primitivos, feitos em casa, mas, agora, a Westinghouse vendia um grande número de aparelhos de rádio já prontos — e os compradores precisavam ter programas para ouvir.

Diante da busca frenética por programas, aquela estação de rádio decidiu transmitir o culto de uma igreja.

Um dos engenheiros da Westinghouse era membro do coro da Igreja Episcopal do Calvário, em Pittsburgh.

Desse modo, foram feitos acertos para transmitir um culto daquela igreja no primeiro domingo de 1921.

O ministro-principal, bastante cético, deixou o culto a cargo de seu ministro auxiliar, Lewis B. Whittemore. Dois engenheiros da KDKA — um católico e um judeu — operaram o equipamento.

Eles vestiram as mesmas becas do coro para que sua presença na plataforma não distraísse a congregação.

A resposta à transmissão foi tão positiva que o culto se tornou um programa regular da KDKA.

Na área de Chicago, o pregador Paul Rader levou um quarteto de metais para um “estúdio” no telhado de uma casa, composto de uma grande caixa de madeira com um buraco em um dos lados. “Aprontem-se e apontem seus instrumentos para este buraco aqui”, disse o técnico.

“Quando eu der o sinal para tocar, vocês tocam.”

Ele colocou o microfone de um aparelho telefônico antigo pelo buraco e disse: “Toquem!”.

O quarteto tocou. Rader pregou.

A resposta favorável levou Rader a procurar outras estações de rádio da área de Chicago.

Percebendo que a rádio WBBM de Chicago fechava todos os domingos, ele deu um jeito para conseguir usar seus estúdios naquele dia.

Por catorze horas, todos os domingos, Rader conduzia sua estação de rádio semanal, chamada WIBT, Where Jesus blesses thousands [Onde Jesus abençoa milhares]

Assim como ocorreu com muitos outros avanços tecnológicos, muitos cristãos evangélicos temiam a introdução do rádio.

Além do mais, Satanás não era o “o príncipe das potestades do ar”?

A maioria dos pregadores pioneiros do rádio enfrentou mais oposição vinda da própria igreja do que da sociedade secular.

Na cidade de Omaha, no Estado norte-americano de Nebraska, a rádio WOAW (mais tarde conhecida por wow) começou a transmitir em abril de 1923.

A estação foi desprezada por diversos pregadores, até que pediram a R. R.

Brown, ministro da Aliança Cristã Missionária, novo na cidade, que assumisse a programação da Rádio.

Brown pediu conselho a um amigo.

Este lhe disse que estava orando para que Deus “concedesse autoridade” sobre essa nova (e potencialmente mundana) estação de rádio. Seria Brown aquele que exerceria essa autoridade?

Brown concordou em fazer apenas o primeiro programa, mas, ao deixar o estúdio depois da transmissão, um homem se encontrou com ele, afirmando que fora convencido pelo Espírito Santo e que se convertera pela transmissão do programa.

Brown gritou: “Aleluia! A unção pode ser transmitida!”.

Em Chicago, a WGES preparava uma transmissão remota da Exposição de Produtos de Illinois em 1925.

Estavam prontos para entrar no ar, mas os músicos ainda não haviam chegado.

Por acaso, um dos funcionários da estação ouvira dois estudantes tocando cometas no estande do Instituto Bíblico Moody e correram para eles a fim de “pedir o serviço deles emprestado”.

Alguns dias depois, a estação de rádio convidou o Instituto Bíblico Moody para realizar um programa de uma hora todos os domingos.

Isso acabou por levar à criação da própria estação de rádio do Instituto, chamada WMBI.

Em 1928, Donald Grey Barnhou-se tornou-se o primeiro pregador de rádio a comprar um horário em rede nacional, transmitindo seu programa pela CBS a partir da Décima Igreja Presbiteriana da Filadélfia.

Em 1930, Clarence Jones e Reuben Larson lançaram a primeira estação de rádio missionária, a HCJB, na cidade de Quito, Equador, e essa foi a primeira estação de rádio daquele país.

Durante a grande moda do rádio no meio da década de 1920, muitas igrejas e ministérios começaram a fazer transmissões.

Em 1928, havia sessenta estações de rádio de cunho religioso.

Nesse momento, a comissão federal de rádio instituiu novas regras, padronizando freqüências e eliminando muita confusão.

As regulamentações extinguiram as rádios menores, mas ajudaram as que estavam mais bem aparelhadas.

Em 1932, apenas trinta estações de rádio religiosas ainda operavam.

Contudo, na segunda metade do século, a mídia cristã cresceu bastante.

Líderes como Billy Gra-ham, Rex Humbard, Oral Roberts e Pat Robertson, sem falar do bispo Fulton Sheen, abriram o caminho para a televisão nas décadas de 1950 e 1960.

O rádio e a televisão desempenharam um papel muito importante no ressurgimento do fundamentalismo no final da década de 1970.

O envolvimento dos cristãos com o rádio, na década de 1920, revelou um pouco da esquizofrenia do fundamentalismo americano. “Separação” era a palavra em voga.

Pregadores fundamentalistas, como Billy Sunday, pediam a seus ouvintes que evitassem o “mundanismo” em todas as suas formas.

Os fundamentalistas também foram os que preservaram um evangelho expansivo.

Para serem verdadeiros com ele, precisavam levar a palavra aos outros.

Para isso, era necessário usar todos os meios disponíveis — inclusive as ondas de rádio — para pregar sobre Jesus. Desse modo, o surgimento das rádios cristãs foi o acontecimento precursor dos movimentos evangélicos das décadas de 1930 e 1940, nos quais o ímpeto evangelístico começou a suavizar a abordagem radical dos separatistas.

Conforme as emissoras de televisão cristãs se expandiam a partir das rádios cristãs, a transmissão religiosa tornou-se um grande negócio.

Nos EUA, o encantamento da televisão capturara o público em geral, de modo que ela se tornou a maior fonte de entretenimento — ou de inatividade — para a maioria das pessoas.

Os cristãos também foram cativados por sua mística.

Pregadores empreendedores construíram grandes organizações e instituições (parques de diversão, universidades, catedrais de cristal) como base para seus ministérios televisivos.

Eles procuravam firmar uma forte presença política nos anos de 1980, em que um deles, Pat Ro-bertson, chegou até mesmo a concorrer à presidência dos EUA.

Os ministérios religiosos televisivos alcançavam apenas uma pequena fração do público americano.

Os analistas de audiência das transmissões seculares sempre souberam disso e nunca encararam a programação religiosa como ameaça suficientemente forte para tirar sua audiência.

Os cristãos, no entanto, ficaram enamorados com a idéia de que ao menos estavam presentes no poderoso mundo da televisão e, no final da década de 1980, subsidiavam a transmissão de programas religiosos a um custo de 2 bilhões de dólares por ano nos EUA.

Infelizmente, escândalos morais envolvendo dois dos maiores ministérios atingiram a “grande audiência”, cuja repercussão foi muito maior do que aquela que os programas religiosos alcançaram.

Assim como a televisão mudou a maneira de os americanos elegerem os políticos durante as décadas de 1970 e 1980, a religião televisiva sem dúvida influenciou, de forma decisiva, a percepção pública da natureza e do significado do cristianismo.

É muito cedo para realmente sabermos de que maneira a programação religiosa da televisão atingiu a igreja durante esse período, mas será importante descobrir isso.

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