domingo, 19 de fevereiro de 2023

PSICOLOGIA!!!

"Repense as suas atitudes"

Quando você se pegar agindo da forma que não gostaria, pare e repense se essa é realmente a melhor atitude. Seja sincero e não invente justificativas para o que você faz.

Você vai notar algo intrigante enquanto estiver observando suas atitudes. 

É como se dividir em dois: o que age e o que observa a ação.

Se esse exercício lhe parecer difícil, experimente relembrar como foi seu dia. 

Faça isso antes de dormir, quando já estiver deitado na sua cama. Siga os mesmos passos lembrando o que fez, como se sentiu e o que pensou, considere se existiam outras possibilidades de ação e se sua escolha foi realmente a melhor.

Atitude 6. Mude de companhia

Não vos enganeis! “As más companhias corrompem os bons costumes. 1 Coríntios 15:33.

É natural que busquemos fazer amizades com pessoas que se assemelhem conosco de alguma forma. Assim sendo: 
tímidos tem amigos tímidos, imaturos tem amigos imaturos, nervosinhos tem amigos nervosinhos e assim por diante.

Esses relacionamentos só reforçam aquilo que você quer mudar, por isso faça amizade com pessoas que tem o jeito e a personalidade que você quer ter.

Atitude 7. Não valorize e nem subestime seus defeitos

Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências,  desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação. 1Pedro 2.1-2

Se você valoriza demais as suas limitações jamais irá se livrar delas, pois elas sempre pareceram mais fortes que você.

Por outro lado, se você as subestima faz com que elas pareçam sem importância ou pouco prejudiciais e não se preocupará em vencê-las. Por isso a auto-observação é tão importante ela te ajuda e se enxergar de forma realista.

Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 

Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências. Romanos 13:12-14.

Atitude 8. Substitua os maus hábitos por bons

Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos. Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;  acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Cl 3.8,12,13,14.

É mais fácil mudar um traço de personalidade censurável substituindo ele por um adequado. 

O ideal a adotar o inverso do seu defeito: se você é bagunceiro aprenda a ser organizado, se falta ou chega atrasado aos compromissos aprenda a ser pontual e responsável.

Lembre-se que tudo tem o seu tempo e uma mudança verdadeira não ocorre do dia para à noite.  Se sempre agiu de uma forma vai demorar até as pessoas perceberem que você realmente mudou. Por isso não espere que coisas se transformem tão rápido. 

Não force nada, lembre-se que mudanças bruscas costumam ser transitórias.

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco. Fp 4.8,9 .

Como posso saber que estou liberto da mente cauterizada ou da psicopatia espiritual?

Jesus nos deu a formula quando disse: Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. Mateus 7:15-23.

É preciso discernir o que, de fato, é de Deus, é preciso olhar as obras e os frutos que estão sendo gerados. 
Não são imagens bonitas, não é o choro, não são as lágrimas que esperamos do verdadeiro cristão; o que se espera é que sua vida seja cristalina em todos os sentidos.

Pense e analise com sinceridade sem hipocrisia e se olhando em um espelho

1.Eu tenho fé? Porque a bíblia diz: Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus. 1 João 5.1a.  
Pergunte a si mesmo: eu confio PLENAMENTE em Jesus Cristo para a salvação?

2. Questione a si mesmo tenho a obediência a palavra de Deus: Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 1 João 1.6-7. 

Pergunte a si mesmo: a minha vida mostra um padrão habitual de pecado não arrependido ou de arrependimento de pecado e de luta para andar na luz?

3. Tenho o amor: aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si. 1 João 3.14b-15.  

Pergunte a si mesmo: eu amo outros cristãos de maneiras concretas que mostram a realidade da minha fé?

4. Tenho eu a perseverança: Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. 1 João 2.19.  

Aqueles que não perseveram na fé provam que sua fé era falsa desde o início. Então, pergunte a si mesmo: eu estou continuamente na fé a despeito das lutas, oposições e tentações?

O arrependimento, que é essencial à verdadeira transformação (Atos 2:38; 17:30), envolve morte ao pecado (Romanos 6). 


 

PSICOLOGIA!!!

A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. 

A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas (examine Efésios 4:17-32; Colossenses 3). 

Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. 

Este é o resultado do arrependimento.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. 

Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. 

Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. 

Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. 

O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. 

A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço (Mateus 19:16-22). 

A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus (João 3:1-8)! 

Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lo e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada (Lucas 9:57-62). 

Jesus pregou sobre o tema: "Não pode ser meu discípulo", discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo (Lucas 14:25-33).

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10). 

Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão (Mateus 9:35-38; Lucas 19:40-41). Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lo e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. 

O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.

Em duas ocasiões separadas, Jesus retratou a cena apavorante do julgamento, quando os homens condenados estivessem esperando ser aceitos por Deus, mas não seriam (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). 

Há muitos, que se consideram fiéis a Deus, que ele não aceita. É essencial examinarmo-nos. Talvez nos sintamos confiantes em nossa salvação, mas assim o fizeram aqueles de Mateus 7 e Lucas 13. 

O que Jesus exige para sermos realmente convertidos?

Em Mateus 18:1-5 Jesus usou uma criança para ensinar a lição que temos que humilharmo-nos para entrarmos no reino de Deus. 

Frequentemente, a humildade era a qualidade que distinguia os verdadeiros discípulos (Marcos 2:13-17; Lucas 7:36-50; 18:9-14). 

O primeiro passo em direção à bem-aventurança é ser pobre em espírito, isto é, reconhecer o nosso próprio vazio espiritual e a indignidade (Mateus 5:3). 

Os sermões do livro de Atos sempre destacaram a culpa do homem. 

A verdadeira conversão nunca ocorre, a menos que a pessoa se tenha humilhado primeiro.

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, em João 3, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. 

Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. 

É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: "Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus." Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! 

A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. 

Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. 

As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.

A mudança de comportamento pela a renovação da minha mente

No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. Ef 4.22-24.

Assim também vós vos considerai mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Rm 6.11.

Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo. 2 Co 10.4, 5.

Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. 

O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco. Fp 4.8,9.

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.  

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12.1,2.

PSICOLOGIA!!!!

ALGUNS EXEMPLOS BÍBLICOS DE VELHOS E NOVOS HÀBITOS!! 

Orgias, dissoluções, contendas, ciúmes vs. estamo-nos das armas da luz.  

Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências. Rm 13:12-14.

Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Ef 4.25.

Roubo vs. Trabalho e generosidade

Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. Ef 4.28.

Palavras torpes vs.Edificação e graça

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. Ef 4.29.

Amargura, cólera, ira, gritaria, malícia vs. Benignidade, perdão

Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. 

Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Ef 4.31,32.

Impureza, cobiça, palavras torpes  vs. Ações de graça

Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices, coisas esses inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. Ef 5.3,4.

Ser cúmplice do erro  vs. Reprovar o erro

E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. Ef 5.1

Andar como néscio   vs.  Andar como sábio

Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor. Ef 5.15-17.

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. Fp 4.6.

Ira, amargura palavras pecaminosas   vs.  Mansidão, perdão, amor

Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar. 

Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos. 

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;  acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Cl 3.8,12,13,14.

Impureza, maldade   vs.  Mansidão na prática da Palavra

Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Tg 1.21-22.

Maldade, hipocrisia, inveja   vs.  Genuíno crescimento cristão

Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação. 1 Pe 2.1-2.

Por, Pr José Alfinyahu

Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor.

Th. M em bíblia e Th. D em Teologia Sistemática.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

A ORIGEM DO CARNAVAL NO BRASIL*

TEXTO BASÍCO RM 8:13

INTRODUÇÃO

"Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espirito mortificardes as obras do corpo, vivereis"  (Romanos 8.13).

O primeiro baile de carnaval realizado no Brasil ocorreu em 22 de janeiro de 1841, na cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Itália, localizado no antigo Largo do Rocio, hoje Praça Tiradentes, por iniciativa de seus proprietários, italianos empolgados com o sucesso dos grandes bailes mascarados da Europa. 

Essa iniciativa agradou tanto que muitos bailes o seguiram. 

Entretanto, em 1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país por causa da influência francesa.

Ao contrário do que se imagina, a origem do carnaval brasileiro é totalmente europeia, sendo uma herança do entrudo português e das mascaradas italianas. Somente muitos anos depois, no início do século XX, foram acrescentados os elementos africanos, que contribuíram de forma definitiva para o seu desenvolvimento e originalidade.

Nessa época, o carnaval era muito diferente do que temos hoje. 

Era conhecido como entrudo, festa violenta, na qual as pessoas guerreavam nas ruas, atirando água uma nas outras, através de bisnagas, farinha, pós de todos os tipos, cal, limões, laranjas podres e até mesmo urina. 

Quando toda esta selvageria tornou-se mais social, começou então a se usar água perfumada, vinagre, vinho ou groselha; mas sempre com a intenção de molhar ou sujar os adversários, ou qualquer passante desavisado. 

Esta brincadeira perdurou por longos anos, apesar de todos os protestos. Chegou até mesmo a alcançar o período da República. Sua morte definitiva só foi decretada com o surgimento de formas menos hostis e mais civilizados de brincar, tais como confete, a serpentina e lança-perfume. Foi então que o povo trocou as ruas pelos bailes.

POSIÇÃO DA IGREJA EVANGÉLICA NO PERÍODO DO CARNAVAL.

Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se por isso, de uma manifestação popular eivada de obras da carne, condenadas claramente pelas Sagradas Escrituras. 
Seja no Egito, Grécia ou Roma antiga, onde se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeiras desenfreadas, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta de compromisso com as autoridades civis e religiosas. 
Entretanto, não podemos também deixar de abordar os chamados benefícios do carnaval ao país, tais como geração de empregos, entrada de recursos financeiros do exterior através do turismo, aumento das vendas no comércio, entre outros. 

Traçando o perfil do século XXI, não é possível isentar a igreja evangélica deste momento histórico. 

Então, qual deve ser a posição do cristão diante do carnaval? 

Devemos sair de cena para um retiro espiritual, conforme o costume de muitas igrejas, a fim de não sermos participantes com eles (Ef.5.7)? 

Devemos, por outro lado, ficar aqui e aproveitarmos a oportunidade para a evangelização? 

Ou isso não vale a pena porque, especialmente neste período, o deus deste século lhes cegou o entendimento (2 Corintios4.4)?

Creio que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro lado, a personalidade da igreja nasce de princípios estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é Santo.

Há quem justifique como estratégia evangelística a participação efetiva na festa do carnaval, desfilando com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda associação com a profanação. 
Pergunta-se, então: será que deveríamos frequentar boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo a investir contra elas? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de evangelismo?

No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas que originaram, continuamos vendo imoralidade, música lasciva, promiscuidade sexual e bebedeiras.

José Carlos Sebe, no livro Carnaval de Carnavais, página 16, descreve, segundo George Dúmezil (estudioso das tradições mitológicas): O Carnaval deve ser considerado sagrado, porque é a negação da rotina diária. 

Ou seja, é uma oportunidade única para extravasar os desejos da carne, e dentro deste contexto festivo, isto é sagrado, em nada pervertindo. 

Na página 17, o mesmo autor descreve: Beber era um recurso lógico para a liberação pessoal e coletiva. 

A alteração da rotina diária exigia que além da variação alimentar, também o disfarce acompanhasse as transformações. 

Observe ainda o que diz Manuel Gutiérez Estéves: No passado, faziam-se nos povoados, mas sobretudo nas cidades, diversos tipos de reuniões em que todos  os participantes aparentavam algo diferente daquilo que na realidade, eram. 

A pregação eclesiástica inseriu na mensagem estereotipada do carnaval a combinação extremada da luxúria com a gula. Não falta sem dúvida, fundamento para isto.

Como cristãos, não podemos concordar e muito menos participar de tal comemoração , que vai contra os princípios claros da Palavra de Deus:

"Porque os que segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são do espírito para as coisas do espírito (Romanos 8.5-8)."

"Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus (1 Corintios 6.20)."

EVANGELISMO OU RETIRO ESPIRITUAL?

A maioria das igrejas evangélicas, hoje, tem sua própria opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período do carnaval. 

Opinião esta que, em grande parte, apoia-se na teologia que cada um delas prega. 

Este fato é que normalmente justifica sua posição. 

A saber: enquanto umas participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferem ficar na cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.

Primeiramente, gostaríamos de destacar que respeitamos as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem tudo por amor ao Senhor e com intenção de ganhar almas para Jesus e edificar o corpo de Cristo.(Cl 3.17). 

Entendemos, também, o propósito dos retiros espirituais: momentos de comunhão com o Senhor que tem feito grandes coisas em nossas vidas. 

Muitos crentes têm sido edificados pela pregação da Palavra e atuação do Espírito Santo nos acampamentos promovidos pelas igrejas. Toda via, a visão de aproveitarmos o carnaval para testemunhar é pouco difundida em nosso meio. 

Na Série Lausanne, encontra-se uma descrição sobre a necessidade da igreja ser flexível. 

A consideração é feita da seguinte forma: o processo de procura de novas estruturas nos levará, seguidamente, a um exame mais íntimo do padrão bíblico e a descoberta de que um retorno ao modelo das Escrituras e sua adaptação aos tempos atuais é básico á renovação e a missão.

Entendemos, com isso, que, em meio á pressão provocada pelo mundo, a igreja deve buscar estratégias adequadas para posicionar-se á estas mudanças dentro da Palavra de Deus, e não dentro de movimentos contrários a ela. 

A Bíblia é a fonte, e não os fatores externos.

Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem opiniões diferentes a respeito da maneira adequada para a evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma oportunidade para pregar, nem mesmo fugia das interrogações ou situações religiosas da época. 

Não podemos deixar de olhar o que está escrito na Bíblia:

"Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina"  (2 Timóteo 4.2).

Aqui o apóstolo Paulo exorta a Timóteo a pregar a Palavra em qualquer situação, seja boa ou má. 

A Palavra deve ser anunciada.

A igreja jamais pode ser omissa quanto a esse assunto. 

O cristão deve ser sábio ao tomar sua decisão, sabendo que:

"Em que noutro tempo andaste segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós andávamos nos desejos da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo(pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus"  (Efésios 2.2-6).

Autor, Artigo recebido por e-mail