TEXTO: Ef 6.10-18
INTRODUÇÃO
A vida do cristão após encontrar a Jesus Cristo é um combate espiritual acirrado contra as hostes malignas
concentradas nas regiões celestiais.
A Epístola aos Efésios é uma das cartas da prisão, por isso, a comparação feita por Paulo entre o soldado romano e o crente é tirada do equipamento que ele usava.
Na lista das peças da armadura não foi mencionada nenhuma de proteção às costas.
Isto quer significar que o inimigo deve ser enfrentado de frente Tg 4.7.
I. A FORÇA DO CRISTÃO
A expressão: “fortalecei-vos”, no original grego é “endunamoo” que quer dizer “fortalecer”, “torna-se forte.”
O cristão a semelhança de Gideão o sexto juiz de Israel deve ser forte para vencer os grandes embates da vida Ef 6.10.
O cristão necessita receber poder, não apenas uma vez, e sim, constantemente.
O termo “estar firmes” no grego é “stenai”, é usado em sentido militar indicando um posto de vigia ou pode
significar “ficar e sustentar-se numa posição crítica durante a batalha.”
Fortalecer no Senhor nos proporciona firmeza na batalha espiritual Jo 15.5; Fp 4.13.
II. A ARMADURA DO CRISTÃO
Esse equipamento é apresentado na ordem em que as peças da armadura do soldado eram colocadas Ef 6.11.
A armadura de um legionário romano era frequentemente uma amostra de esplendor.
Toda a “armadura de Deus” é um termo técnico militar da antiguidade romana que descreve a preparação final necessária antes do início da batalha.
Panóplia é o termo usado no verso acima, que fala sobre a armadura do “soldado pesadamente armado.”
O cristãoprudente estará sempre revestido de uma armadura pesada não dando brecha para o adversário das nossas almas.
III. AS PEÇAS DA ARMADURA
Roma possuía um exército de soldados de infantaria chamados de legionários, porque eles eram reunidos em
legiões.
As unidades de combate eram formadas de 6.000 homens divididos em 10 tropas de 600 homens.
Cada tropa compreendia 3 manípulos, unidades táticas de 200 legionários, divididos em duas centúrias.
O oficial chefe, o centurião, deve seu nome ao fato de comandar 100 soldados.
Veremos doravante o simbolismo de cada peça da armadura desses soldados aplicada à vida cristã.
1. As armas defensivas
3.1.O cinto
Os soldados romanos usavam de um a três cintos para prender a espada e para proteger a região abdominal do corpo Ef 6.14.
O cinto proporciona a liberdade de movimento e firmeza.
Quem tem o cinto da verdade na armadura espiritual tem liberdade consigo mesmo, com Deus e com o próximo e não se embaraça a cada movimento.
O cristão sincero precisa viver a verdade tanto nas palavras, nos atos e no procedimento.
Cada parte da verdade é preciosa como um filete de ouro; precisamos viver com ela ou morrer porela.
Sabemos que os lombos são o lugar da força e representa os afetos íntimos e os movimentos do coração Ex 12.11; Lc 12.35; 1 Pe 1.13.
3.2. A couraça
Era feita de chapas de bronze, madeira e acolchoada com algodão e forrada de couro.
Servia para amortecer as lanças e as flechas atiradas, protegendo assim os órgãos vitais do tórax e da parte superior do abdomem Ef 6.14.
Essa peça era de suma importância para um soldado guerreiro.
As vestimentas da justiça nunca caem de moda. Ver o que é justo, e não fazê-lo é falta de coragem.
Alexandre Magno perguntou a Aristóteles: “De que os reis necessitam mais, de coragem ou de justiça?”
Respondeu Aristóteles: “O rei que praticar a justiça não precisará de coragem!”
A couraça da justiça implica a retidão de caráter, lealdade quanto aos princípios e aos atos.
Deixar de exercitar a justiça quando for preciso é como deixar um buraco aberto em nossa armadura; será mortal! 1 Rs 22.34
3.3. O calçado
Era chamado “caligae” indicando as sandálias romanas com solas cheias de cravos para evitar que o soldado não
escorregasse quando em luta Ef 6.15.
O soldado de Cristo está provido de calçados que não tolham a marcha; ao contrário, leva-o e torna-o sempre pronto para o combate.
O servo de Deus não pode ficar pensando só em defender, deve atacar com o evangelho da paz.
Em meio ao fogo cruzado da guerra espiritual o cristão possui paz interior Jo 16.33.
3.4. O escudo
Era grande e de forma retangular chamado “scutum.” Tinha uma estrutura metálica e, às vezes, uma massa de
metal no centro Ef 6.16.
As várias camadas de couro eram ensopadas e socadas na água antes da batalha, a fim de apagar os dardos incendiários do inimigo.
O escudo da fé quer dizer uma confiança inteira e plena em Deus.
Os dardos eram feitos de madeira e a ponta de ferro frequentemente eram feitos com estopa embebida em substância combustível e então acesos.
Alguns dardos inflamados do maligno:
Calúnia;
Angústia;
Ameaça;
Tristeza;
Desânimo;
Desapontamento;
Desarmonia.
Se há setas que voam de dia, há outras que voam de noite Sl 91.5,6.
Os assaltos inflamados de satanás são frustrados e o cristão é protegido pelo escudo da fé.
3.5. O capacete
Na língua grega é chamado "perikephalaia" e aparece 9 vezes na Bíblia 1 Ts 5.8.
Era feito de metal e todo decorado com figuras de leões, corvos e águias Ef 6.17.
O capacete da salvação significa a plenitude do conhecimento e da experiência da salvação.
Na criação do universo o Senhor nos mostrou a Sua mão; na obra da salvação o Seu coração.
É bom que cada cristão saiba que a salvação é o capacete divino que dá seguridade de vida e protege a mente do cristão, de todo o tipo de pensamentos perniciosos.
A salvação é um capacete e não uma touca de dormir.
Para o viver diário do cristão a salvação é a parte da armadura defensiva que é essencial a sua segurança na luta.
Com o capacete preso ao pescoço os legionários romanos percorriam até 50 quilômetros a pé durante o dia.
Quem tem a salvação não se cansa de anunciar as suas maravilhas transformadoras.
3.2. As armas ofensivas
3.1. A espada
Indica a pequena espada reta usada pelo soldado romano Ef 6.17.
A Palavra de Deus é simbolizada por uma espada.
É chamada de espada do Espírito, porque é dada por Ele.
A espada do Espírito é a arma espiritual contra a qual o inimigo não pode resistir.
A Palavra é o instrumento ofensivo do Espírito que faz satanás gemer; por isso o inimigo sempre
promoverá: incredulidade quanto as suas promessas; dúvidas acerca de sua inspiração e a negação de sua inerrância.
No deserto de Jericó o Senhor Jesus Cristo feriu a Satanás com a espada do Espírito três vezes dizendo: “Está escrito” Mt 4.4,6,
3.2. A oração
Na armadura do soldado romano não havia uma peça que simbolizava a oração Ef 6.18.
Sem a oração a armadura do cristão está incompleta, mas com ela, as armas do combate são eficazes.
A oração revitaliza as energias espirituais do soldado cristão em campo de batalha.
De nada valerá a Espada do Espírito, se a mão que a segura for frouxa e sem forças!
De que nos valerá a panóplia de Deus se por detrás dela bate um coração acovardado.
Todas essas fragilidades são aniquiladas pelo poder fervente da oração.
Deixar de orar na guerra espiritual é render-se ao inimigo.
CONCLUSÃO:
Se nós estivermos vestidos com a armadura de Deus seremos invencíveis em todas as batalhas e só teremos
triunfos na vida espiritual.
Não poderá faltar em nossa panóplia nenhuma peça por que senão seremos fadados à derrota.
Que cada soldado cristão cuide bem de suas armas ofensivas e defensivas. Amém!
ARSENAL DE PREGAÇÕES PARA PREGADORES PR GENÉSIO SANTOS