segunda-feira, 3 de abril de 2023

A VISÃO DE CRISTO GLORIFICADO - APOCALIPSE 1*

TEXTO BASÍCO AP 1:1-20  

INTRODUÇÃO 

1. Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo;

2. O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.

3. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

4. João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;

5. E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,

O livro do Apocalipse trata da revelação de Cristo glorificado, entronizado e de Sua vinda em glória. 

Esta é feita por Jesus e a Ele se refere. No título do livro em português é: Apocalipse de São João; mas, na realidade é de Jesus Cristo. 

João simplesmente foi o amanuense do que vislumbrara. 

O Apocalipse não é o que alguns cultores dizem que ele é um escrito apocalíptico judaico batizado na igreja cristã; mas, sim, a revelação do próprio Cristo. 

Revelação não é especulação humanística; é na verdade a Palavra de Deus e o testemunho fidedigno de Jesus Cristo. “para mostrar aos seus servos.” 

Aqueles que mantêm um grau de comunhão com Cristo o Pedagogo divino, passam a entender os mistérios proféticos  Jo 15.15. “... nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão” Dn 12.10. 

“E a mim foi revelado este segredo...” Dn 2. 30. “... porque a vós é dado a conhecer os mistérios do Reino dos céus...” Mt 13.11. Um cristão que leva uma vida 

leviana, apesar de frequentar um templo, sempre terá seus olhos espirituais obstruídos. 

A masmorra pátmica não pode em hipótese alguma aprisionar a liberdade de espírito do profeta João e interpelá-lo de receber as mais fantásticas revelações celestiais. 

Servos, são aqueles que se entregam ao Senhor no intuito de viverem só para Ele em santidade, adoração e completa obediência. 

A grande cortina do teatro celeste foi descerrada e João pode contemplar as visões esplêndidas do futuro do planeta terra. "brevemente devem acontecer.” 

A expressão no original grego “tákei” indica rapidez de execução. Encontramos aqui a velocidade dos acontecimentos uma vez iniciados. 

O Apocalipse é a conclusão de tudo o que há de acontecer. “e pelo seu anjo as enviou.“ 

Deus é o autenticador da mensagem; Jesus Cristo é o mediador; o anjo e o apóstolo são os instrumentos, e os servos os destinatários. 

O vocábulo anjo encontra-se setenta e cinco vezes no Apocalipse. 

Os anjos sempre estiveram envolvidos na trajetória ministerial de Jesus. 

Em quase todas as visões os anjos marcam presença nos assuntos escatológicos.

Os Cinco Degraus da Escada da Revelação 

> Deus 

Jesus 

Anjo 

João 

Servos 

“notificou.”

O étimo grego que traduz essa palavra é semaíno do substantivo sema que significa “um sinal,” “símbolo.” 

É-nos evidente, que as limitações geográficas não foram impedimentos para João receber as visões celestiais. 

O Mestre ministrou um seminário escatológico de simbologia, numerologia e de cores ao conservo João. 3. “Bem - aventurado aquele que lê, e os que ouvem.” 

É a primeira das sete bem-aventuranças do Apocalipse. 

A leitura pública das Escrituras é um legado do costume hebraico Ne 8.1-5; 2 Cr 34.14-18; Lc 4.16; At 13.15; 15.21. 

É necessário afirmar que deve ser inteligível e cristalina a leitura de um texto bíblico feita em público. 

A boa leitura muitas vezes vale por uma pregação. 

É expressiva neste livro em foco a repetição sequencial nos admoestando no que tange ouvir com reverência a Palavra 2.7,11, 17,29; 3.6,13, 22. 

Aqueles que guardam as palavras patenteadas neste livro estão imunizados contra as heresias que rondam as igrejas e os lares evangélicos. 

As palavras acima citadas envolvem a inteligência, o coração e a consciência do cristão. 

Durante o primeiro século o índice de analfabetismo era elevadíssimo, e ainda os livros eram escassos. 

Uma leitura feita em voz alta na liturgia do culto era de mui grande valia. “o tempo está próximo.” 

Foi dito à Daniel que as palavras proféticas fossem seladas até o fim Dn 12.9; mas, quando chegamos no 
Apocalipse podemos encontrar a chave da revelação porque o tempo está próximo Fp 4.5; 1Pe 4.7; Tg 5.8; Hb 10.17. 

Estamos vivenciando um momento em que o cronômetro de Cristo está marcando a hora final da igreja na terra. 

Vigiemos, pois, para não sermos surpreendidos com o arrebatamento que dará sequência aos acontecimentos do capítulo quatro até o vinte e dois. 4. “João, às sete igrejas que estão na Ásia.” 

Encontramos o termo Ásia em At 16.6, e nas epistolas Rm 16.5; 1Co 16.19; 2 Tm 1.15; 1 Pe 1.1. 

Ele não se refere ao Continente Asiático, e, sim, a uma pequena província que ficava situada ao oeste e noroeste da Ásia Menor. 

Segundo a Geografia Bíblica, existiam outras cidades com igrejas em pleno funcionamento naquela região, tais como: Colossos, Mileto, Adramitio, Assôs, Hierápolis, Trôade, Trales e Magnésia. 

As sete igrejas interpretam a igreja cristã universal em sete períodos no tempo da dispensação da graça espalhadas em todo o mundo até o arrebatamento. 

Se delimitarmos no mapa das viagens de Paulo, na posição em que as cidades se encontram; partindo de Éfeso para o oeste e noroeste, passando por Esmirna e Pérgamo; e dirigirmos, para o nordeste e o leste alcançaremos Filadélfia e Laodicéia; e retornando a Éfeso formaremos um círculo que é também um sinal profético da igreja universal. 

Modernamente, a Ásia pertence à costa oeste da Turquia. “Graça e Paz.” 

Estas duas palavras descrevem os dois fenômenos do cristianismo. 

Acerca da graça expressou Stanley Jones: “A graça me comprou. A graça me ensinou. A graça me prendeu. 

Agora me possui!” Só poderá haver paz no coração humano depois da graça ter realizado a sua obra retentiva. 

A graça e a paz são os dois trilhos por onde trafega o trem da felicidade cristã. Seria maravilhoso se os cristãos continuassem cumprimentando uns aos outros com a preciosa paz do Senhor Jo 14.27; Lc 10.5,6. 

Apesar das adversidades que tem solapado a humanidade o cristão pode gozar plena paz Fp 4.7. 

Encontramos aqui a veraz felicidade do crente. "daquele que é, e que era, e que há de vir.” 
 
A eternidade de Deus atende os três tempos do verbo: passado, presente e futuro. Esta expressão é equivalente a Ex 3.14. 

Segundo alguns entendidos deparamos aqui com o tetragrama “YHWH.” 

É uma exaltação ao Todo Poderoso, em contraste com a vida falível dos césares Dt 32.39. 

Era comum entre os gregos em alguns cânticos usarem essa locução: “Zeus que era; Zeus que é; e Zeus que será.” 

A saudação dada às sete igrejas foi feita em nome da trindade que daria autoridade ao livro que João escreveria. 

Está se referindo no texto acima em negrito a eternidade de Deus 1 Tm 1.17; Sl 90.12. 

Com a aparição de Cristo em glória dar-se-á o clímax do livro do Apocalipse 19.11-21; Mt 24.30. 

Os moradores da cidade de Listra na Galácia acreditavam que os seus deuses Júpiter e Mercúrio retornariam na forma antropomórfica e residiriam nessa cidade. 

Quando Paulo e Barnabé estiveram em Listra revestidos com o poder de Cristo fizeram andar um varão leso dos pés, os listrenses quiseram sacrificar-lhes alguns touros At 14.1-19. 

Se os galacianos idólatras criam no retorno de seus deuses, o que era uma crendice, muito mais devemos crer intrepidamente que o Soberano Jesus Cristo voltará para arrebatar-nos! “e da dos sete espíritos.” 

Não representam os sete poderes cósmicos exaltados; nem o sol a lua e nem os cinco planetas vistos a olho nu defendida pela teologia astral babilônica; nem os sete arcanjos das especulações da angelologia hebraica; mas, sim, o Espírito Santo operando em Sua plenitude com sete diferentes manifestações Is 11.2. 

O Espírito Santo aparece em segundo lugar porque vivemos no período em que Ele está operando na terra como substituto autêntico de Jesus Cristo. 

Sete espíritos porque Ele está atuando intensificada mente de forma setuplicada. 

O Espírito Santo é um candelabro, mas em operação, são sete lâmpadas de fogo.
 
5. “e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha.” 

Testemunha é uma pessoa que vê, sabe e então fala com veracidade. 

João usa em sua literatura essa palavra cerca de setenta vezes. 

Cristo é a Testemunha, em Sua pessoa, em Sua obra e pela promessa que outrora foi feita ao rei Davi 1 Sm 7.1; Sl 89; Is 55.3,4; Zc 12.8. 

Tudo que Ele ensinou foi autenticado com os milagres extraordinários, e, tudo foi revelado acerca das coisas que hão de acontecer. “o primogênito dos mortos.” 

Primogênito é uma expressão de supremacia e não de sequência cronológica. 

Por ocasião de sua ressurreição Ele foi estabelecido como Primogênito dos mortos Cl 1.18; Rm 1.4. 

Foi o primeiro a ressuscitar com o corpo glorificado 1 Co 15.20, e nos assemelharemos a Ele. 

Jesus foi o primeiro a compartilhar da forma divina. 

Martinho Lutero afirmou: “Nosso Senhor escreveu a promessa da ressurreição não somente nos livros, mas em cada folha da primavera.” 

O aviva lista Stanley Jones disse: “Nosso evangelho não termina num cadáver, mas num conquistador; não numa tumba, mas numa vitória”. “e o príncipe dos reis da terra.” 

As nações mundiais estão esgotadas de sofrer nas mãos de ditadores malvados tais como: 

Antônio Oliveira Salazar, 

Adolf Hitler, 

Benito Mussolini 

Engelbert Dollfuss, homens fortes não oficiais como Manuel Noriega, 

Eestatocratas como Francisco Franco 

Augusto Pinochet a ditadores comunistas como Fidel Castro de Cuba, 

Kim Jong - Il da Coréia do Norte 
 
Stalin, da ex-URSS e como o ex-presidente da antiga Iugoslávia e da Sérvia Slobodan Milosevic que matou mais de 300.000 mil pessoas, e tornou-se conhecido como o carniceiro dos Bálcãs. 

Quando ocorrer a batalha armagedônica onde os inimigos de Cristo sofrerão a derrocada final, Ele descerá vitoriosamente com a descrição condecorativa universal e instalará o Reino milenial e triunfará para sempre com o Seu poder principesco Dn 7.14; 1 Co 15.28; 19.16. 

É Jesus quem preside com competência os destinos das nações. 

Os governantes mundiais têm vilipendiado suas pátrias com 

corrupção e ditadura, somente Cristo governará este planeta com equidade. 

6. “e nos fez reis e sacerdotes.” A apetência de Deus era que a nação israelita se tornasse por inteira em Reino sacerdotal; todavia adesobediência interpelou esse projeto divino Ex 19.6. 

Cada crente fiel tornou-se sacerdote pelos seguintes fatores: adentra ao santo dos santos a qualquer momento Hb 10.19-oferece oferta de louvores Hb 13.15; Ex 25.22; entrega seu corpo em sacrifício vivo Rm 12.1; e por fim, queima o incenso no altar da intercessão 1 Tm 2.1; Cl 4.12. 

Em Israel poucos homens foram sacerdotes, mas em Cristo todos os cristãos são como Melquisedeque, rei-sacerdote Hb 7.1; 1 Pe 2.9. Não somos apenas servos; como reis, obtivemos a capacidade de soberania. 


Só seremos sacerdotes se reinarmos sobre o poder do mal. 7. “E eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá.” 

Aqui não se refere às nuvens formadas de vapores, e sim as nuvens constituídas de anjos e crentes com os corpos glorificados na vinda em glória no final da grande tribulação At 1.11. 

As tribos da terra se lamentarão por terem perdido a oportunidade de conhecer o Vencedor em todas as batalhas. 

Na manifestação em glória, às nações que o perseguiram ficarão estarrecidas. Enoque e Daniel tiveram a visão da volta do Filho do Homem Jd 14; Dn 7.13. “Sim! Amém!” 

A palavra sim é de origem grega “naí” e, amém, de procedência hebraica ”`ãmen.” 

Essa dupla expressão, é confirmada para demonstrar aos homens que a segunda vinda de Cristo se dará incontestavelmente. 

Amém significa verdadeiro, correto, digno de confiança e assim seja. Sim! 

Representa os gentios; e amém, se refere aos judeus. 

Na volta de Cristo só haverá dois tipos de povos: judeus e gentios 1 Co 10.32; porque a igreja não estará maisaqui!8. “Eu sou o Alfa e o Ômega.” 

É a primeira e a última letra do alfabeto grego. Ele é composto de vinte e quatro letras. 

Alfa (A) como numeral a = 1; a = 1.000. (W) como numeral w = 800; w = 800.000. Estas duas letras se tornaram símbolos na arte cristã. 

São mencionadas também em 21.6; 22.13. 

Elas têm sido usadas para exprimir totalidade. 

O Filho de Deus é o Alfa no livro de Gênesis e o Ômega no livro do Apocalipse. 

Ele é o primeiro e o último, e tudo o mais entre esses dois extremos. 

Cristo é a origem e a consumação de tudo que existe no universo Cl 1.15. 

Entre os judeus era dito assim: Adão transgrediu a lei de álefe a tau; Abraão guardou a lei de álefe a tau. 

“a - Álefe – t – tau” são os nomes da primeira e a última letra do alfabeto hebraico. 

9. “irmão e companheiro.” 

Apesar das visões extraordinárias recebidas e da profunda comunhão com o Senhor Jesus, João não se exaltou,pelo contrário, encontramo-lo, autointitulado de irmão companheiro. 

É necessário explicar que o Reino de Deus não é alcançado pelos recursos mundanos beligerantes, sim, pela afeição e a paciência. 

João era apóstolo, profeta, escritor e não se gabou disto. 

Ele se apresenta como irmão e companheiro e não se referiu a qualquer título eclesiástico.

Nos dias atuais muitos ministros não se apresentam como irmão porque sentem ofendidos; sóestáfaltando agora o título de querubim porque para muitos, ser pastor já é coisa muito comum. 


10. “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor.” 

Apesar de João ter sido preso na ilha de Patmos vou como águia até ao terceiro céu através das asas do êxtase da revelação profética para desvendar o futuro do planeta Terra. 

Quando formos ao culto devemos estar em espírito para que a nossa experiência cristã seja renovada veementemente. 

No Império Romano havia uma expressão conhecidíssima: “hemera sebaste,” que quer dizer: “dia de Augusto”, que era o primeiro dia de cada mês. 

João apresentou o dia do Senhor como um contraste. 

Os cristãos primitivos se reuniam no primeiro dia da semana para comemorar triunfantemente a ressurreição de Cristo At 20.7; 1 Co 16.2. 

O sétimo dia comemora a criação e o primeiro a redenção. 

A ceia era ministrada pelos cristãos no primeiro dia da semana. “e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de 
trombeta.” 

A trombeta era usada pelos exércitos antigos para despertar as tropas colocando-as em estado de alerta. 

Essa voz estrondosa que João ouvira atrás dele foi para anunciar-lhe às coisas relacionadas com a igreja até arrebatamento. 

Quando a mesma voz comunicou-lhe: “sobe aqui” 4.1, foi, para mostrar-lhe os acontecimentos após o arrebatamento. 

11. “O que vês, escreve-o num livro.” 

Nesse livro é ordenado a escrever doze vezes 1.11,19; 2.1,8, 12,18; 13.1,7,14; 14.13; 19.9; 21.5. 

As Quatro Características de Cristo 

> Fiel Testemunha: Comunicou toda revelação a João.
 
> Sacerdote: Vestes talares adornadas por um cinto de ouro. 

> Juiz: Olhos flamejantes e os pés como bronze polido. 

> Rei: Voz como som de muitas águas e uma espada bigúmea.

12. “vi sete castiçais de ouro.” 

No Tabernáculo de Moisés tinha apenas um castiçal que ficava para a banda do sul tipificando a igreja cheia da graça de Cristo brilhando copiosamente neste mundo entenebrecido. 

O castiçal para brilhar era preciso ser alimentado com óleo puro; a igreja para testemunhar eficazmente precisa do azeite que é o Espírito Santo. Era fabricado de ouro batido. 

Os cristãos só podem refletir esse brilho por causa do sofrimento de Cristo na cruz. 

Moisés fabricou apenas um castiçal Ex 37.17-24; e Salomão mandou fazer dez 2 Cr 4.7; e Jesus apresentou sete. Os sete castiçais falam das sete igrejas projetando muita luz ao mundo através dos séculos. Como as hastes dos castiçais estavam ligadas a haste central, Cristo aparece no meio das igrejas.

13. “um semelhante ao Filho do Homem.” 

No livro de Daniel 7.13, Jesus é chamado de Filho do Homem. 

Este título é mencionado mais uma vez em 14.14, indicando o Seu caráter messiânico. 

O profeta João tece sete características físicas importantíssimas do seu retrato fidedigno. 

Cristo como Rei e Sacerdote aparece no meio dos sete castiçais exigindo testemunho brilhante das igrejas asiáticas e removendo o pavio esfumaçado. “uma veste comprida.” 

No tempo do sacerdócio arônico as vestes compridas representavam a honra e a dignidade. 

Aqui podemos ver Cristo como o nosso Sacerdote nesta presente dispensação Hb 10.21. 

Suas vestes humanas no cimo do Calvário ficaram a mercê da soldadesca romana; agora, neste capítulo, podemos vê-lo, vestido soberanamente como o grande Sacerdote eterno. “e cingido pelo peito com um cinto de ouro.” 

Entre o povo hebreu o cinto simbolizava a fortaleza, a justiça e a fidelidade. 

Por ser o cinto portador de força, passou também a representar o senhorio e o poder. 

O cinto do sumo sacerdote não era feito de ouro, mas era bordado de ouro Ex 28.8. 

Nesta visão Cristo é visto com um cinto completamente feito de ouro puro que figura a Sua atividade Sumo Sacerdotal. 

Entre muitos simbolismos do cinto ele também representa serviço Jo 13.4,5. 

14. “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca.” 
 
A cabeça alva denota a honra, a sabedoria, a experiência, a dignidade e a eterna deidade do Senhor Jesus. “e os olhos, como chama de fogo.” 

Podemos ver aqui a sua acurada visão que faz parte de Sua onisciência. 

Essa poderosa visão judicial atinge o coração e a sensibilidade humana. 

Os fotógrafos tiram fotos dos homens somente por fora, agora Jesus tira por dentro. 

O Seu olhar é perscrutador e nada furta diante dele Hb 4.13. 

15. “e os seus pés, semelhantes a latão reluzente.” 

O latão reluzente transmite a idéia de força e estabilidade. 

O bronze, o cobre ou o latão reluzente é um metal amarelo ou avermelhado. 

Trata-se dos primeiros metais trabalhados pelo homem. 

Tanto Ezequiel quanto Daniel fizeram alusões ao bronze Ez 1.7; Dn 10.6. 

O auricalco, o bronze precioso e brilhante que é citado neste verso era considerado um material fabuloso entre o ouro e a prata. 

Tubalcaim foi mestre e artífice de instrumentos de bronze e de ferro Gn 4.22. 

Encontramos na Bíblia referência ao minério de cobre Dt 8.9, e a sua fundição Jó 28.2. 

Nos montes de Israel havia minas de cobre Jz 16.21; 1 Sm 17.5; 2 Rs 25.7. 

A palavra grega usada para traduzir o latão reluzente é“kalkolibano.” 

O bronze é a mais antiga liga usada pelo homem que aprendeu a fazê-la por volta do ano 3.500 a.C. 

O bronze é uma liga metálica de cobre e estanho. 

Ofósforo, por endurece e torna o bronze mais resistente. 

O bronze representa a dureza e a durabilidade. 

Esse metal resiste à corrosão. 

Era trabalhado por meio da ação de fundir e martelar. 

Cristo foi martelado como bronze no patibulum da cruz onde julgou todos os nossos pecados. 

Os pés brônzeos do Senhor demonstram julgamento, força e poder para esmagar. 

16. “E ele tinha na sua destra sete estrelas.” 

Os pastores que estiverem na destra de Cristo farão um trabalho esplêndido e serão honrados pelos membros de suas igrejas. 

Os ministros, estando na mão direita de Cristo, indica a autoridade com que o Senhor sustenta os Seus, dirigindo-os de acordo com a sua onipotência e cuidado eterno. “e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios.” 

Cristo tem o poder para julgar e decretar a sentença através da Palavra de Sua boca. 

A espada divina produz vida e morte Is 11.4. “e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.” 

A glória de Cristo estampada em seu rosto não apenas deslumbra, mas, também cega os inimigos. 

Para o mundo, Jesus é a luz; para Israel, Ele é o sol da justiça e para a igreja, Ele é a Estrela da manhã. 

No cimo do monte, o Seu rosto resplandeceu como o sol na sua força Mt 17.2; próximo a Damasco, Paulo foi jogado por terra pelo Seu fulgor At 9.3. 

A Nova Jerusalém será iluminada por Ele 21.23.

18. “E tenho as chaves da morte e do inferno.” 

Possuir essas chaves é obter autoridade sobre o mundo invisível. 

O destino das almas dos homens está sob a jurisdição de Cristo. 

As duas chaves que jamais nenhum imperador romano poderia conquistá-las, Ele apossou-se. 

Como a morte detém os corpos humanos, o Hades aprisiona as almas.

CONCLUSÃO:

AS QUATRO MAIORES TRAGÉDIAS DA VIDA

1° Viver neste mundo sem ter abarcado a Cristo!

2. Sair deste mundo sem Ter a certeza de salvação!

3. Morrer sem ter o nome escrito no Livro da Vida!

4. Ter o nome escrito e depois ser ele riscado! 

Venha a Cristo para que seu nome seja escrito!

Faça uma confissão que confirme seu nome no livro da vida (Mt 10. 32; Rm 10. 9,10)

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Machado 

CARTA À IGREJA EM ÉFESO - APOCALIPSE 2

TEXTO BASÍCO AP 2: 1-7

INTRODUÇÃO 

1. Escreve ao anjo da igreja de Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:

2. Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos.

3. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.

4. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.

5. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.

6. Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.

7. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.

A cidade de Éfeso estava situada na costa ocidental da Ásia apocalíptica que era dividida em províncias menores tais como: Frígia, Mísia, Cária e Lídia. 

Ao norte de Éfeso estava Esmirna e ao sul a cidade de Mileto defronte a ilha de Samos. 

Foi fundada por colonos de Atenas no principio do século XI a.C., nas margens do rio Caister cerca de 10 km de sua foz. 

Tornou-se famosa por ter sido construído nela o templo de Diana que é considerado uma das sete maravilhas do mundo; cuja construção foi iniciada em 320 a.C., e a sua conclusão demorou 120 anos. 

Foi edificado em mármore coríntio; tinha 122 metros de comprimento e 100 colunas de 18 metros de altura. 

Foi destruído pelo godos em 262 d.C. Além de capital da Ásia, era o centro de administração romana. 

Havia em Éfeso um grande e monumental teatro que comportava 25 mil pessoas assentadas. 

A cidade passou das mãos dos reis de Pérgamo para o controle romano em 133 a.C. 

A quantidade de lama depositada pelo rio Caister e o afastamento da praia provocaram um deslocamento da cidade para o oeste cerca de 11 km do local de origem. 

Éfeso, Antioquia da Síria e Alexandria no Egito, formavam o grupo das três maiores cidades do litoral leste do Mediterrâneo. 

Foi a terceira cidade da fé cristã; sendo Jerusalém a primeira e Antioquia a segunda. 

Em Éfeso tanto a idolatria quanto a magia eram proliferastes e contagiantes. No ano 29 d.C., 

foi destruída por um terremoto avassalador e reconstruída por Tibério. 

A igreja em Éfeso foi fundada por Paulo em uma livre visita no regresso da segunda viagem missionária, e o prosseguimento da mesma ficou a cargo de Áquila e Priscila ambos naturais do Ponto At 18.18-21. 

Paulo regressou à Éfeso permanecendo ali três anos consecutivos, fazendo desta cidade o quartel general de suas atividades missionárias a ponto de todos ouvirem a pregação da Palavra At 19.10; 20.31. 

Tornou-se a principal comunidade cristã da Ásia. 

Quando Paulo declarou: “combati em Éfeso contra as bestas” 1 Co 15.32; ele estava se referindo ao ocultismo, a lúgubre magia negra, ao politeísmo dominante, e a perseguição acirrada de Demétrio e ao motim promovido no teatro At 19. 

O terceiro concílio geral da igreja foi realizado em Éfeso no ano 431 d.C., onde foi tratado sobre as duas naturezas de Cristo. 

Atualmente as suas ruínas encontram-se perto da cidade turca de Aiasluque. 

A tradição cristã afirma que o apóstolo João foi sepultado em Éfeso aos 103 anos de idade e Maria mãe de Jesus. 

As Distâncias Entre as Sete Cidades da Ásia 

> Éfeso – Esmirna 80 km; 

> Esmirna – Esmirna – Pérgamo 80 km;

> Pérgamo – Pérgamo – Tiatira 64 km;

> Tiatira – Tiatira Sardes 56 km;

> Sardes – Sardes – Filadélfia 48 km; 

> Filadélfia – Filadélfia – Laodicéia 48 km; 

> Laodicéia – Laodicéia – Éfeso 160 km. 

1. “Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso.” 

Esta, como as outras cartas, possuem o mesmo padrão uniforme de estilo. 

A mensagem foi endereçada ao líder espiritual e também extensivamente aos membros da igreja. 

A palavra Éfeso significa “desejável” ou “primeiro amor.” É a igreja como objeto do amor de Cristo. 

A princípio, o Senhor a desejava muito, e tinha muito prazer em suas obras e no amor que ainda não tinha apagado a chama. “Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas.” 

As estrelas brilham refulgentemente à noite; assim os receptores das sete igrejas que são comparados as estrelas, refulgem nas trevas do pecado cheios do Espírito Santo e inflamados com o fogo do céu incendeiam as searas de Satanás. 

O verbo grego que traduz por “tem” significa segurar firme na mão Jo 10.28. “que anda no meio dos sete castiçais de ouro.” 

O andar de Cristo aqui é judicial no que se refere àqueles que não querem se arrepender. 

O deísmo é desmascarado com a expressão “anda.” Jesus nunca abandonou a Sua igreja, Ele sempre está presente Mt 28.20.

O Seu andar entre os castiçais é para verificar a capacidade de iluminação espiritual. 

Se a igreja não transmite a luz da graça divina, ela para mais nada presta; será apenas uma mera sociedade organizada, um clube social com o rótulo de cristã. 

A presença de Cristo no seio da igreja trás segurança e comunhão plena. 

Cristo anda patrulhando as atividades de seus membros, podando os galhos secos e arrancando os males existentes em seu meio.

Jesus Sempre no Meio 

> Em Sua infância esteve no meio dos intelectuais de Sua época Lc 2.46. 

> Ao curar um homem cuja mão estava atrofiada o chamou para o meio Lc 6.8. 

> Em Sua jornada ao norte de Israel passou pelo meio de Samaria, a cidade das confusões Lc 17.11. 

> Ele se postava no meio quando ia servir o colegiado apostólico Lc 22.27. 

> No alto do Gólgota foi crucificado no meio de dois facínoras Jo 19.18. 

> Ao ressuscitar apareceu no meio dos discípulos de forma refulgente Lc 24.36. 

> Sua promessa gloriosa é de sempre estar em nosso meio Mt 18.20. 

2. “Eu sei as tuas obras.” 

Eram os bens praticados por essa igreja e que se tornaram notórios a todos os moradores da Ásia que conheciam o Senhor Jesus. Ele conhece tudo o que fazemos em prol do crescimento do Reino. 

Apesar de a inveja campear em muitas comunidades cristãs, muitas ações não são reconhecidas entre os seus membros. 

O que autentica o que fazemos não é o que os homens dizem ou deixam de dizer; o importante é o que o caminhante entre os castiçais diz: “Eu sei.” Essa expressão solene, aparece em cada igreja. 

A Eclésia efésia tinha mais obras e menos amor, enquanto a igreja moderna precisa de mais amor e menos obras. “e o teu trabalho.” 

A palavra grega usada aqui para trabalho é “kópos,” que expressa um esforço ardoroso, um labor até a exaustão. 

É mais fácil contar as estrelas do que enumerar os esplendores dessa comunidade cristã. 

O cristão fiel trabalha para Cristo como tivesse de viver para sempre; e vive como se tivesse de morrer amanhã. 

A salvação é de graça, mas o galardão é pelo nosso trabalho que prestamos. 

O crente preguiçoso só anda criticando e entristecido. 

Os mais felizes são aqueles que andam ocupados na causa do Mestre. 

Só faremos um trabalho aprovado para Jesus quando colocarmos o Seu trabalho em 
nossa vida e a nossa vida em Seu trabalho.“e a tua paciência.” 

O termo grego para este vocábulo é “upumonen.” É a capacidade de suportar as intempéries diante de qualquer 
situação dificultosa na certeza de que haverá triunfo e vitória.
 
É o não dobrar, face às agruras da jornada. 

Certo poeta disse: “Há ocasião em que Deus não pede nada de seus filhos, exceto silêncio, paciência e lágrimas.” 

O Senhor elogiou entusiasticamente essa igreja, porque Ele valoriza os cristãos autênticos. 

O elogio apropriado e honesto sobrepuja os sentimentos de inferioridade e de inveja. Ninguém terá inveja de nós, se costumarmos elogiar com sinceridade a outros.“e que não podes sofrer os maus.” 

Restaurar algum membro que porventura caíra é o papel da eclésia cristã; agora, tolerar pessoas que não querem se arrepender e que só promovem escândalos para o Reino é inadmissível. 

Viver assim é associar-se com o erro. 

As virtudes cristãs não são apenas aquelas que não se arrefecem na prática do bem, mas também o ódio ao mal. “e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são.” 

No discurso feito aos anciãos de Éfeso na cidade de Mileto; Paulo, já havia advertido aqueles líderes acerca dos lobos cruéis que surgiriam para torcer a verdadeira teologia cristã At 20.28,29. 

Os efésios tinham saído do mundo e agora não podiam permitir que o mundo entrasse neles. 

O apóstolo João já havia ensinado a igreja até mesmo a não cumprimentar os heréticos 2 Jó 10. 

Os falsos apóstolos afirmavam que tinham recebido autoridade de Cristo para exercer o apostolado e ao mesmo tempo praticavam um sincretismo religioso misturando o paganismo Artemísio com a profissão de fé cristiânica. 

Os mentirosos eram aqueles que negavam as duas naturezas divina e humana de Cristo. 

Na 
tribuna sacra da igreja de Éfeso só fazia uso da palavra quem era portador da sã doutrina. 

É necessário que a igreja hodierna tenha esse zelo especial pelo púlpito. 

3. “e sofreste.” 

Os cristãos do primeiro século passaram pelo caldeirão fervente da perseguição para disseminar com galhardia a Palavra de Deus. Os efésios pagaram um grande preço por causa da idolatria radicada na cidade. 

Os olhos dos fiéis brilharam com uma luz mais pura e translúcida porque foram regados com as lágrimas do sofrimento; elas rolavam tanto pela a face quanto pelo coração. "e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.” 

Suportavam as agruras pontiagudas da perseguição embasados nas palavras de Jesus registradas em Mt 5.11. 

Trabalhavam como nenhuma igreja a ponto de fazer conhecido o nome do Senhor em toda a província romana da 
Ásia. 

As outras seis igrejas foram inauguradas através do centro missionário implantado em Éfeso. 

O que precisamos ter em mente, que a lealdade à igreja nem sempre quer dizer lealdade a Cristo. 

Quem faz um grande trabalho para Deus não é aquele que faz muito, e sim, aquele que não para de fazer. “Os efésios estavam cansados na lealdade, mas não cansados dela” Moffatt. 

4. “Tenho, porém, contra ti.” 

Jesus após tecer alguns elogios efusivos e cristalinos a essa igreja, deu uma tremenda guinada e aplicou uma sentença judicial à criminosa ação da perda do primeiro amor. 

É melhor perdermos algo da nossa obra do que perdermos o amor por Jesus Cristo. 

Como afirmou peremptoriamente George Ladd: “Pureza de doutrina e lealdade não podem nunca ser substitutos para o amor.” “que deixaste a tua primeira caridade.”
 
O amor originalíssimo dos primeiros dias da conversão. 

Aquela lua-de-mel que tivemos com Jesus no início da nossa fé cristã envolvida no manto da pureza, do fervor e da alegria imensurável. 

João ensinou essa igreja como desabrochar a rosa do amor 1 Jo 4. 

A igreja em certo tempo pode exalar o aroma do amor a Deus e aos irmãos Ef 1.15. 

Sado Sundar Sing declarou: “Onde nasce o amor morre o eu, o déspota cruel. 

Deixa-o morrer na noite escura, pois com o amanhecer respirarás em liberdade.” 

Quando o amor a Cristo que é a mola propulsora do serviço cristão enfraquece, o nosso trabalho torna-se uma mera atividade. 

Com a perda do amor todas as outras características perdem o valor. 

O primeiro amor é, pois o abandono de todas as coisas por um amor que também abandonou tudo. 

5. “Lembra-te, pois, de onde caíste.” 

É importante que saibamos que existe tempo para o perdão e tempo para a execução do juízo divino. 

A perda do amor fez com que a igreja de Éfeso virasse as costas para Jesus. 

O que ela precisava era arrepender-se para virar as costas para o pecado. 

O filho pródigo quando se lembrou do amor e da fartura de bens que havia em sua casa, diz o texto lucano: “E caindo em si” Lc 15.17. 

É mister que de vez em quando façamos uma análise geral do quadro clínico espiritual da nossa vida para que possamos ajustá-la diante do Senhor. 

Os três verbos que podem mudar o nosso estilo de vida são:
 
lembrar, reflexão introspectiva; arrepender, reflexão decisiva e voltar, reflexão expressiva. 

Nos degraus da escada que dá acesso à comunhão plena com o Senhor, a igreja efésia desabou do degrau principal que é o amor. 

É necessário que os que caíram, lembrem-se do começo e voltem ao ponto de partida. 

Pode ser um exímio pregador, um ilustre mestre de renome, um líder respeitado ou um grande contribuinte na obra, mesmo assim, poderão ser declarados como quem caiu. “brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal.” 

Quando uma igreja realiza suas atividades a semelhança de uma empresa da fé, ou seja, sem o amor 
verdadeiro a Cristo, ela passa a não ter mais o direito de existir. 

A igreja legítima não se extingue, mas, um grupo sem a pérola do amor, desaparece radicalmente. 

Quantas denominações fecharam as portas, e deram baixas em seus registros porque lhes faltou o amor! 

O que vimos segundo o relato da história, e da Geografia Asiática, que tanto a cidade, como a igreja de Éfeso, foram removidas. 

Não houve arrependimento!

6. “aborreces as obras dos Nicolaítas.” 

A palavra Nicolaítas no grego é “nikolaitõn” que é originada de nikolaos termo este que é composto de” niko + 
laos”. 

Niko quer dizer “dominador,” e laos significa povo. 

“O líder cristão deve lembrar-se da advertência ministerial feita por Pedro: “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus” 1 Pe 5.3.” Para muitos o ministério tornou-se em causa de ganho. 

A seita Nicolas tica procurava aliciar os crentes a fim de que eles praticassem a frouxidão sexual e moral. 

Este ensino gnóstico preclara vá uma doutrina que dizia que era incapaz a alma ser contaminada pelo pecado. 

O termo grego “gnósis” significa “conhecimento.” É desse termo que originou a palavra gnóstico. 

O cristão conquistado pelos nicolaítas, facilmente se prostraria diante da estátua do imperador romano. 

Era uma seita que misturava os ensinos do cristianismo com os princípios filosóficos do gnosticismo grego. 

Os que fazem parte do Nicola ismo moderno são aqueles que vivem nos templos com a máscara de santidade e que, no entanto vivem na promiscuidade. 

É importante salientar que o mundanismo não combina com a vida cristã autêntica Sl 97.10.
 
7. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.” 

Das sete cartas as três primeiras, encerram-se, como a de Éfeso; com um convite e com uma promessa. 

O Espírito Santo não deixa de falar às igrejas, mas são os membros surdos e apáticos que deixam de ouvir a Sua voz consoladora e orientadora. 

No início de cada carta é o Senhor Jesus quem fala 2.1,8, 12,18; 3.1,7, 14; mas no final de todas elas é o Espírito Santo 2.7,11,17,29; 3.6,13,22. 

A idéia de igreja única ou de denominação exclusiva como muitos afirmam é eliminada aqui. 

Quando o Espírito fala às igrejas logo o exclusivismo é aniquilado. 

“O ouvido precisa ser treinado para a música celestial, da mesma maneira que o paladar deve ser treinado para o alimento natural” - Haugh. “Ao que vencer.” 

No jardim do Éden o casal precisava apenas obedecer, mas no Apocalipse a promessa é destinada somente ao
vencedor. 

São duas classes existentes: a dos vencidos, e a dos vencedores. 

Qual dessas duas você pertence? É bem verdade que o vencedor só pode fazer notória a sua vitória sendo fiel até a morte. 

A vitória do cristão não é prevalecer contra os irmãos, e sim, sobre o mal. 

A condição sine que non que nos permitirá comer da árvore da vida é a nossa vitória pessoal sobre o mal existente. “dar-lhe-ei a comer da árvore da vida.” 

No Éden ela foi resguardada Gn 2.8; 3.22. 

Na Nova Jerusalém ela será restaurada para os que vencerem as tentações, as heresias e as paixões carnais. 

No Apocalipse encontramos mais três alusões a essa árvore 22.2,14, 19. 

Cristo foi crucificado em duas peças extraídas de uma árvore para nos dar o direito legal de alimentarmos da árvore da vida. 

Aqui na terra, Jesus alimentou a humanidade como o Pão vivo Jo 6.51; na eternidade, Ele dará a si mesmo como o sustento dos vitoriosos. 

Israel provou do maná no deserto, a igreja presente alimenta de Cristo o Pão da vida, e na eternidade desfrutará da árvore da vida. 

Comer da árvore da vida é, pois, participar da plenitude da vida eterna com Cristo, e em Cristo. 

É preciso alimentarmos mais do Senhor, do que 
enchermos as nossas mentes de dogmas e regras arcaicas e bolorentas. “que está no meio do paraíso de Deus”. 

O paraíso aqui citado não é o local intermediário entre a morte e a ressurreição dos justos, e sim, a Nova Jerusalém. 

Adão foi expulso do Éden por causa do pecado; como entraremos na Nova Jerusalém vivendo no pecado? 

No cardápio celestial podemos nutrir da seguinte forma:
 
> Pelo pão da vida Jo 6.51; 

> Pela Palavra de Deus Mt 4.4; 

> Pelos elementos da santa ceia Jo 6.53; 

> Comendo do maná escondido Ap 2.17; 

> Alimentando da árvore da vida Ap 2.17. 

Esta árvore simboliza a transmissão da vida eterna aos homens salvos. 

CONCLUSÃO:

AS QUATRO MAIORES TRAGÉDIAS DA VIDA

1° Viver neste mundo sem ter abarcado a Cristo!

2. Sair deste mundo sem Ter a certeza de salvação!

3. Morrer sem ter o nome escrito no Livro da Vida!

4. Ter o nome escrito e depois ser ele riscado! 

Venha a Cristo para que seu nome seja escrito!

Faça uma confissão que confirme seu nome no livro da vida (Mt 10. 32; Rm 10. 9,10)

🤝Nos laços do Calvário que nos unem.  

✝️ Pr. João Nunes Machado

CARTA À IGREJA EM ESMIRNA - APOCALIPSE 2*

TEXTO BASÍCO AP 2:8-11

INTRODUÇÃO

8. E ao anjo da igreja em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:

9. Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.

10. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

11. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

Esmirna na língua grega quer dizer mirra. 

Mirra é uma substância extraída de uma planta por esmagamento. 

Era usada para fabricar perfumes, e para embalsamamentos. 

Os cristãos esmirnenses foram esmagados pelas perseguições, e tornaram-se, em perfumes de cheiro suave para Cristo. 

Essa cidade era uma das mais importantes da Ásia e tomou o nome de “Metrópole.” 

Esmirna, pela sua localização na via comercial entre a Lídia e o oeste, chegou ao esplendor. 

Ficava localizada no golfo de Esmirna, na costa ocidental da Ásia, na entrada de uma, linda baía, cerca de 64 km ao norte de Éfeso. 

Pela sua pujança topográfica recebeu o nome de: “Adorno da Ásia.”
 
Era o local da celebração dos jogos olímpicos e contava com um dos maiores anfiteatros de toda a Ásia. 

Nos dias do apóstolo João era famosa por suas construções, pelo centro de ciência e de medicina, pelo comércio e a política. 

Alexandre Magno quando viu a posição geográfica de Esmirna mandou Antígono e Lisímaco reconstruí-la. 

Em pouco tempo Esmirna se tornou o centro portuário e comercial mais importante da Ásia. 

A deusa Cibele tinha seu altar nessa cidade com o destaque de padroeira. 

Esmirna foi o centro do ministério de Policarpo, discípulo de João e local de seu martírio aos 90 anos de idade em 155 d.C. 

Esmirna foi o berço de Homero o autor da Odisséia e da Ilíada. 

Viveram também ali: Heródoto, Estrabão e Pausânias. 

É a única das sete cidades que permanece com a grandeza que tinha nos dias em que o livro do Apocalipse foi redigido. 

Seu nome moderno é Izmir. 

É um porto da Turquia e centro de comércio da costa leste do mar Egeu. 

Fica situada a 320 km ao sudeste de Istambul. 

É a capital da Província de Esmirna. Esta cidade exporta minério de cromo, frutas secas, algodão e azeite de oliva. 

Possui uma população atual com 2.387.686 habitantes (2003). 

8. “E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve.” 

A mensagem a essa igreja é a mais breve das sete e também a mais bela descrita por Cristo.“Isto diz o Primeiro e o Último.” 

Como Criador de todas as coisas: Ele é o Primeiro; e como o Consumador, Ele é o Último, Is 41.4; 44.6; Hb13. 8. 
Tal daclaração foi necessária para encorajar os cristãos sofredores mostrando-lhes que há um limite e um fim desses atos de trucidades. “que foi morto e reviveu.” 

Quando Cristo se apresentou às igrejas, o fez de acordo com a necessidade premente delas. 

Quando Se apresentou desta maneira pode ter aludido ao ressurgimento da cidade com uma grandiosa prosperidade, depois de um período longo de obscuridade. 

O ressurgimento da cidade marcaria a ressurreição também da igreja. 

No capítulo primeiro, Ele também fez essa alusão a Sua eternidade. 

É importante dizer, que Cristo entrou na morte e a morte não pode entrar nele; porque Ele é a Ressurreição e a Vida Jo 11.25. 

9. “Eu sei as tuas obras, e tribulação.” 
A comunidade judaica em Esmirna tirou o sossego dos crentes. 

Ela foi um instrumento nas mãos do Diabo para assarapantá-los. 

Nos países fechados, o muçulmanismo é um torvelinho para os missionários. 

Dificilmente um membro da igreja de Esmirna não tivesse algum mártir na família. 

É pelo caminho da tribulação que adentraremos nas minas das experiências com Cristo. “e pobreza.” 

O imperador Diocleciano pressionou os cristãos esmirnenses lançando mão de todos os seus bens, levando-os 
assim, à pobreza extrema, na tentativa de arrefecer-lhes na fé. 

O imperador pode confiscar os bens, mas, não pode arrancar-lhes a graça e o gozo que os faziam ricos Hb 10.34. 

A maior pobreza não é a escassez de bens materiais, mas, a escassez da presença de Deus. 

A riqueza espiritual era antagônica a sua pobreza material. 

Eram pobres, porém ricos; enquanto que os laodicenses eram ricos, porém pobres. 

Enquanto a igreja de Laodicéia estava ajuntando tesouro na terra a de Esmirna ajuntava no céu Lc 12.21. 

O cristão que ambiciona as riquezas sempre será pobre espiritualmente. 

9. “e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são.” 

A palavra grega usada aqui para blasfêmia refere-se às acusações absurdas contra os fiéis. 

Como sofriam os irmãos de Esmirna, com o deboche, a maledicência, o ultraje e a calúnia. 

Eram judeus por raça e religião, mas na verdade, não eram, porque haviam rejeitado o Messias prometido Rm 
2.28,29. 

A falsa piedade sempre foi a pior desgraça da religião. 

Os falsos judeus faziam oposição ferrenha contra os cristãos fiéis devido a grande influência econômica que 
exerciam. 

Pessoas fingidas sempre circularam em meio às lídimas: o vulgo no meio da nação israelita; Judas no colegiado apostólico e muitas igrejas estão repletas de crentes carnais que só servem para atropelar o desenvolvimento da 
obra. “mas são a sinagoga de Satanás.” 


A maior conspiração contra a igreja não é praticada pelo sistema mundano, mas por falsas religiões e religiosos. 

Uma sinagoga judaica se torna em sinagoga de Satanás quando o Messias é rejeitado. Um dos grandes projetos do nosso arquiinimigo desde o primeiro século é transformar a igreja numa espécie de judaísmo. 

Se isso ocorresse, ela seria apenas um clube sionista. Os judeus nominais se tornaram em instrumentos maléficos nas mãos do Diabo. 

Sabemos que Satanás nos acusa diante de Deus e nos difamam diante dos homens. 

10. “Nada temas das coisas que hás de padecer.” 

Este: “não temas,” jamais será ouvido por um cristão que se escandaliza com as provações ou por aqueles que só vivem envoltos no acolchoado do conformismo.

A igreja foi encorajada a tremular a bandeira da fidelidade em meio ao fogo cruzado das perseguições. 

No texto acima, não há promessa de livramento das dificuldades. 

A igreja de Esmirna não teve censuras, mas foi exortada a manter-se firme. 

As borrascas vêm não para destruir a nossa fé, mas, para burilála. 

O apóstolo Paulo quando esteve na casa de Filipe na cidade de Cesaréia marítima no regresso da terceira viagem 
missionária de caminho para Jerusalém, foi advertido pelo Espírito Santo acerca dos acossamentos que o esperavam At 21.10-13. 

Similarmente, o Senhor Jesus fez os esmirnenses se prevenirem por meio da Palavra profética acerca das ondas 
avassaladoras que sobreviriam sobre eles. “Eis que o Diabo lançara alguns de vós na prisão.” 

O inimigo é o grande mentor dos ataques contra o cristianismo cristalino. 

Ele aprisionou muitos cristãos através dos judeus. 

Após a morte de Cristo, eles continuaram a perseguir os cristãos. 

Como sofrera o apóstolo Paulo na Galácia! Mormente, na cidade de Listra, e na Macedônia.
 
Enquanto Policarpo cujo nome quer dizer “muito fruto”, foi morto em Esmirna em 156 d.C., aos oitenta seis anos; Antipas foi sacrificado em Pérgamo 2.13. 

Ray Sammers disse: ”Cristo não se oferece tirá-los daquelas dificuldades, porque vencer dificuldades é o meio apropriado para construir e consolidar o caráter forte.”. “para que sejais tentados.” 

Benjamin Fernando afirmou: “Esmagar um átomo; energia de alta qualidade é liberada em quantidades enormes 
e com efeitos miraculosos.” 

Da mesma forma que o fogo prova o ferro, a tentação o justo. 

A tentação faz-nos ver o que somos.

“e tereis uma tribulação de dez dias.” 

Essa igreja foi encorajada a não fracassar diante dos ataques dos inimigos. 

A perseguição ocorre para apurar a fidedigna fé dos cristãos. 

O número dez, na linguagem apocalíptica, se refere a um pequeno tempo que pode ser suportado. 

Diocleciano empreendeu uma perseguição massacrante entre os anos 302 a 312 d.C., como jamais vista. 

Dez dias, pode se referir também as dez ondas sucessivas como ocorreram: 

> Nero 64-68 d.C. 

> Domiciano 90-95 d.C. 

> Trajano 104-117 d.C.
 
> Aurélio 161-180 d.C.
 
> Severo 200-211 d.C. 

> Máximo 235-237 d.C. 

> Décio 250-253 d.C.
 
> Valério 257-260 d.C. 

> Aureliano 270-275 d.C. 

> Diocleciano 302-312 d.C.

“Sê fiel até a morte.” 

Isto quer significar até o martírio. 

Encontramos aqui uma exortação consoladora. 

Para o mestre Paulo a fidelidade é fruto do Espírito Santo Gl 5.22. 

A Bíblia não nos ensinam como nos preparamos para morte, mas, sim, para a volta de Cristo. 

Seremos coroados não no dia da morte, mas na vinda do Senhor 1 Pe 5.4. 

O sangue dos esmirnenses escoava qual um rio como testemunha de seus mártires. 

O grau do nosso padecimento por causa de Cristo é a fita métrica que mede a nossa glória futura 2 Co 4.17,18; 1 Pe 1.6,7. 

Muitos negam a fidelidade a Cristo não somente com as palavras, às vezes com o silêncio. 

Enquanto os membros da igreja em Esmirna morriam para viver os da igreja em Sardes viviam para morrer 
3.2.“e dar-te-ei a coroa da vida.” 

O rei Alíatis da Lídia destruiu Esmirna em 628 a.C. 

Essa cidade deixou de existir por um período de três séculos. 

Porém voltou a existir na localidade atual em 320 a.C. 

Esmirna foi chamada “a cidade da vida”, por ter sobrevivido à destruição duas vezes. 

Nessa cidade eram dadas coroas aos vencedores nos jogos. 

Em cima do monte Spilos existiam vários edifícios que o coroavam, e, era conhecido como “a coroa de Esmirna.” 

A coroa da vida é, pois o símbolo da vida eterna Tg 1.12; 1 Pe 5.4. 

Após o arrebatamento haveremos de receber cinco coroas:
 
> Coroa incorruptível 1 Co 9.25. Será concedida para aqueles que vencerem a carne com as suas paixões. 

> Coroa da justiça 2 Tm 4.8. Será entregue para os que amarem a vinda de Cristo. 

> Coroa de glória 1 Pe 5.4. Será outorgada para os que trabalharem por amor as almas e não por ganância 
mercenária. 

> Coroa da alegria Fp 4.1. Será para aqueles que viverem para Cristo e para o Seu Reino com profundo amor e 
satisfação espiritual. 

> Coroa da vida Tg 1.12. Será concedida para os que deram ou que seriam capazes de morrerem por amor a Cristo 
devido à fidelidade a toda prova.

11. “O que vencer não receberá o dano da segunda morte.” 

Trata-se, por conseguinte da condenação eterna no lago de fogo e enxofre 21.8. 

Existem três tipos de mortes:

> Morte física. É a separação do espírito do corpo. 

> Morte espiritual. É a separação do espírito do homem e Deus por causa do pecado. 

> Segunda morte. É a separação eterna entre o espírito do homem e Deus, no lago de fogo após o juízo final. 

Todo aquele que nasce uma vez, morrerá duas vezes; mas quem nasce duas vezes, morrerá apenas uma vez. 

A igreja em Esmirna não estava livre de sofrer a primeira morte; mas ela tinha uma garantia de que estaria livre do perigo da segunda. 

CONCLUSÃO:

AS QUATRO MAIORES TRAGÉDIAS DA VIDA

1° Viver neste mundo sem ter abarcado a Cristo!

2. Sair deste mundo sem Ter a certeza de salvação!

3. Morrer sem ter o nome escrito no Livro da Vida!

4. Ter o nome escrito e depois ser ele riscado! 

Venha a Cristo para que seu nome seja escrito!

Faça uma confissão que confirme seu nome no livro da vida (Mt 10. 32; Rm 10. 9,10)

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, PR João Nunes Macahado