TEXTO BASÍCO AT 15: 20,29
INTRODUÇÃO
E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (Atos, 27.15,20,29).
Paulo estava sendo levado como prisioneiro para Itália, juntamente com outros presos, a tripulação do navio era de 276 pessoas, contando com o comandante do navio, o centurião e os soldados. Essa viagem até a Itália, durou cerca de quinze dias e ouve muitas intempéries e desconfortos.
As muitas tempestades sacudiu o navio, a ponto de parti-lo ao meio, deixando todos a deriva no meio do mar, pelo que em última instância eles se salvaram utilizando as partes do navio que serviram de tábuas para chegarem a salvo na praia que dava para uma ilha. Esta vida é como uma viagem, e nós estamos navegando em mar de desafios e dificuldades; enfrentando muitas intempéries e desconfortos, muitas vezes o nosso barco (vida) é sacudido pelas tempestades (problemas) e chegamos ao ponto de perder as esperanças. Mas, o nosso comandante Jesus Cristo, está no nosso barco e não vai deixa-lo naufragar. Como todo o navio precisa de âncora para na hora da tempestade garantir a sua firmeza e estabilidade; Jesus Cristo, é a nossa âncora segura e firme que garante a nossa estabilidade e nos dar a certeza que vamos chegar a salvo ao porto seguro.
TEMPESTADES.
Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euroaquilão. E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa.
Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio. E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma grande tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos (At.27.14,15,18-20).
Não havia perigo de Paulo sofrer dano em qualquer tempestade, a sua vida seria preservada por Deus.
A vontade de Deus era que testificasse em Roma.
Em meio à tempestade reconhecemos o controle de Deus, segundo seu propósito, sobre todas as circunstâncias.
Isto significa bênçãos para os que estão dentro do propósito divino. Do ponto de vista humano, Paulo era mais um prisioneiro no navio. Para Deus, Paulo era o capitão, entre os prisioneiros e os demais.
A situação tornou-se desesperadora. Tanto o capitão como o centurião viram-se incapazes de fazer qualquer coisa.
Paulo, então, levantou-se, não como prisioneiro ou passageiro amedrontado, mas como profeta do Altíssimo.
Paulo anunciou a todos a bordo que um anjo de Deus lhe apareceu, dizendo: "Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo" (27.22-25).
O homem que anda segundo a vontade de Deus, domina todas as circunstâncias e se impõe em qualquer situação.
A tempestade pode vir, mas quando estamos debaixo dos propósitos de Deus, ela não consegue nos destruir.
Assim como Deus estava com Paulo em meio a tempestade e ao perigo, Ele também está contigo. Não temas! Deus vai te tirar do meio desta tempestade.
CONTRASTE ENTRE PAULO E JONAS - Atos, 27. Jonas 1.
A experiência de Paulo na tempestade, dentro da vontade de Deus, contrasta com a de Jonas que estava em desobediência e fora da vontade de Deus.
Comparando as duas situações, notamos:
Paulo viajava como prisioneiro para cumprir sua vocação.
Jonas viajava para fugir da chamada que recebeu.
Jonas se escondeu e dormiu durante a tempestade.
Paulo dirigia as operações e encorajava os passageiros.
Jonas no navio era a causa da tempestade.
Paulo no navio todos seriam preservados da tempestade.
Jonas foi forçado a dar testemunho acerca de Deus.
Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus.
Jonas no navio ameaçava a vida dos marinheiros.
Paulo no navio era a garantia para a vida dos seus companheiros de viagem.
O navio em que Jonas viajava recebeu alívio quando ele foi jogado no mar.
A conservação de Paulo no navio salvou a tripulação da qual era prisioneiro.
Há muitas diferenças em atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de Deus!
Jonas tentando fugir da presença de Deus, tornou-se maldição para os viajantes do navio.
Paulo, andando segundo a vontade de Deus, em comunhão com Ele, tornou-se bênção para todos quantos atravessavam o perigo com ele.
NAUFRÁGIO.
Mas o navio encalhou num banco de areia, onde tocou o fundo.
A proa encravou-se e ficou imóvel, e a popa foi quebrada pela violência das ondas.
Os soldados resolveram matar os presos para impedir que alguns deles fugisse, jogando-se ao mar. Mas o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Então ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem primeiro ao mar em direção à terra. Os outros teriam que salvar-se em tábuas ou em pedaços do navio. dessa forma, todos chegaram a salvo em terra (At.27.41-44).
O navio, finalmente, encalhou na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser despedaçado pelas ondas. Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar que fugissem. Era um costume romano.
A mão de Deus, porém, estava sobre Paulo, o seu mensageiro. O centurião Júlio foi impulsionado a poupar a vida de Paulo, e assim livrou a todos.
Nenhum poder, nos céus ou na terra, impedirá os planos de Deus na vida dos seus servos, enquanto Deus tiver um plano especial para sua vida. O plano de Deus, seria de que Paulo ainda pregaria o Evangelho em Roma. Conforme Paulo havia previsto, todos escaparam ilesos para a terra (At.27.22).
Ficaram na ilha de Malta durante o inverno, um período de três meses.
Após este período de tempo na ilha, embarcaram num navio de Alexandria, o qual tinha por insígnia, Castor e Pólux (At.28.11).
Aqui nós aprendemos que, nem as tempestades ou até mesmo o naufrágio irá impedir os planos de Deus em nossa vida. O barco pode até virá ou se partir ao meio, mas Deus continua no controle da situação, e nada, nem ninguém impedirá os seus propósitos e projetos que Ele já estabeleceu para nossa vida. Amém!
MILAGRES.
Estando a salvo na ilha chamada Malta, mais uma vez foi manifestada a presença de Deus através de Paulo. Primeiro, foi protegido contra os efeitos da mordida de uma víbora. Segundo, ele foi vaso de bênçãos para o pai do administrador da ilha, por nome Públio, que estava com febre e disenteria.
Em seguida vieram os habitantes da ilha que tinham enfermidades, e foram curados. Muitas pessoas na ilha receberam a cura divina através do ministério de Paulo (At.28.1-10).
ÂNCORAS DA ALMA.
E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (At.27.29).
"Lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia".
As tempestades da vida nos submetem a tremendas sobrecargas e nos leva a enfrenta uma noite de grande tribulação, ao ponto que chegamos a desejar com pressa o raiar do dia. Em tais ocasiões, precisamos de realidades espirituais sólidas, como âncoras para a alma.
Nas tribulações e tentações, quais são as grandes âncoras da alma? "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estas três..." (1 Co 13.13).
A estas realidades podemos aplicar as palavras de Paulo: "Se estes não ficarem no navio, não poderei salvar-vos" (At.27.31).
Não importa quão grande sejam as tempestades, quando firmamos a nossa confiança em Deus, chegaremos ao porto seguro.
Fé - A fé se firma nas promessas de Deus.
Esperança - A esperança firma a nossa alma com visões da expectativa futura.
Amor - O amor nos leva a deixar de lado nossas próprias preocupações e ir ao encontro dos outros.
Confiança - Quando depositamos toda nossa confiança em Deus, podemos vencer qualquer tempestade.
CONCLUSÃO:
Geralmente, depois da tempestade vem a bonança. Muitas vezes as tribulações, as lutas, as adversidades, são pedagógicas e servem para nos ensinar lições que jamais aprenderíamos.
Quem nunca passou por uma tormenta, não sabe o que é viver uma tempestade. Nunca devemos lamentar, nem reclamar a Deus por situações adversas, quando estamos debaixo da sua soberana vontade. Mas, que possamos tirar proveito da situação para amadurecermos e crescermos em graça e conhecimento diante de Deus.
Que possamos repetir juntos com Paulo, quando disse: ... Porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fp.4.11-13). Amém!
Autor: Pr Geraldo Barbosa!