quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

A ESCOLA DO DESERTO - ELIAS (PRTE XIII )*

TEXTO BASÍCO I RS 17:1-9

INTRODUÇÃO

1. ENTÃO Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.

2. Depois veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:

3. Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.

4. E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.

5. Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR; porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.

6. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã; como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.

7. E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.

8. Então veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:

9. Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente.

Paralelo entre a história de Elias e os tempos atuais em que estamos vivendo.

I - Deus enviou um juízo, a seca implacável, por causa da apostasia, da opressão ao povo, da idolatria e da perseguição ao seu remanescente fiel (v. 1).

Se não tem enviado, Deus tem ao menos permitido esse vírus como manifestação do seu juízo sobre a terra.

Por qual razão? Apostasia, opressão, idolatria, perseguição ao povo de Deus.

II - Deus ordenou a Elias retirar-se para as bandas de Querite, para ficar escondido nesse deserto (v. 2,3).

De alguma maneira, temos passado por um deserto.

Temos nos retirado de nossa normalidade, temos ficado escondidos em nossas casas.

O deserto não é um acidente de percurso, mas uma agenda de Deus.

É a escola superior do Espírito Santo, onde Deus treina os seus servos.

O deserto não nos promove, mas humilha-nos.

Na escola do deserto, Deus trabalha em nós para depois trabalhar por meio de nós, pois Ele está maisinteressado em quem somos do que no que fazemos.

III - Deus sustentou Elias nos tempos de seca

Deus sustentou Elias em Querite enquanto estava na escola do deserto (v. 4-6).

Deus haverá de nos sustentar também.

A fonte secou (v. 7).

Talvez Deus permita que a fonte de nossa subsistência seque nesse tempo de crise.

Deus preparou outra fonte de provisão para Elias (v. 8,9).

Deus também haverá de preparar alguma fonte de provisão para nós!

Ler v. 14-16.

Quando nossa fonte seca, os mananciais de Deus continuam jorrando.

Quando nossa despensa fica vazia, os celeiros de Deus continuam cheios.

“Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37:25).

IV - Precisamos depender mais do provedor do que da provisão

Deus provê. No entanto, precisamos depender mais de Deus do que da provisão de Deus.

Temos nos preocupado mais com a provisão do que com o provedor?

Muitos talvez estejam se desesperando por causa da provisão, sem dedicar algum tempo para o provedor. Como temos gasto nosso tempo nessa época de isolamento social?

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado



domingo, 3 de dezembro de 2023

ACABE, REI DE ISRAEL..!!!*

TEXTO BASÍCO I Reis 16: 30-33)

INTRODUÇÃO

30.E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do Senhor, mais do que todos os que foram antes dele.

31.E sucedeu que (como se fora pouco andar nos pecados de Jeroboão, filho de Nebate) ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios; e foi e serviu a Baal, e o adorou.

32.E levantou um altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria.

33.Também Acabe fez um ídolo; de modo que Acabe fez muito mais para irritar ao Senhor Deus de Israel, do que todos os reis de Israel que foram antes dele. 1 Reis 16:30-33

O rei Acabe, segundo a Bíblia, era filho do rei Onri. Ele foi um dos reis mais poderosos de Israel. 

Ele reinou sobre as Dez Tribos do Norte de Israel de 874 a 853 a.C. Muitos o consideram o pior rei que o antigo Israel já teve. Sua esposa Jezabel era tão má que passou a simbolizar mulheres vingativas, maliciosas, imorais e cruéis ao longo da história.

Quando Acabe se casou com Jezabel, ele se tornou o primeiro rei israelita na Bíblia que se aliou ao paganismo por meio do casamento. 

Jezebel era uma princesa pagã, filha de um homem de Tiro chamado Etbaal, que era um sacerdote da deusa Astarote (também chamada pelo nome Eastre) .

O rei, persuadido por sua esposa, construiu um altar em Samaria (capital das dez tribos do norte de Israel) dedicado ao falso deus Baal. Deus, é claro, se entristeceu com o rei por fazer tal ato (1 Reis 16:30-33).

Acabe e profeta Elias

O patrocínio de Jezabel aos cultos a Baal e Aserá levou Acabe a um confronto direto com um dos maiores profetas, Elias. 

Ele apareceu de repente diante do rei e desafiou Baal, declarando que apenas por sua palavra haveria não chuva ou orvalho na terra (1 Reis 17:1). 

Antes que Acabe pudesse detê-lo, Elias havia partido e, apesar de uma busca internacional, Elias permaneceu escondido (18:9). Depois de três anos, Elias procurou o rei, que agora procurava pasto para seus cavalos (18:5-6). 

O desafio no monte Carmelo

Obadias, que estava no comando do palácio de Acabe, trouxe-lhe a notícia de onde Elias poderia ser encontrado e quando se encontraram, Acabe o acusou de ser um "perturbador de Israel". 

A resposta do profeta o deixou atordoado ao se ver acusado de ser a causa das crises generalizadas em Israel. 

Elias, pediu-lhe que reunisse, no monte Carmelo, todo o Israel, os 450 profetas de Baal e os 400 de Aserá, que comiam na mesa de Jezabel. 

Ali, Elias disse ao povo: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; e se for Baal, segui-o. Porém, o povo não respondeu nada.” – I Reis 18. 21.

Sem outra palavra, Acabe aceitou o desafio que Elias lançou aos profetas de Baal e Aserá no Monte Carmelo (18:16-20). 

Depois, propôs ao povo um desafio: que se tomassem dois bezerros, um para os profetas de Baal e outro para ele. 

Deviam preparar todo o sacrifício, mas não colocariam fogo. Cada um clamaria ao seu deus para que consumisse com fogo do céu o holocausto. 

O deus que respondesse com fogo seria, de fato, o verdadeiro Deus. O povo respondeu a Elias: “É boa esta palavra” (I Reis 18.24). 

Durante a prova, o contraste entre os adoradores de Baal e Elias foi enorme. 

Os de Baal mostraram fanatismo, histeria, esforço físico e descontrole emocional. Tudo sem resultado algum. 

Elias, contudo, mostrou serenidade, confiança, desprezo pelos recursos dos idólatras e impôs condições mais difíceis para si: molhar o holocausto três vezes, pois estava certo de que Deus lhe responderia com fogo do céu, como de fato aconteceu. 

O fogo consumiu não só o bezerro, como também lambeu a água acumulada no rego. 

O povo, vendo isso, exclamou: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (I Reis 18. 39). 

Elias, então, pediu ao povo que lançasse mão de todos os profetas idólatras e foi atendido, e os profetas foram levados ao ribeiro de Quison, onde Elias os matou.

Durante este famoso desafio, Acabe era pouco mais que um espectador silencioso, mas quando acabou, Elias disse ao rei para ir comer e beber enquanto ele iria se afastar e orar pelo fim da seca. Voltando da montanha, Elias avisou Acabe que uma forte chuva estava a caminho e que ele deveria se apressar e ir em sua carruagem para Jezreel.

Acabe a a vinha de Nabote

O caso da vinha de Nabote dá uma visão justa de seu caráter. 

Acabe tinha o direito de oferecer a compra do vinhedo de seu legítimo proprietário e, segundo as leis de Israel, Nabote tinha o direito de recusá-lo (cf. Lv 25:23-28; Nm 36:7-12), o que ele fez. 

Acabe foi para casa e ficou de mau humor. Jezabel, que não se importava com as leis de Deus, tramou a morte de Nabote. É provável que a sua educação fenícia lhe tenha ensinado que os desejos do rei não deviam ser negados. 

Profetas predizem a morte

No entanto, quando Acabe chegou para reivindicar sua propriedade que pertencia a Nabote, ele enfrentou mais uma vez a ira do profeta Elias, o tisbita (1 Reis 21:18), que pronunciou sua condenação, juntamente com a de sua esposa. Sua casa seria encerrada abruptamente e os corpos de seus filhos ficariam insepultos nas ruas e campos. 

Quando ele se arrependeu, porém, Deus o deixou viver e adiou o castigo sobre sua posteridade (1 Reis 21:17-29). 

Jezebel não experimentou tal arrependimento como seu marido. 

O Eterno falou que após sua morte os cães lutariam para comer sua carne junto ao muro de Jezreel (1 Reis 21:23).

Um profeta chamado Micaías profetizou que a morte de Acabe ocorreria na cidade de Ramote-Gileade. 

O rei esperava que, ao se disfarçar, evitasse danos durante a batalha na cidade. Seus planos falharam, entretanto, e ele foi morto por uma flecha perdida (1 Reis 22:30-37). 

Alguns cães, quando a carruagem em que ele morreu foi lavada, vieram e lamberam seu sangue. 

Este foi um cumprimento parcial de uma profecia que Elias deu em 1 Reis 21:19.

Quem, então, era como o rei Acabe na Bíblia? Existem várias referências bíblicas a monarcas, além dele, que andaram nos pecados de Jeroboão (1 Reis 14:16, 15:28, 31, 16:2, etc.). 

Ele, no entanto, foi considerado um dos, senão o, pior e mais perverso governante do povo de Deus.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!


UZÀ, AS CONSEQUÊNCIAS DA DESOBEDIÊNCIA E ÀS INSTRUÇÕES DE DEUS...!!!!*

TEXTO BASÍCO I CR 13: 1-14

INTRODUÇÃO

Então disse toda a congregação que se fizesse assim; porque este negócio pareceu reto aos olhos de todo o povo.1 crônicas 13: 4

As circunstâncias que resultaram na morte de Uzá estão registradas em 1 Crônicas 13.1-14. 

O rei Davi decidiu trazer a Arca da Aliança de Quiriate-Jearim para Jerusalém, uma distância de cerca de 16 kms, e ele mandou construir um novo carro de bois para carregá-la.

Enquanto eles viajavam para Jerusalém, os bois tropeçaram. Uzá, que caminhava ao lado da carroça, estendeu a mão para evitar que a arca caísse.

"Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali perante Deus" (1 Crônicas 13.10)

Parecia ter sido uma reação automática por parte de Uzá (também escrito sobre Uzá no relato paralelo de 2 Samuel 6), mas Deus considerou suas ações tão sérias que o matou.

Por que Deus matou Uzá? Deus estava sendo excessivamente duro e cruel?

Desobedecer as instruções de Deus

Este incidente é um exemplo de pessoas desrespeitando as instruções de Deus e fazendo o que era certo aos seus próprios olhos. 

Deus havia dado instruções claras sobre como a arca deveria ter sido transportada.

Em Êxodo 25.14-15  e Deuteronômio 10.8  vemos que a arca estava equipada com varas para serem carregadas nos ombros dos levitas. 

Números 7.9 acrescenta que esse grupo de levitas, os filhos de Coate, não usavam carroças “porque deles era o serviço das coisas sagradas, que deviam levar nos ombros”. E, enquanto carregava as coisas sagradas, Deus advertiu claramente os levitas: “não tocarão em coisa alguma sagrada, para que não morram” (Números 4.15). 

Tanto Davi quanto Uzá esqueceram ou desconsideraram essas instruções.

O relato paralelo em 2 Samuel 6.6-7 afirma que Uzá “pegou nela” e “se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o feriu, por ter estendido a sua mão à arca; e morreu ali perante Deus”.

Se Deus tivesse comprometido Sua santidade ao ignorar a falta de cuidado e reverência de Uzá e Davi, as pessoas poderiam compreensivelmente concluir que Sua santidade não era algo tão sério e começariam a tratar Deus com desrespeito, de outras maneiras. 

Ao mostrar sua seriedade, Deus procurou proteger o povo de cometer esse erro destrutivo.

Deus esperava que as pessoas tratassem a arca com o maior respeito. Em um incidente, vários habitantes de Bete-Semes foram mortos por profanarem a arca (1 Sm 6.19).

Davi reconhece seu erro

Inicialmente Davi se entristeceu com a morte de Uzá. 

O ardor da ira de Davi não foi dirigido contra Deus, mas se referia à calamidade que se abateu sobre Uzá, ou falando mais corretamente, à causa dessa calamidade, que Davi atribuiu a si mesmo. ou ao seu empreendimento. 

Como ele não apenas havia decidido a remoção da arca, mas também havia planejado a maneira pela qual ela deveria ser levada para Jerusalém, ele não pôde atribuir a ocasião da morte de Uzá a nenhuma outra causa além de seus próprios planos.

Após a confusão inicial de Davi, ele percebeu que havia agido contrariamente às instruções claras de Deus sobre como transportar a arca.

Em 1 Crônicas 15.2 lemos: “Então disse Davi: Ninguém pode levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os escolheu, para levar a arca de Deus, e para o servirem eternamente”.

Neste ponto, Davi entendeu que a arca deveria ser carregada com varas nos ombros dos levitas, assim como Deus havia ordenado a Moisés (1 Crônicas 15.15). 

Em seguida, os sacerdotes e levitas santificaram-se em preparação “para fazer subir a arca do Senhor Deus de Israel” (1 Crônicas 15.14).

Quando eles seguiram cuidadosamente as instruções de Deus, eles enfim conseguiram trazer a arca “com alegria” (1 Crônicas 15.25), e eles completaram a jornada com sucesso sem mais nenhum contratempo. Que diferença de sua primeira tentativa!

Lições para nós

Muitas referência nas escrituras mostram que Deus não é cruel e vingativo. 

Em vez disso, “Deus é amor” ( 1 João 4.8 ), e Ele estava disposto a sacrificar Seu Filho Jesus Cristo para que todas as pessoas tivessem a oportunidade de herdar a vida eterna em Seu Reino (1 Timóteo 2.4; 2 Pedro 3.9). Deus sempre age para o bem das pessoas.

Outro princípio importante é que devemos agir de acordo com a vontade de Deus – fazer exatamente como Deus instrui. 

Quando começarmos a usar nosso próprio raciocínio ou menosprezar Suas instruções, as consequências serão graves. Provérbios 3.5-7 diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento; em todos os seus caminhos reconheça-O, e Ele dirigirá seus caminhos. Não seja sábio aos seus próprios olhos”.

Mesmo que nossas ações sejam bem-intencionadas, o resultado pode ser grave se nossas decisões forem contrárias aos mandamentos de Deus. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14.12).

A triste história da tentativa fatal de Uzá de firmar a arca de Deus é uma lição dolorosa que ressalta a necessidade de fazer o que é certo aos olhos de Deus, não aos nossos próprios olhos. 

A tendência de fazer o que parece bom aos nossos olhos está no centro da rebelião humana contra a autoridade de Deus (cf. Gn 3.6).

Na maioria das vezes queremos ver apenas a nossa própria opinião pessoal (aquilo que parece certo aos nossos olhos) e não através das lentes dos princípios bíblicos. 

No entanto, como mostra o incidente com Uzá, o que é certo aos nossos olhos é irrelevante e frequentemente desastroso.

Para nosso aprendizado

O apóstolo Paulo ensinou: “Pois tudo o que antes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos 15.4). 

O incidente com Uzá é um exemplo disso, pois aprendemos importantes lições que sua morte nos ensina. 

Deus tem o direito de tirar a vida, mas também tem o poder e o desejo amoroso de dar a vida eternamente.

Deus só quer o melhor para todas as pessoas. Ele está cheio de misericórdia, bondade, paciência, compaixão e perdão – possuindo poder total e completo. Cabe a cada um de nós exaltar e adorar o Deus vivo. 

Vamos ter certeza de que nossa vida diária é baseada nos princípios que Deus delineou em Sua Palavra para nosso benefício, e não em nosso próprio raciocínio, valores e padrões pessoais.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!


BELZEBU deus de ecrom*

TEXTO BASÍCO II RS 1: 2

INTRODUÇÃO

E caiu Acazias pelas grades de um quarto alto, que tinha em Samaria, e adoeceu; e enviou mensageiros, e disse-lhes: Ide, e perguntai a Baal-Zebube, deus de Ecrom, se sararei desta doença. 2 Reis 1:2

Belzebu é a forma grega do nome Baal-Zebube, um deus pagão filisteu adorado na antiga cidade filisteia de Ecrom durante os tempos do Antigo Testamento. 

É um termo que significa "o senhor das moscas"  

Escavações arqueológicas em antigos sítios filistinos revelaram imagens douradas de moscas. Depois da época dos filisteus, os judeus mudaram o nome para "Belzebu", como usado no Novo Testamento grego, que significa "senhor dos estercos". 

Esse nome fazia referência ao deus da mosca que era adorado para obter a libertação das lesões daquele inseto. 

Alguns estudiosos bíblicos acreditam que Belzebu também era conhecido como o "deus da sujeira", que mais tarde se tornou um nome de amargurado desprezo na boca dos fariseus. Como resultado, Belzebu foi uma divindade particularmente desprezível, e seu nome foi usado pelos judeus como um epíteto de Satanás.

A palavra tem duas partes: Baal, que era o nome dos deuses da fertilidade cananeus no Antigo Testamento; e Zebul, que significa "habitação exaltada". Colocando as duas partes juntas, elas formaram um nome para o próprio Satanás, o príncipe dos demônios. 

Esse termo foi usado pela primeira vez pelos fariseus ao descrever Jesus em Mateus 10:24-25. 

Anteriormente, haviam acusado Jesus de expulsar os demônios "pelo maioral dos demônios" (Mateus 9:34), referindo-se a Belzebu (Marcos 3:22; Mateus 12:24).

Em Mateus 12:22, Jesus curou um homem endemoninhado que era cego e mudo. Como resultado, "toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi? Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios" (Mateus 12:23-24).

É notável que os fariseus tenham reagido a esse incrível milagre feito por Jesus da maneira muito oposta à da multidão, a qual percebera que Jesus era de Deus. De fato, os próprios fariseus admitiram que Jesus operou milagres ou realizou sem auxílio atos fora do alcance de qualquer poder humano, mas eles atribuíram esse poder a Belzebu em vez de a Deus. 

Na verdade, deveriam saber bem que o diabo não pode fazer obras de bondade pura. Contudo, em seu orgulho egoísta, esses fariseus sabiam que, se os ensinamentos de Jesus prevalecessem entre o povo, sua influência sobre eles terminaria. 

Então, não negaram o milagre, mas, ao invés, atribuíram-no a um poder infernal: "Belzebu, maioral dos demônios".

A questão maior é esta: que relevância isso tem para nós como cristãos hoje? 

Em Mateus 10: Jesus nos fornece a própria essência do que significa ser Seu discípulo. 

Aqui aprendemos que Ele está prestes a enviar Seus apóstolos ao mundo para pregar o evangelho (Mateus 10:7). 

Ele lhes dá instruções específicas sobre o que fazer e o que não fazer. Jesus os adverte: "E acautelai-vos dos homens; porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas... Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo" (Mateus 10:17, 22). 

Então Ele acrescenta: "O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?" (Mateus 10:24-25).

O ponto que Jesus está fazendo para nós hoje é que, se as pessoas estão chamando-O de Satanás, como fizeram os fariseus de Seu tempo, então certamente chamariam Seus discípulos do mesmo jeito. 

Em João capítulo 15, Jesus declara: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. 

Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou" (João 15:18-21).

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!