sábado, 9 de dezembro de 2023

ELEMENTOS DA ORAÇÃO EFICAZ - ELIAS ( PARTE VI )*

TEXTO BASÍCO I RS 18: 41-46

INTRODUÇÃO

41. Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque há ruído de uma abundante chuva.

42. E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e pôs o seu rosto entre os seus joelhos.

43. E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes.

44. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça.

45. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel.

46. E a mão do SENHOR estava sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e veio correndo perante Acabe, até à entrada de Jizreel.

“Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva” (Tg 5.16b-18).

O apóstolo Tiago se referiu ao profeta Elias como alguém que orava de forma eficaz.

Nós também precisamos aprender a orar eficazmente, à semelhança de Elias.

O texto nos traz alguns elementos da oração eficaz que precisamos aprender a praticar.

I - A oração eficaz carrega consigo o elemento da fé, da certeza – v. 41

Elias tinha tanta certeza (tanta fé) de que a chuva viria que mandou Acabe voltar para casa antes que fosse impedido pela tempestade que haveria de cair.

Vale aqui relembrar: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1).

Elias tinha certeza e convicção da chuva. No entanto, ele tinha tal fé, certeza e convicção, pois sabia que essa era a vontade de Deus, era promessa de Deus.

A oração eficaz sempre é realizada de acordo com a vontade de Deus, de acordo com as promessas de Deus.

“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (o 15:7).

“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14).

Há pessoas que se frustram, pois querem exercer fé em relação àquilo que não está de acordo com a vontade de Deus, que o Senhor não prometeu.

Quando não está cristalino nas Escrituras, ou não temos o claro testemunho interior do Espírito Santo quanto a alguma questão pela qual oramos, devemos submeter a nossa vontade à vontade de Deus: “faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).

II - A oração eficaz é realizada pelos intercessores enquanto outros comem e bebem – v. 41,42

Enquanto Acabe comia e bebia, Elias orava, clamava, intercedia.

O custo de ser um intercessor é muito alto; há um preço alto a ser pago. Por isso tal chamado à intercessão é tão negligenciado.

“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30).

Se Deus te chamou para esse importante ministério, não olhe para os outros, não se incomode com o que eles estão fazendo, se estão desfrutando da vida enquanto você se coloca na presença de Deus. Cumpra o seu chamado e Deus te recompensará!

III.) A oração eficaz é praticada em isolamento – v. 42

Elias subiu até o alto do Monte Carmelo para fugir da agitação, do barulho, das distrações (a agitação devia estar grande no lugar em que havia acontecido o desafio e os profetas de Baal haviam sido mortos).

Em alguns momentos não será possível se isolar para orar, mas precisamos desenvolver o hábito de constantemente nos afastarmos em quietude para orar eficazmente.

Jesus é o nosso modelo nesse aspecto e nos instruiu a agir assim:

“Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava” (Mc 1.35).

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava” (Lc 5.16).

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.6).

Temos fugido da agitação, do barulho e das distrações para orar eficazmente?

IV - A oração eficaz é acompanhada por uma atitude de humilhação – v. 42

Elias se inclinou (encurvou) e colocou a cabeça entre os joelhos, se humilhando diante do Senhor.

“O momento mais vulnerável surge logo depois de uma grande vitória. 

A humildade não vem junto com os prêmios e as conquistas. Apesar de Elias ter acabado de passar por uma das maiores e notórias vitórias de sua vida, ele não foi arrogante. Foi direto […] perante Deus” (C. Swindoll).

“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5.6).

Oração é sinal de dependência, e, portanto, de humilhação. Quando não oramos talvez estejamos demonstrando uma atitude de arrogância e autossuficiência.

V - A oração eficaz é marcada pela constância e persistência – v. 43

Enquanto se mantinha com o rosto em terra, por sete vezes, Elias disse ao seu moço para verificar se havia alguma nuvem, algum sinal de chuva, vindo do lado do Mar Mediterrâneo.

Ele não desistiu na primeira e nem na segunda vez. Foi constante e persistente (Tg 5.17).

Abraão foi insistente em sua intercessão pelos justos de Sodoma e Gomorra (Gn 18.32); Jacó insistiu com o anjo do Senhor para que este o abençoasse (Gn 32.26); a mulher cananeia persistiu com Jesus para que Ele curasse a sua filha endemoninhada (Mt 15.27).

A introdução à parábola do juiz iníquo diz: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18.1).

Se quisermos que nossa oração seja eficaz precisaremos aprender a sermos constantes e persistentes em nosso clamor.

VI - A oração eficaz enxerga grandes respostas a partir de pequenas evidências – v. 44,45a

Bastou o moço de Elias ver se levantando do mar uma nuvem pequena como a palma da mão do homem, para que o profeta entendesse que uma grande chuva estava chegando.

Se você tem orado persistentemente por algum pedido, um pequeno sinal pode ser a evidencia de que a resposta à sua oração está a caminho.

Quando prometeu a libertação do cativeiro da Babilônia, Deus falou ao seu povo: “Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis?” (Is 43.19).

Vocês não conseguem perceber o que Eu estou fazendo como resposta da oração de vocês para tirá-los do cativeiro?

Fique atento aos pequenos indícios que Deus envia e se prepare para a chegada das bênçãos!

VII - A oração eficaz nos capacita para fazermos coisas extraordinárias pelo poder de Deus – v. 45b,46

Como resultado dos planos de Deus para a vida do profeta, de sua vida de comunhão com Deus e oração, a mão do Senhor veio sobre Elias que correu 25 km adiante da carruagem do rei Acabe.

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.12-14).

Notar que a promessa acima está dentro de um contexto de oração.

Se aprendermos a orar eficazmente, se estivermos no centro da vontade de Deus, à semelhança do que aconteceu com Elias, a mão do Senhor pode vir sobre nós para que coisas extraordinárias sejam feitas por nosso intermédio.

Conclusão:

Parece ser muito difícil observar todos esses elementos de uma oração eficaz, não é verdade?

No entanto, não nos esqueçamos de que “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos”, e mesmo assim orou com eficácia.

“Ele era feito de carne e osso […] ele ficou realmente desanimado e teve alguns desapontamentos. 

Ele teve falhas, fracassos e dúvidas. Ele era apenas um homem, com a mesma natureza que eu e você temos […] nunca esqueceu sua humanidade” (C. Swindoll).

Se mesmo limitado, Elias foi ouvido e usado por Deus através da oração, o mesmo pode ocorrer comigo e com você!

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado

CURA E VITÓRIA SOBRE O DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL - ELIAS ( PARTE VII )*

TEXTO BASÍCO I RS 19:1-18

INTRODUÇÃO

18 Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou.

Elias era um homem sujeito aos mesmos sentimentos e fraquezas que todos nós.

Depois de reaparecer em cena, enfrentar e vencer os profetas de Baal e orar para que Deus enviasse chuvas novamente, Elias passou por um momento de instabilidade emocional.

“Nossos momentos mais vulneráveis muitas vezes surgem logo depois de uma grande vitória” (C. Swindoll).

Tristeza, desmotivação, desânimo, depressão, fundo do poço e desespero são expressões que podem definir esse momento na vida do profeta.

Talvez já tenhamos vivido momentos assim, talvez estejamos vivendo ou ainda viveremos.

Portanto, esse texto pode ser de grande valia e ensinamento para as nossas vidas.

O desequilíbrio emocional tem suas causas, seus sintomas e existem formas de vencê-lo.

O texto nos mostra alguns ensinos sobre causas, sintomas e formas de vitória e cura sobre o desequilíbrio emocional:

I - O desequilíbrio emocional pode surgir como consequência de ameaças – v. 1,2

A ameaça da rainha Jezabel levaram Elias a um processo de instabilidade emocional.

Problemas familiares, profissionais, financeiros, ministeriais, possibilidades de perdas podem representar tipos de ameaças que se não forem bem trabalhados em nossas emoções podem causar desequilíbrio e instabilidade emocional.

Como se prevenir? Cuide do seu relacionamento conjugal, dê uma boa criação e educação para os seus filhos, procure ter uma vida financeira equilibrada, conheça a Deus e mantenha comunhão com Ele.

Ainda assim ninguém está isento de viver momentos difíceis em suas emoções.

II - O desequilíbrio emocional se manifesta através de vários sintomas – v. 3-14

Somando todos os sintomas acima, podemos afirmar que Elias teve um quadro depressivo. Senão vejamos:

Medo – v. 3 (Uma certa dose de medo pode ser até positiva, mas temos que ficar atentos quando o medo começa a dominar e se torna em pânico).

Interrupção da normalidade, da rotina diária – v. 3 (Deixou o seu moço em Berseba)

Fuga – v. 3,4 (Deserto é um símbolo de aridez, inclusive emocional)

Ausência do prazer de viver – v. 4 (Pediu a morte para si; Moisés (Nm 11.15) e Jonas (Jn 4.3) também chegaram a pedir a morte).

Autodepreciação – v. 4 (“Eu sou um fracasso” NTLH).

Alteração do sono e do apetite – v. 5-8

Solidão e isolamento – v. 3,4,9 (Não quis a companhia do seu moço; entrou na caverna)

Desânimo, lamentação, autocomiseração – v. 10

Falta de sensibilidade espiritual – v. 11-14 (Mesmo depois de o Senhor se revelar Elias continuava com o mesmo discurso!)

Temos de ficar atentos a comportamentos suspeitos de nossos cônjuges, filhos e entes queridos.

III.) O desequilíbrio emocional é vencido quando percebemos que Deus está cuidando de nós em todos os detalhes e em todos os momentos – v. 5-8

Deus enviou comida e água através de um anjo; Deus o conduziu até o Monte Horebe/Sinai.

“Deus permitiu que Elias tivesse um momento de descanso e refrigério. Sem sermão. Sem repreensão. Sem culpa […] Nenhum relâmpago do céu dizendo: ‘Veja só seu estado! Levante-se seu ingrato inútil! 

Fique em pé! Rápido, de volta ao trabalho!’ Ao invés disso, Deus disse: ‘Acalme-se meu filho. Relaxe’ […] O cansaço pode fazer que você mude de rumo. A fadiga pode […] fazer que você acredite em mentiras” (C. Swindoll).

Você tem reconhecido o cuidado de Deus sobre a sua vida em todos os detalhes?

IV - O desequilíbrio emocional é vencido quando não negligenciamos o confronto amoroso de Deus para conosco – v. 9-14

Deus perguntou duas vezes: “O que fazes aqui, Elias?”

Deus disse para Elias sair de dentro da caverna (v. 11) – Deus queria puxar “Elias para fora da caverna da autocomiseração, da desmotivação e da depressão” (C. Swindoll). 

Ele quer fazer o mesmo conosco!

Elias aprendeu que o Senhor não é um Deus de espetáculos. 

Às vezes a obra dEle é experimentada na simplicidade, no silêncio, na calmaria e não na agitação e no barulho.

Temos estado atentos ao confronto amoroso de Deus para conosco?

V - O desequilíbrio emocional é vencido quando tomamos consciência da missão, do propósito e dos planos de Deus para nós – v. 15-16

Deus levantou Elias daquele momento de depressão mostrando-lhe missões específicas, mostrando-lhe Seus propósitos e planos para a vida do profeta.

Deus tem uma missão para cada um de nós. Ele tem propósitos e planos específicos para as nossas vidas. Busquemos conhecê-los e saiamos a conquistá-los.

“O que fazes aqui Elias? […] Vai, volta ao teu caminho”. Saia da caverna e cumpra os propósitos de Deus para a sua vida!

VI - O desequilíbrio emocional é vencido quando Deus nos mostra que Ele está agindo, ainda que os nossos olhos naturais não estejam conseguindo perceber a ação de Deus – v. 18

Elias pensou que só ele se mantinha fiel ao Senhor. 

Pensou que ninguém mais estivesse abrindo o coração para a ação de Deus. No entanto estava enganado. 

Havia ainda sete mil que não tinham se dobrado diante de Baal. 

Ainda que Elias não estivesse percebendo, Deus estava agindo!

Ainda que os nossos olhos naturais não estejam conseguindo ver o agir de Deus, Ele está agindo! E esta convicção nos leva a vencer o desequilíbrio emocional!

VII - O desequilíbrio emocional é vencido quando entendermos que não podemos ficar sozinhos – v. 16 b

“Deus providenciou um amigo próximo e pessoal […] Deus permitiu que Elias passasse o seu manto para Eliseu, seu sucessor […] Deus não deu a Elias apenas um sucessor: deu também um amigo próximo, pessoal, alguém que amava Elias e o compreendia suficientemente bem para servi-lo e encorajá-lo” (C. Swindoll).

Deus também haverá de preparar amigos para nós. Temos de estar atentos e abertos quando esses amigos surgirem.

“O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18:1 ARA). 

“Quem se isola, busca interesses egoístas, e se rebela contra a sensatez” (Pv 18:1 NVI).

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado

O CHAMADO DE DE DEUS PARA O SAGRADO MINISTÉRIO - ELIAS ( PARTE VIII )*

TEXTO BASÍCO I RS 19:16b-21

INTRODUÇÃO

16. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar.

17. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.

18. Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou.

19. Partiu, pois, Elias dali, e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, e ele estava com a duodécima; e Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele.

20. Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; pois, que te fiz eu?

21. Voltou, pois, de o seguir, e tomou a junta de bois, e os matou, e com os aparelhos dos bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram; então se levantou e seguiu a Elias, e o servia.

Falar um pouco do processo do chamado de Deus para a minha vida para o exercício do ministério.

Espero estar errado, mas me parece que não temos tido tantos jovens chamados para o ministério hoje em dia, como em dias anteriores.

Por quê? Talvez essa mensagem possa mostrar algumas razões dessa triste constatação.

O texto bíblico nos mostra alguns ensinamentos sobre o chamado, sobre a vocação de Deus para o ministério.

I - A vocação para o ministério ocorre quando os líderes que estão na ativa entendem que, atentos à direção de Deus, devem identificar, desafiar e treinar os seus sucessores – v. 16b, 19b

Deus indicou para Elias quem deveria ser o seu sucessor. 

Os líderes devem ficar atentos à voz de Deus para saberem quais serão os seus sucessores, em quem devem investir o seu tempo para treiná-los para a sucessão.

Os líderes são responsáveis por identificar os chamados, mas o chamado é de Deus. Ou seja, é Deus quem chama.

Aquele que não foi chamado por Deus não aguenta, não suporta, os desafios do ministério.

Lançar o manto aqui foi um desafio que Elias lançou para que Eliseu abraçasse o chamado de Deus para a sua vida. 

Os líderes devem desafiar pessoas vocacionadas para o ministério.

Depois de identificar e desafiar, o líder deve treinar os vocacionados.

Isso é necessário para que o nosso trabalho tenha continuidade mesmo depois de nossa partida.

Um líder que não deixar sucessores na liderança provavelmente terá falhado como líder.

Jesus formou uma equipe que deu sequência à sua visão e missão.

Pr Alídio Flora Agostinho formou dezenas de líderes que hoje dão continuidade à denominação avivalista.

II - A vocação para o ministério não é para desocupados e nem para preguiçosos – v. 19 a

Eliseu estava lavrando (arando) a terra com doze juntas (pares) de bois.

Provavelmente a terra, os bois, e os aparelhos de arar pertenciam à sua família; os onze homens que iam à sua frente provavelmente fossem servos de sua família.

Observamos que Eliseu estava trabalhando, provavelmente liderando os servos no trabalho, possivelmente cuidando dos interesses de sua família. Ou seja, estava ocupado!

“Moisés cuidava das ovelhas; Gideão malhava o trigo; Pedro, Tiago e João viviam ocupados no negócio de pescaria; Neemias era copeiro do rei. O Senhor não tem lugar para pessoas preguiçosas” (Warren W. Wiersbe).

Alguns talvez pensem: “Já que não estou fazendo nada da vida acho que vou ser pastor ou missionário”. Muito provavelmente, você não é a pessoa certa para o ministério.

Vários pastores e missionários abandonaram carreiras e oportunidades promissoras para abraçarem o sagrado ministério.

III - A vocação para o ministério deve ter obediência e entrega imediata, sem que nada e ninguém nos impeça de obedecer ao chamado de Deus – v. 20

Eliseu imediatamente deixou os bois e correu atrás de Elias.

Pediu para se despedir do pai e mãe, comprometendo-se a seguir Elias logo na sequência.

Elias permitiu, mas disse: “Vai e volta”. Ou seja, dois “V”s.

Eliseu matou os dois bois e usou os aparelhos de arar a terra com os bois para fazer o fogo para assar as carnes.

Eliseu fez uma espécie de festa de despedida.

Mas note que Ele obedeceu imediatamente.

Ele renunciou a convivência com a sua família, se desfez do seu meio de subsistência para não ter como voltar atrás ou se arrepender (Lc 9.62), abriu mão da riqueza e do luxo da família.

Isso tudo foi um ato de fé, obediência e entrega.

Ele se desvencilhou de tudo aquilo que poderia impedi-lo de exercer o chamado ao ministério.

“Quem segue a Cristo deve desembaraçar-se de todos os laços que o prendem ao mundo” (B. Shedd).

A entrega e a obediência imediatas não excluem o ponto seguinte.

IV - A vocação para o ministério deve ser observada através das devidas etapas, sem que estas sejam antecipadas v. 21 b

Eliseu não queimou etapas, se dispôs a servir Elias antes de ser o seu sucessor.

Josué serviu fielmente a Moisés e foi treinado por este antes de ser o seu sucessor.

O chamado pode ser comprometido se a pessoa não tiver a paciência de esperar o cumprimento de cada etapa necessária.

Primeiro é necessário caminhar junto com o líder, servi-lo, observá-lo, aprender.

Muitos bons líderes em potencial comprometem um futuro brilhante, pois se acham melhores e mais preparados do que os mentores que Deus colocou sobre eles.

Por isso temos visto se multiplicarem igrejas e líderes sem nenhum lastro.

Os líderes têm razões que os liderados desconhecem. 

Algumas coisas parecem extremamente fáceis na teoria, mas não o são na prática.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado

QUANDO TRANSBORDA O CÀLICE DA IRA DE DEUS - ELIAS ( PARTE IX )*

TEXTO BASÍCO I RS 21:1-29

INTRODUÇÃO

20. E disse Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? E ele disse: Achei-te; porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do SENHOR.

“Deus é bom […] Deus também é justo […] Amamos o fato de Deus ser bom e compassivo, mas não é com facilidade que aceitamos que Ele é justo […] Gostamos de falar e celebrar o amor de Deus […] Mas há outro lado de sua personalidade que não podemos negar ou ignorar: a ira de Deus […] sua compaixão tem limite […] Deus pode chegar ao fim de sua paciência […] Chega uma hora em que Deus finalmente diz àqueles que teimam em não ouvir: ‘Você foi longe demais! Basta!’” (C. Swindoll).

“O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado de repente sem que haja cura” (Pv 29:1 ARA).

“Quem insiste no erro depois de muita repreensão, será destruído, sem aviso e irremediavelmente” (Pv 29:1 NVI).

“Quem é repreendido muitas vezes e teima em não se corrigir cairá de repente na desgraça e não poderá escapar” (Pv 29:1 NTLH).

Diante do que foi exposto acima, o texto nos ensina sobre algumas atitudes que jamais devemos praticar.

I - Jamais tenha, como adulto, a atitude de uma criança mimada e manipuladora – 1 Rs 21.1-7

Acabe deseja possuir a vinha de Nabote – v. 1,2

Nabote se recusa a dar (vender, trocar) a herança de seus pais (v. 3), pois “de acordo com as leis hebraicas, os terrenos não deveriam ser vendidos, porque eram um patrimônio familiar” (B. E. Almeida).

Por ter tido o seu desejo rejeitado, Acabe age como uma criança mimada e manipuladora – v. 4

Provavelmente queria chamar a atenção da esposa para que ela fizesse algo para que a sua vontade (de Acabe) fosse feita – v. 5-7

“Como uma criança, ele quer o que quer porque quer […] está fazendo beicinho como uma criança que não ganhou o que queria […] depois que Acabe conta porque está fazendo beicinho e não quer comer, ela [Jezabel] imediatamente toma o assunto em suas mãos” (C. Swindoll).

Jezabel achava que por Acabe ser rei ele poderia fazer o que quisesse, possuir o que desejasse.

Aplicação: É algo desprezível quando um adulto age como um menino mimado e tenda manipular os outros para que façam a sua vontade. E por incrível que pareça existe muitos adultos assim. 

Esse é o seu caso? Espero que não! 

Se for, trate de mudar de atitude.

II - Jamais seja o autor, e nem mesmo participe, de um ato deliberado de assassinato de reputação, e muito menos de um assassinato literal – 1 Rs 21.8-14

Note como Acabe era um fantoche nas mãos da esposa.

Jezabel forja uma situação com os anciãos e nobres de Israel para que a reputação e a vida de Nabote fossem assassinadas.

Jazabel foi uma mulher tão maligna que nem o seu esposo, nem os anciãos, nem os nobres da cidade a enfrentavam, e quando ela ameaçou Elias de morte ele entrou em depressão (1 Rs 19).

Ela foi fria e calculista em seu plano para eliminar Nabote do caminho para que o seu marido tivesse o que desejava.

Aplicação: mais do que podemos imaginar, as pessoas se unem para acabar com a reputação daqueles que querem tirar do seu caminho, e até mesmo para tirar a vida daqueles que os atrapalham em seus planos malignos.

Ex.: história do assassinato de um pastor de uma grande denominação que me foi relatado pela viúva, irmã de uma conhecida minha!

Que Deus nos guarde desse tipo de comportamento!

III - Jamais aja sem o mínimo de temor a Deus – 1 Rs 21.15,16

Sem o mínimo temor a Deus e com a consciência totalmente cauterizada, Jezabel comunica a Acabe a morte de Nabote e o manda tomar posse da vinha – v. 15

Sem o mínimo temor a Deus e aparentemente sem a menor crise de consciência, Acabe se prepara para tomar posse da vinha – v. 16

Aplicação: se o temor a Deus nortear as nossas ações e escolhas, jamais incorreremos nos erros de Jezabel e Acabe. Busquemos, pois, crescer no temor do Senhor!

IV - Jamais imagine que o juízo de Deus não virá sobre os que desafiam os Seus princípios e valores – 1 Rs 21.17-29

Que difícil missão Deus deu a Elias! – v. 17-19

“Mensageiros fiéis contam a verdade, quer ela trate do amor, quer do julgamento de Deus” (C. Swindoll).

“É coisa ruim, quando um homem tem de confessar que Deus é o seu inimigo” (S. E. McNair) – v. 20

Elias profere a sentença de julgamento sobre Acabe e sua posteridade, e também sobre Jezabel – v. 21-24
A razão da sentença encontra-se nos v. 22b, 25,26

Depois de haver recebido a sentença, Elias se humilhou diante de Deus. No entanto, já era tarde demais. 

Alguns aspectos da sentença seriam adiados, mas não deixariam de acontecer – v. 27-29

O cumprimento da sentença a respeito da morte de Acabe encontra-se em 1 Rs 22.29-35,37,38 – — Acabe tentou se disfarçar, talvez temendo que a sentença sobre a sua morte ocorresse nesta guerra. 

No entanto, um homem atirou ‘ao acaso’ (v. 34) e Acabe foi ferido, vindo a falecer na sequência. 

Não dá para enganar a Deus através de um disfarce; não dá para fugir de Deus!

A profecia de Elias se cumpriu – 1 Rs 21.19b com 1 Rs 22.38

O cumprimento da sentença a respeito da morte de Jezabel encontra-se em 2 Rs 9.30-37

Aplicação: Jamais desafie a Deus, os seus princípios e valores. Caso contrário, o seu juízo haverá de se manifestar.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado