segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

TEMPOS DE APOSTASIA: DESAFIOS E VERDADES - ELIAS ( PARTE IV )*

TEXTO BASÍCO I RS 18: 1-19

INTRODUÇÃO

19. Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Assera, que comem da mesa de Jezabel.

Contexto de pecado, rebeldia, idolatria e apostasia sob o reinado de Acabe e Jezabel.

Elias anuncia o juízo de Deus: uma seca que durou três anos e meio se abateu sobre a nação de Israel.

Deus sustentou o profeta Elias junto ao riacho de Querite, e depois em Sarepta através da vida de uma viúva.

Deus usa a vida de Elias para ressuscitar o filho da viúva.

Passam-se três anos e meio de seca, mas o rei e o povo (com exceção de um pequeno remanescente) continuam em apostasia diante de Deus.

O texto bíblico em tela nos ensina alguns desafios e verdades para tempos de apostasia.

I - Em tempos de apostasia, precisamos aprender a discernir e obedecer a voz de Deus – v. 1,2

Elias havia aprendido a discernir a Palavra do Senhor enviada a Ele – v. 1

Não apenas havia aprendido a discernir, mas também a obedecia – v. 2

II - Em tempos de apostasia, é possível conservar a piedade mesmo em um ambiente completamente pagão – v. 3, 4, 7, 12c

Obadias era mordomo do rei Acabe, mas não se contaminou naquela corte pagã.

Ele temia muito a Deus (v. 3b, 12c); protegeu e alimentou cem profetas do Senhor (v. 4, 13); foi muito reverente ao encontrar o profeta Elias (v. 7).

Cuidar e honrar os verdadeiros profetas de Deus é uma forma de demonstrar temor ao Senhor.

“Quem, depois disto, pode dizer que lhe é impossível ter uma vida cristã no meio onde vive? 

Os lírios podem florescer na lama: Moisés na corte do Egito; Daniel na corte da Babilônia” (Scroggie), sem esquecer-se de José também na corte do Egito.

José e Daniel também estiveram em cortes pagãs e também não se contaminaram. 

Portanto, é possível conservar a piedade mesmo em um ambiente completamente pagão.

III - Em tempos de apostasia, Deus sempre conserva um remanescente fiel a Ele – v. 4

Obadias; os cem que ele escondeu e dos quais cuidou; os sete mil (1 Rs 19.18).

Temos feito parte deste remanescente fiel em nossos dias?

IV - Em tempos de apostasia, os valores se invertem totalmente – v. 5,6

Exemplo: a vida de animais passa a ter maior valor do que a vida de seres humanos. 

Acabe estava mais preocupado com a sobrevivência de seus muitos cavalos do que com a sobrevivência de seus súditos.

“Sabemos, por fontes seculares, que Acabe deve ter possuído vários milhares de cavalos” (C. Ryrie).

Não que a vida dos animais não seja importante. 

No entanto, a vida de um ser humano vale mais que a vida de um animal. Os seres humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus, e não os animais.

Artigo “Projeto Matar e o Projeto Tamar: o Aborto” no site da OAB-SP, de autoria de Cícero Harada – Procurador do Estado de SP; conselheiro e presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB SP: “Se alguém destruir algum desses ninhos ou apenas um único ovo de tartaruga, sim, unzinho só, comete crime contra a fauna, espécie de crime contra o meio ambiente (Lei nº 9.605/93). Já, na Câmara dos Deputados, tramita o importante Projeto de lei nº 1.135/91 que pretende legalizar o aborto do nascituro, em qualquer fase, até o nascimento. Sim, até o nascimento”.

V - Em tempos de apostasia, mesmo as pessoas piedosas podem enfrentar um conflito entre a fidelidade e o receio v. 8-16

“Obadias já tinha arriscado sua vida ao esconder os profetas de Deus. 

Relatar a presença de Elias sem apresentá-lo a Acabe no estado de fúria em que se encontrava, podia, da mesma forma, custar-lhe a vida (v. 9, 14)” (NCB-AT).

“Esta história relata um conflito entre fidelidade e o receio, um conflito em que todos nós estamos empenhados. 
Qual dos dois prevalecerá?” (Scroggie, citado por S. E. McNair).

Queremos ser fiéis às missões confiadas pelo Senhor a nós, mas temos os nossos receios, os nossos medos, as nossas inseguranças. Quem não os tem, assim como Obadias aqui?

Vençamos os nossos receios, escolhamos a fidelidade, e cumpramos a missão, com a ajuda de Deus!

VI - Em tempos de apostasia, os verdadeiros responsáveis pelo caos querem culpar alguém, especialmente aqueles que buscam manter-se fiéis ao Senhor – v. 10, 17

O v. 10 mostra a importância que o rei dava à procura de Elias, vendo nele a chave para o problema da seca.

Acabe acusou Elias de ser o perturbador de Israel (v.17), quando ele e a esposa eram os verdadeiros responsáveis pelo caos na nação.

Hoje, os progressistas, querem culpar Deus, a família tradicional, os valores judaico-cristãos como os responsáveis pelos problemas sociais que vivemos.

Há muitos anos estão trabalhando firmemente para desconstruir a fé em Deus, o entendimento bíblico sobre a sexualidade, os valores revelados nas Escrituras.

Estão fazendo a cabeça de muitos jovens, inclusive de famílias cristãs cujos pais não estão percebendo.

Com a omissão da igreja, estes progressistas são os verdadeiros responsáveis pelo caos moral e espiritual, que termina afetando outras áreas da sociedade.

VII - Em tempos de apostasia, os verdadeiros homens e mulheres de Deus devem se posicionar corajosamente contra os desvios de conduta da sociedade e contra os desvios doutrinários no seio do povo de Deus – v. 18

Elias não falava para agradar aos homens, mas a Deus.

Teve a coragem de denunciar cara a cara os pecados do rei e de seus antecessores.

A igreja hoje deve ser uma voz profética a denunciar os pecados dos que estão investidos de autoridade, dos que estão abusando do poder para o seu benefício pessoal.

A exemplo de Acabe naqueles dias, hoje muitos líderes cristãos e muitos crentes têm deixado o mandamento do Senhor e se entregado a algum tipo de idolatria.

Elias manda reunir o povo e os profetas de Baal e do poste ídolo no Monte Carmelo para um confronto.

A igreja não pode se omitir de confrontar os falsos profetas que tanto estrago têm feito no meio do povo de Deus. 

O NT contém muitos textos denunciando e confrontando os falsos mestres.

A igreja não pode se omitir de se posicionar sobre questões como aborto, homossexualismo, ideologia de gênero, entre outras.

Não se trata de um confronto de violência física, mas um confronto de ideias, no campo ideológico.

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado

sábado, 9 de dezembro de 2023

DESPERTAMENTO ESPIRITUAL: UMA NECESSIDADE URGENTE!!-ELIAS ( PARTE V )*

TEXTO BASÍCO I RS 18: 20-40

INTRODUÇÃO

20. Então Acabe convocou todos os filhos de Israel; e reuniu os profetas no monte Carmelo.

21. Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.

22. Então disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinqüenta homens.

23. Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe coloquem fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe colocarei fogo.

24. Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra.

25. E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós um dos bezerros, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome do vosso deus, e não lhe ponhais fogo.

26. E tomaram o bezerro que lhes dera, e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que tinham feito.

27. E sucedeu que ao meio dia Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e despertará.

28. E eles clamavam em altas vozes, e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme ao seu costume, até derramarem sangue sobre si.

29. E sucedeu que, passado o meio dia, profetizaram eles, até a hora de se oferecer o sacrifício da tarde; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

30. Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o altar do SENHOR, que estava quebrado.

31. E Elias tomou doze pedras, conforme ao número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome.

32. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.

33. Então armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha.

34. E disse: Enchei de água quatro cântaros, e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez;

35. De maneira que a água corria ao redor do altar; e até o rego ele encheu de água.

36. Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó SENHOR Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas.

37. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração.

38. Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.

39. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus!

40. E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom, e ali os matou.

Relembrar o contexto nos dias do profeta Elias, durante o reinado de Acabe e Jezabel: pecado, rebeldia, idolatria e apostasia.

O povo de Deus necessitava urgentemente de uma mudança, de um avivamento, despertamento espiritual.

O contexto daqueles dias não é muito diferente do contexto de hoje.

A sociedade e, inclusive a igreja, precisam de uma urgente volta para Deus.

O texto nos mostra algumas condições para que experimentemos um despertamento espiritual em nossos dias.

I - Seguir somente ao Senhor – v. 20,21

O principal problema do povo não era o afastamento de Deus, mas o sincretismo religioso.

Eles tentavam reunir as duas crenças. Ficavam coxeando, vacilando, titubeando entre dois pensamentos. 

Estavam indecisos.

“Decidam-se”, é como se o profeta lhes tivesse dito. O povo ficou sem resposta.

Mt 6.24; Tg 1.7,8; 4.4; Ap 3.15,16.

Temos estado indecisos, coxeando, vacilando, titubeando entre o Senhor a algum outro “deus” que tem lutado para tomar o primeiro lugar em nosso coração?

II - Confrontar e expor o erro e a inverdade dos falsos cultos, das falsas doutrinas e dos falsos profetas – v. 22-29

Elias expôs a falsidade do culto a Baal e a impotência espiritual dos profetas do deus cananeu.

A igreja deve expor os erros das falsas doutrinas, tanto das seitas heréticas, como os erros doutrinários que têm adentrado nas próprias igrejas.

Algumas igrejas infelizmente se utilizam de sal grosso; lenço, toalha, vassoura, sabonete, cajado, copo de água “ungidos”, galho de arruda, águas e óleos trazidos de Israel, entre outras práticas sincréticas.

Paulo era firme em denunciar as falsas doutrinas e falsos mestres: Fp 3.2; 1 Tm 6.3,4; Tt 1.10,11,13,15,16; Gl 1.6-8.

III - Restaurar o altar do Senhor – v. 30

Elias restaurou o altar do Senhor que estava em ruínas.

Na dispensação da igreja, nós somos o altar, o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19).

Se faz necessário consertarmos e restaurarmos o altar das nossas vidas perante o Senhor.

Que áreas precisam ser restaurados e consertadas em nossa vida para que experimentemos um despertamento espiritual? Vida conjugal, relacionamentos, falta de perdão, pecado não confessado e não abandonado?

IV - Apontar a divisão e a falta de unidade do povo de Deus – v. 31,32

Elias tomou 12 pedras representando as 12 tribos de Israel.

Esse ato denunciava a divisão das 12 tribos em dois reinos: norte e sul.

Certamente, Deus não se agradava e não se agrada em ver o seu povo dividido: 1 Co 1.10; Ef 4.1-3.

Temos estado desunidos como povo de Deus? Essa situação impedirá o derramamento do fogo do Senhor sobre a sua igreja.

V - Preparação e fé – v. 32-35

Elias fez os preparativos para que Deus enviasse fogo do céu: edificou o altar, fez um rego ao redor, armou a lenha, colocou o novilho.

Elias tinha tanta fé que Deus lhe responderia que mandou derramar água por 3 vezes.

Temos nos preparado para um avivamento? Temos crido que o fogo do Espírito Santo virá sobre nós?

VI - Buscar a face do Senhor em oração – v. 36,37

Sem oração não haverá despertamento e nem avivamento; o fogo do Espírito não cairá sobre nós.

Exemplo da igreja primitiva: At 1.14; 2.42; 12.5; 16.13.

Conclusão:

Depois que as condições foram cumpridas (relembrar os pontos acima):

1. A obra do Senhor será completa (tudo foi consumido pelo fogo, v. 38 a).

2. Nada poderá impedir o Espírito Santo de cumprir os seus desígnios (nem mesmo a água pôde impedir o fogo, v. 38 b).

3. As pessoas reconhecerão o mover de Deus em nós e através de nós (v. 39).

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado

ELEMENTOS DA ORAÇÃO EFICAZ - ELIAS ( PARTE VI )*

TEXTO BASÍCO I RS 18: 41-46

INTRODUÇÃO

41. Então disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque há ruído de uma abundante chuva.

42. E Acabe subiu a comer e a beber; mas Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e pôs o seu rosto entre os seus joelhos.

43. E disse ao seu servo: Sobe agora, e olha para o lado do mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então disse ele: Volta lá sete vezes.

44. E sucedeu que, à sétima vez, disse: Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem, subindo do mar. Então disse ele: Sobe, e dize a Acabe: Aparelha o teu carro, e desce, para que a chuva não te impeça.

45. E sucedeu que, entretanto, os céus se enegreceram com nuvens e vento, e veio uma grande chuva; e Acabe subiu ao carro, e foi para Jizreel.

46. E a mão do SENHOR estava sobre Elias, o qual cingiu os lombos, e veio correndo perante Acabe, até à entrada de Jizreel.

“Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva” (Tg 5.16b-18).

O apóstolo Tiago se referiu ao profeta Elias como alguém que orava de forma eficaz.

Nós também precisamos aprender a orar eficazmente, à semelhança de Elias.

O texto nos traz alguns elementos da oração eficaz que precisamos aprender a praticar.

I - A oração eficaz carrega consigo o elemento da fé, da certeza – v. 41

Elias tinha tanta certeza (tanta fé) de que a chuva viria que mandou Acabe voltar para casa antes que fosse impedido pela tempestade que haveria de cair.

Vale aqui relembrar: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11.1).

Elias tinha certeza e convicção da chuva. No entanto, ele tinha tal fé, certeza e convicção, pois sabia que essa era a vontade de Deus, era promessa de Deus.

A oração eficaz sempre é realizada de acordo com a vontade de Deus, de acordo com as promessas de Deus.

“Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (o 15:7).

“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14).

Há pessoas que se frustram, pois querem exercer fé em relação àquilo que não está de acordo com a vontade de Deus, que o Senhor não prometeu.

Quando não está cristalino nas Escrituras, ou não temos o claro testemunho interior do Espírito Santo quanto a alguma questão pela qual oramos, devemos submeter a nossa vontade à vontade de Deus: “faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).

II - A oração eficaz é realizada pelos intercessores enquanto outros comem e bebem – v. 41,42

Enquanto Acabe comia e bebia, Elias orava, clamava, intercedia.

O custo de ser um intercessor é muito alto; há um preço alto a ser pago. Por isso tal chamado à intercessão é tão negligenciado.

“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei” (Ez 22.30).

Se Deus te chamou para esse importante ministério, não olhe para os outros, não se incomode com o que eles estão fazendo, se estão desfrutando da vida enquanto você se coloca na presença de Deus. Cumpra o seu chamado e Deus te recompensará!

III.) A oração eficaz é praticada em isolamento – v. 42

Elias subiu até o alto do Monte Carmelo para fugir da agitação, do barulho, das distrações (a agitação devia estar grande no lugar em que havia acontecido o desafio e os profetas de Baal haviam sido mortos).

Em alguns momentos não será possível se isolar para orar, mas precisamos desenvolver o hábito de constantemente nos afastarmos em quietude para orar eficazmente.

Jesus é o nosso modelo nesse aspecto e nos instruiu a agir assim:

“Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava” (Mc 1.35).

“Ele, porém, se retirava para lugares solitários e orava” (Lc 5.16).

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.6).

Temos fugido da agitação, do barulho e das distrações para orar eficazmente?

IV - A oração eficaz é acompanhada por uma atitude de humilhação – v. 42

Elias se inclinou (encurvou) e colocou a cabeça entre os joelhos, se humilhando diante do Senhor.

“O momento mais vulnerável surge logo depois de uma grande vitória. 

A humildade não vem junto com os prêmios e as conquistas. Apesar de Elias ter acabado de passar por uma das maiores e notórias vitórias de sua vida, ele não foi arrogante. Foi direto […] perante Deus” (C. Swindoll).

“Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5.6).

Oração é sinal de dependência, e, portanto, de humilhação. Quando não oramos talvez estejamos demonstrando uma atitude de arrogância e autossuficiência.

V - A oração eficaz é marcada pela constância e persistência – v. 43

Enquanto se mantinha com o rosto em terra, por sete vezes, Elias disse ao seu moço para verificar se havia alguma nuvem, algum sinal de chuva, vindo do lado do Mar Mediterrâneo.

Ele não desistiu na primeira e nem na segunda vez. Foi constante e persistente (Tg 5.17).

Abraão foi insistente em sua intercessão pelos justos de Sodoma e Gomorra (Gn 18.32); Jacó insistiu com o anjo do Senhor para que este o abençoasse (Gn 32.26); a mulher cananeia persistiu com Jesus para que Ele curasse a sua filha endemoninhada (Mt 15.27).

A introdução à parábola do juiz iníquo diz: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lc 18.1).

Se quisermos que nossa oração seja eficaz precisaremos aprender a sermos constantes e persistentes em nosso clamor.

VI - A oração eficaz enxerga grandes respostas a partir de pequenas evidências – v. 44,45a

Bastou o moço de Elias ver se levantando do mar uma nuvem pequena como a palma da mão do homem, para que o profeta entendesse que uma grande chuva estava chegando.

Se você tem orado persistentemente por algum pedido, um pequeno sinal pode ser a evidencia de que a resposta à sua oração está a caminho.

Quando prometeu a libertação do cativeiro da Babilônia, Deus falou ao seu povo: “Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis?” (Is 43.19).

Vocês não conseguem perceber o que Eu estou fazendo como resposta da oração de vocês para tirá-los do cativeiro?

Fique atento aos pequenos indícios que Deus envia e se prepare para a chegada das bênçãos!

VII - A oração eficaz nos capacita para fazermos coisas extraordinárias pelo poder de Deus – v. 45b,46

Como resultado dos planos de Deus para a vida do profeta, de sua vida de comunhão com Deus e oração, a mão do Senhor veio sobre Elias que correu 25 km adiante da carruagem do rei Acabe.

“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei” (Jo 14.12-14).

Notar que a promessa acima está dentro de um contexto de oração.

Se aprendermos a orar eficazmente, se estivermos no centro da vontade de Deus, à semelhança do que aconteceu com Elias, a mão do Senhor pode vir sobre nós para que coisas extraordinárias sejam feitas por nosso intermédio.

Conclusão:

Parece ser muito difícil observar todos esses elementos de uma oração eficaz, não é verdade?

No entanto, não nos esqueçamos de que “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos”, e mesmo assim orou com eficácia.

“Ele era feito de carne e osso […] ele ficou realmente desanimado e teve alguns desapontamentos. 

Ele teve falhas, fracassos e dúvidas. Ele era apenas um homem, com a mesma natureza que eu e você temos […] nunca esqueceu sua humanidade” (C. Swindoll).

Se mesmo limitado, Elias foi ouvido e usado por Deus através da oração, o mesmo pode ocorrer comigo e com você!

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado

CURA E VITÓRIA SOBRE O DESEQUILÍBRIO EMOCIONAL - ELIAS ( PARTE VII )*

TEXTO BASÍCO I RS 19:1-18

INTRODUÇÃO

18 Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou.

Elias era um homem sujeito aos mesmos sentimentos e fraquezas que todos nós.

Depois de reaparecer em cena, enfrentar e vencer os profetas de Baal e orar para que Deus enviasse chuvas novamente, Elias passou por um momento de instabilidade emocional.

“Nossos momentos mais vulneráveis muitas vezes surgem logo depois de uma grande vitória” (C. Swindoll).

Tristeza, desmotivação, desânimo, depressão, fundo do poço e desespero são expressões que podem definir esse momento na vida do profeta.

Talvez já tenhamos vivido momentos assim, talvez estejamos vivendo ou ainda viveremos.

Portanto, esse texto pode ser de grande valia e ensinamento para as nossas vidas.

O desequilíbrio emocional tem suas causas, seus sintomas e existem formas de vencê-lo.

O texto nos mostra alguns ensinos sobre causas, sintomas e formas de vitória e cura sobre o desequilíbrio emocional:

I - O desequilíbrio emocional pode surgir como consequência de ameaças – v. 1,2

A ameaça da rainha Jezabel levaram Elias a um processo de instabilidade emocional.

Problemas familiares, profissionais, financeiros, ministeriais, possibilidades de perdas podem representar tipos de ameaças que se não forem bem trabalhados em nossas emoções podem causar desequilíbrio e instabilidade emocional.

Como se prevenir? Cuide do seu relacionamento conjugal, dê uma boa criação e educação para os seus filhos, procure ter uma vida financeira equilibrada, conheça a Deus e mantenha comunhão com Ele.

Ainda assim ninguém está isento de viver momentos difíceis em suas emoções.

II - O desequilíbrio emocional se manifesta através de vários sintomas – v. 3-14

Somando todos os sintomas acima, podemos afirmar que Elias teve um quadro depressivo. Senão vejamos:

Medo – v. 3 (Uma certa dose de medo pode ser até positiva, mas temos que ficar atentos quando o medo começa a dominar e se torna em pânico).

Interrupção da normalidade, da rotina diária – v. 3 (Deixou o seu moço em Berseba)

Fuga – v. 3,4 (Deserto é um símbolo de aridez, inclusive emocional)

Ausência do prazer de viver – v. 4 (Pediu a morte para si; Moisés (Nm 11.15) e Jonas (Jn 4.3) também chegaram a pedir a morte).

Autodepreciação – v. 4 (“Eu sou um fracasso” NTLH).

Alteração do sono e do apetite – v. 5-8

Solidão e isolamento – v. 3,4,9 (Não quis a companhia do seu moço; entrou na caverna)

Desânimo, lamentação, autocomiseração – v. 10

Falta de sensibilidade espiritual – v. 11-14 (Mesmo depois de o Senhor se revelar Elias continuava com o mesmo discurso!)

Temos de ficar atentos a comportamentos suspeitos de nossos cônjuges, filhos e entes queridos.

III.) O desequilíbrio emocional é vencido quando percebemos que Deus está cuidando de nós em todos os detalhes e em todos os momentos – v. 5-8

Deus enviou comida e água através de um anjo; Deus o conduziu até o Monte Horebe/Sinai.

“Deus permitiu que Elias tivesse um momento de descanso e refrigério. Sem sermão. Sem repreensão. Sem culpa […] Nenhum relâmpago do céu dizendo: ‘Veja só seu estado! Levante-se seu ingrato inútil! 

Fique em pé! Rápido, de volta ao trabalho!’ Ao invés disso, Deus disse: ‘Acalme-se meu filho. Relaxe’ […] O cansaço pode fazer que você mude de rumo. A fadiga pode […] fazer que você acredite em mentiras” (C. Swindoll).

Você tem reconhecido o cuidado de Deus sobre a sua vida em todos os detalhes?

IV - O desequilíbrio emocional é vencido quando não negligenciamos o confronto amoroso de Deus para conosco – v. 9-14

Deus perguntou duas vezes: “O que fazes aqui, Elias?”

Deus disse para Elias sair de dentro da caverna (v. 11) – Deus queria puxar “Elias para fora da caverna da autocomiseração, da desmotivação e da depressão” (C. Swindoll). 

Ele quer fazer o mesmo conosco!

Elias aprendeu que o Senhor não é um Deus de espetáculos. 

Às vezes a obra dEle é experimentada na simplicidade, no silêncio, na calmaria e não na agitação e no barulho.

Temos estado atentos ao confronto amoroso de Deus para conosco?

V - O desequilíbrio emocional é vencido quando tomamos consciência da missão, do propósito e dos planos de Deus para nós – v. 15-16

Deus levantou Elias daquele momento de depressão mostrando-lhe missões específicas, mostrando-lhe Seus propósitos e planos para a vida do profeta.

Deus tem uma missão para cada um de nós. Ele tem propósitos e planos específicos para as nossas vidas. Busquemos conhecê-los e saiamos a conquistá-los.

“O que fazes aqui Elias? […] Vai, volta ao teu caminho”. Saia da caverna e cumpra os propósitos de Deus para a sua vida!

VI - O desequilíbrio emocional é vencido quando Deus nos mostra que Ele está agindo, ainda que os nossos olhos naturais não estejam conseguindo perceber a ação de Deus – v. 18

Elias pensou que só ele se mantinha fiel ao Senhor. 

Pensou que ninguém mais estivesse abrindo o coração para a ação de Deus. No entanto estava enganado. 

Havia ainda sete mil que não tinham se dobrado diante de Baal. 

Ainda que Elias não estivesse percebendo, Deus estava agindo!

Ainda que os nossos olhos naturais não estejam conseguindo ver o agir de Deus, Ele está agindo! E esta convicção nos leva a vencer o desequilíbrio emocional!

VII - O desequilíbrio emocional é vencido quando entendermos que não podemos ficar sozinhos – v. 16 b

“Deus providenciou um amigo próximo e pessoal […] Deus permitiu que Elias passasse o seu manto para Eliseu, seu sucessor […] Deus não deu a Elias apenas um sucessor: deu também um amigo próximo, pessoal, alguém que amava Elias e o compreendia suficientemente bem para servi-lo e encorajá-lo” (C. Swindoll).

Deus também haverá de preparar amigos para nós. Temos de estar atentos e abertos quando esses amigos surgirem.

“O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18:1 ARA). 

“Quem se isola, busca interesses egoístas, e se rebela contra a sensatez” (Pv 18:1 NVI).

Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado