TEXTO BASÍCO II CRON 7:14-16; TG 5:15-18
INTRODUÇÃO
Assim está Escrito: II Cr 7.14 a 16...
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra. De hoje em diante os meus olhos estarão abertos e os meus ouvidos atentos às orações feitas neste lugar. Escolhi e consagrei este templo para que o meu nome esteja nele para sempre. Meus olhos e meu coração nele sempre estarão.”
Assim está Escrito: Tg 5.15 a 18...
“A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos.”
Que igreja Deus quer que sejamos?
O que estamos fazendo aqui nesta cidade?
Nosso negócio são pessoas, vidas, restauração, transformação de vidas, transformação das cidades. Viver e declarar a glória de Deus, através de seus eternos propósitos.
Não somos um clube social, uma organização, ou uma empresa.
SOMOS O POVO DE DEUS, A IGREJA DO DEUS VIVO!
Hoje vamos ver como viver isso!
Igreja, nestes dois textos revelados por Deus em sua Santa Palavra, está o segredo da nossa vitória, está revelado o que precisamos para o sucesso de nossa igreja para este ano de 2007 e para o maior desafio da história desta igreja, que é a conquista da colina.
Será que a sua vida e a minha vida são determinadas pela comunhão intensa com Deus?
Será que nós, o povo que se chama pelo nome de Deus, vive a experiência da comunhão com Deus?
Deus criou o homem para uma comunhão contínua, incessante e constante com Ele. O pecado separou o homem de Deus. Para restaurar a comunhão com o homem, Deus deu o primeiro passo: Ele começou esse processo de restauração nos regenerando e nos transportando para um novo Reino:
"Ele nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado" - Cl 1.12-13.
A pergunta nessa hora, entretanto, não é sobre o que Deus já fez, mas sobre o que temos feito para usufruir e participar efetivamente desse processo de restauração que Deus quer fazer.
Para que você e eu, nós, como igreja, sejamos um povo que celebra a recuperação de vidas, precisamos:
1. TOMAR O CAMINHO DA HUMILDADE: II Cr 7.14a
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar”
A marca maior da alienação do homem de Deus está na hybris, no orgulho, que é a inversão da humildade.
A humildade pode ser definida como a atitude que leva a pessoa a reconhecer suas próprias limitações; a reconhecer-se finito e limitado.
Foi o orgulho que transformou anjos em demônios,mas, é a humildade que faz de homens, anjos!
Associamos a humildade à pobreza material, entretanto a humildade está relacionada com a ausência de orgulho: “conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor-próprio demasiado; soberba, altivez”.
A humildade é vivida diante de Deus, mas também diante dos homens. Não há um humilde diante de Deus que seja orgulhoso diante dos homens.
Jr 9.23 – Assim diz o SENHOR: "Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza.”
Não se glorie o sábio na sua sabedoria, ou...
O forte na sua força,
O rico nas suas riquezas,
O espiritual na sua espiritualidade,
O bonito na sua beleza,
O dotado nos seus dons,
O pregador na sua eloqüência,
O líder na sua equipe,
O professor nos seus conhecimentos,
O membro da igreja nos seus anos de experiência.
A vaidade precede a nossa queda!
Sempre temos muita coisa do que nos orgulhar (fazemos o que fazemos com perfeição, temos um nome, temos recursos materiais); corremos o grande risco de esquecer a humildade e praticarmos narcisismo espiritual.
Houve uma ocasião em que Jesus não pôde fazer muitos milagres em Nazaré por causa da incredulidade dos seus conterrâneos; Deus espera de nós a humildade para continuar a Sua obra de restauração.
Que nossa igreja seja um lugar de pessoas humildes, sejam pobres ou ricas, novos ou velhos, acadêmicos ou iletrados, gente que vive em simplicidade.
2. TOMAR O CAMINHO DA ORAÇÃO: II Cr 7.14b
“e orar, buscar a minha face.”
Só pessoas humildes oram. Oração pública e em particular.
Conta-nos o Evangelho (Lc 18.10-11) que dois homens subiram ao templo para orar: um fariseu e um publicano. O fariseu orava e dizia:
"Oh Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano".
Faltava a este homem a humildade, por isso orava consigo mesmo.
Deus espera de nós que busquemos a sua face de tal modo que possamos participar ativamente do processo de restauração que Ele quer realizar.
Oração é dependência, é fraqueza do homem, é espera na grandeza de Deus, e os vaidosos e orgulhosos não admitem isto.
A oração é o caminho da cura, da restauração, da nossa recuperação diária, é o caminho do altar, da graça, da fé, do perdão, da rendição!
3. TOMAR O CAMINHO DA SANTIFICAÇÃO: II Cr 7.14c
“Se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.”
O autor da carta aos Hebreus (12.14) apresenta a questão em termos absolutamente radicais:
Sem a santidade, ninguém verá o Senhor!
Há inimigos da santidade em nossas vidas....
a. INDIFERENÇA: Rm 12.1-2.
“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Existem aqueles que vivem uma vida cristã de indiferença, de apatia mesmo, para com a necessária santidade.
São crentes que vivem acomodados aos padrões do mundo, reproduzindo em suas vidas o estilo da sociedade sem Deus.
Negociam como o mundo, falam como o mundo, se vestem como o mundo, vivem a experiência familiar como o mundo vive, amam como o mundo, reagem como o mundo etc...
b. PASSIVIDADE. I Tm 6.11 e 12.
“Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão. Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas.”
A Bíblia de fato ensina que a regeneração é tão somente pela graça de Deus, mas nunca que a santidade é meramente resultado de cruzar os braços e deixar-se santificar.
Vida cristã é descrita como disciplina, guerra, luta, corrida, esforço que conta certamente com um companheiro: o Espírito Santo, mas também com a ação concreta do homem regenerado!
Quando Paulo diz, “Cristo vive em mim”, ele explica imediatamente que essa expressão significa que ele mesmo, Paulo, vivia a sua própria vida pela fé no Filho de Deus (Gl. 2.20).
Fé no sentido da jornada com Deus. Fé que implica em crença, obediência, confiança, esperança. Fé que é entrega. Fé que envolve o homem todo, intelecto, emoção e volição.
Esta visão errônea da santificação leva o crente a passivamente esperar de Deus, o que na verdade Deus espera do crente, e a conseqüência desastrosa é que essa acaba por fugir da santificação.
c. AUTONOMIA: Ef 4.13
“Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.”
Um terceiro elemento que milita contra a santidade vem a ser exatamente a tentativa humana de conseguir produzir em sua própria vida, por seus esforços pessoais, sem a força do Espírito, a santidade que Deus espera.
Esta postura é exatamente o pólo extremo do elemento anterior da passividade. A Bíblia mostra que esta tentativa do homem, de tentar produzir um santo sem a ação de Deus está fadada ao fracasso, e foi por isso mesmo que Jesus morreu.
A santificação só pode se dar depois de cumpridos três passos:
1. A regeneração através da qual o domínio do pecado sobre nós é morto.
2. A vinda do Espírito Santo em nós que nos capacita, que nos corrige, que nos disciplina, que nos alerta, que nos "ajuda em nossas fraquezas"
3. A disciplina cristã, que ao invés de cruzar os braços, esforça-se para, com os dois elementos anteriores, chegar ao alvo da soberana vocação.
É preciso disposição que vença a apatia e indiferença, é preciso disposição que vença a passividade, é preciso disposição que vença a presunção da autonomia. É preciso disposição que vença o orgulho e a resistência em buscar a Deus.
Mas é na consciência dos maus caminhos que vamos nos dispor à santificação. Quais são os nossos maus caminhos?
Quais são os teus maus caminhos, que são obstáculos para uma comunhão contínua, incessante, constante com o Senhor? Nunca houve avivamento sem consciência e confissão de pecados.
Avivamento não vem por estudo apenas, mas, sobretudo por atitudes, daí a importância da confissão.
A Bíblia descreve muitos maus caminhos! Em Gálatas temos uma lista: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes (Gl 5.19-21).
d. EGOCENTRISMO: Gl 2.20.
“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
Temos sido alvo, em nossa história, de muita contribuição altruísta. Mas ainda assim lutamos muito com o egoísmo.
Temos tido dificuldades tremendas de sair de nosso eu, de nosso mundo e nos perguntarmos, quando somos desafiados a investir nas outras pessoas: qual o retorno que teremos?
Quem recebeu graça tem que oferecer graça!
e. MALEDICÊNCIA: Pv 6.16 a 19.
“Há seis coisas que o SENHOR odeia, sete coisas que ele detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que traça planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos.”
Maledicência é toda murmuração e difamação.
Há muita prática de maledicência no meio do povo de Deus.
Há maledicência nos lares, há maledicência nas igrejas do Senhor (gente que vem para a igreja para praticar a murmuração).
A maledicência é pecado grave pois milita contra a comunhão do corpo. Ao murmurar e difamar o teu irmão, você está ferindo o corpo de Cristo!
Deus está vendo e sabe! Podemos estar agindo com racionalizações, com justificativas, com escusas, com boicotes. Mas Deus sempre vê tudo.
4. TOMAR O CAMINHO DA INTERCESSÃO: Tg 5.15
“A oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.”
Interceder é diferente de pedir para você; é se colocar na brecha pelo outro. Pelos que sofrem e precisam, emocionalmente, espiritualmente ou fisicamente. É empreender uma guerra!
5. TOMAR O CAMINHO DA CONFISSÃO: Tg 5.16
“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.”
Pecado confessado é pecado perdoado!
Pessoalmente, no PG, na família. Abra o coração. Uma igreja no caminho da recuperação não é fingida, é um lugar seguro de perdão e aceitação!
6. TOMAR O CAMINHO DA DEPENDÊNCIA: Tg 5.17
“Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio.”
Não precisamos de super-crentes, precisamos de gente normal, mas que viva na dependência deste ser sobrenatural que é o nosso Deus.
Ele usa pessoas normais! Eu e você. Elias não era Santo Elias!
Somos uma igreja que depende de Deus, quer a independência do pecado e vivemos na interdependência uns dos outros.
Conclusão:
Você quer ser este tipo de igreja? Quer seguir conosco neste caminho?
Em Tg 5.18 - Elias.... “Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos.”
Por meio da fé, da oração, Deus trouxe os frutos.
Em II Cr 7.14 e 15, Deus disse...
Que além de ouvir, perdoar, e curar a sua terra. Doravante os seus olhos estariam abertos e os seus ouvidos atentos às orações feitas naquele lugar.
Aleluia!!!. Deus não mudou de idéia, é justamente isto que Ele quer para minha vida, para sua vida, para nossa igreja. Deus tem prazer em abençoar o seu povo!
Um Forte Abraço! Nos laços do Calvário que nos une......A serviço do Rei, Pr João Nunes Machado!